quarta-feira, 7 de março de 2018

A Volta

Dizem que não se deve zarpar em uma sexta feira, mas já o fizemos muitas vezes e desta vez a velejada foi maravilhosa. O vento ainda estava NE na casa dos 20 nós e iria rondar para E e diminuir para 12-15 nós perto do final do dia. E assim foi. Com todas as velas em cima e mar com pequenas marolas foi “morro abaixo” navegando numa média em torno de 8 nós. Devido as condições do Atlântico, com ondas maiores e curtas nestes dias, ao invés de retornarmos por Marathon pegando o Hawk Channel (Atlântico) optamos por descer junto a costa do Everglades, seguir pela Florida Bay e pegar a ICW (Intracoastal Waterway) na altura de Peterson Key e dali seguir a mesma rota de quando descemos de Miami. Como as boias das armadilhas de caranguejos não nos permitem navegar à noite programamos o pernoite no East Cape já no final do Everglades, num trajeto novamente mais longo, de umas 75 mn. Dia seguinte saímos cedo novamente e fomos dormir ancorados no Blackwater Sound, próximo ao Jewfish River, em mais umas 48 mn feitas com todos os panos, enquanto foi possível utilizar a vela de proa, com vento Leste sempre acima dos 12 nós, com períodos chegando aos 18-19.

Rota da volta

"Ladeira a baixo" 

Amanhecer na ancoragem no East Cape 

Cruzando com outros veleiros na Florida Bay

Cut interligando os sounds de Tarpon e Blackwater

No domingo (21/11) fizemos as últimas 42 mn até Miami, ainda com bom vento E. Deixamos a ancoragem depois das 8h e paramos logo em seguida na Gilbert’s Marina para completar os tanques de diesel e água. Desta vez optamos por ficar numa poita da Dinner Key Marina no charmoso bairro de Coconut Grove, onde chegamos antes das 15h.  A Dinner Key pertence a municipalidade de Miami, tem ótimas instalações, mais de 200 poitas a $25 o  pernoite. O único senão é não ter internet nas poitas. Nestes dias a Dinner Key estava sediando a etapa de Miami da WorldCup de vela.  Centenas de barcos das várias classes monotipo treinando ou fazendo as regatas classificatórias, sendo que as regatas finais ocorreriam de 26 a 29 de janeiro.


Chegando na Dinner Key Marina 

Por do Sol na Dinner Key 

Coconut Grove 

Os monotipos no Regata Park, na Dinner Key Marina 

Um Nacra17 saindo para treinar


 Equipe japonesa de Prancha a Vela

Queríamos ficar mais alguns dias em Miami, mas o tempo não nos ajudou. Na quarta feira entrava vento N na casa dos 20 nós o que seria pela proa no trecho pelo Atlântico entre Miami e Palm Beach, além de ondas maiores, girando para NE e E nos cinco dias seguintes sempre na casa dos 20 nós. Então deixamos a Dinner Key no final da tarde de segunda feira para dormir no Marine Stadium em Vitoria Key e assim ganhar uma hora, pois teríamos mais de 70 mn até o destino. Zarpamos às 6:30 h da terça feira (23/01) e pegamos um mar baixo mas com marolas curtas por boreste, o que no catamaran não é uma navegada das mais confortáveis. O vento era bom de SE (pela aleta de BE) de 16-18 nós. No entanto, durou só até umas 9:30h baixando para 8-10 nós e rodando mais para a popa deixando-nos sem genoa e tendo que ajudar com o motor. Nas proximidades da barra de Palm Beach o vento voltou a crescer e demandamos a barra com as velas e 22 nós de través. Ancoramos no nosso conhecido North Lake Worth por volta das 17h. Logo ao ancorar uma boa chuva para dessalgar o barco.


Partimos no dia seguinte cedo pela Intracoastal Waterway (ICW) para Vero Beach, cerca de 55 mn. Mesmo com vento Norte pela proa pois em Vero Beach estaríamos numa poita com mais proteção para os ventos fortes dos próximos dias e infra estrutura completa. Passamos alguns dias em Vero Beach, uma cidade que gostamos muito. No dia 01/02 fizemos as 12 mn até a Harbortown Marina em Fort Pierce onde deixamos o TinguaCat.

Na poita com um Lagoon "irmão"

Super Lua na ancoragem em Vero Beach 

Super Lua ao amanhecer

Manatee ao lado do barco, em Fort Pierce