sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Novamente no Cascalho

Luiz e Mauriane do catamaran Cascalho (Lagoon380) me convidaram e não resisti. Fui fazer o trecho Fortaleza a São Luís do Maranhão com eles, assim aproveitaria para conhecer os estaleiros maranhenses de catamarans, um desejo antigo. Embarquei novamente no Cascalho no final da segunda feira (16/09) na Marina Park Hotel, de Fortaleza.

Saímos no dia seguinte pela manhã. De inicio ao recolher a âncora descobrimos que estava enroscada na de um veleiro italiano. Uns 15 minutos de trabalho e problema resolvido seguimos com vento ENE de 8-10 nós e mar azul transparente de 1m.

Luiz e Eu na saída de Fortaleza (Foto Mauriane Conte)
Na altura do Porto de Pecém o vento de leste (popa) já estava próximo dos 20 nós e continuou subindo chegando a picos de 28-30 nós, mas no geral entre 20-24 nós. Já havíamos saindo com a vela grande no primeiro rizo devido as previsões.

Após um lindo entardecer chegou a lua cheia prateando o mar e deixando a noite bem clara. Mas o vento passou por períodos acima dos 25-26 nós e rajadas de 30-32. Com isto o mar cresceu para 2,8-3,2m com ondas de ENE. Bem, é difícil para mim avaliar o tamanho das ondas por isso prefiro ser pessimista.

Por do Sol do primeiro dia no mar

Lua cheia parecia um farol pela popa
O segundo dia (18/09) teve um lindo amanhecer e manteve o padrão. Para não ficar em popa rasa navegamos com o vento mais para a alheta (140º) e improvisamos a amarração da escota da genoa no cunho de amarração a meia nau para emular uma "asa de pombo". De tempos em tempos dávamos um jaibe para manter o rumo correto. Conforme a intensidade do vento diminuíamos ou aumentávamos a genoa. A corrente também era favorável então fazíamos 7 nós de média.

Começando o segundo dia
 
 Nossa armação em "asa de pombo"

No início da  madrugada do terceiro dia (19/09) o vento firmou em 28-30 nós com o mar mais agitado, então o comandante optou por fazer o segundo rizo na vela grande. Mesmo assim mantínhamos a velocidade, com descidas de onda acima dos 10 nós. Pela manhã ao nos aproximarmos da costa, cerca de 12 milhas, a corrente passou a ser contrária e o mar ficou bem desencontrado. Estranhamos, mas concluímos corretamente que era efeito da maré vazante, que tem grandes amplitudes nesta região.

 Mar crescido no terceiro dia

À tarde com a maré enchente o mar melhorou muito e a corrente passou a ajudar-nos novamente. Entramos pela larga boca da Baía de São Marcos já com o sol se pondo. As 18:30h amarramos o Cascalho no cais flutuante da AVEN (Associação de Vela e Esportes Náuticos do Maranhão), na praia da Ponta da Areia, quase no estofo da preamar.

 Adentrando a Baía de São marcos

 
 A silueta de São Luís

Mais fotos em aqui.

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