domingo, 15 de novembro de 2015

Travessia Annapolis-Florida - Etapa 10 Vero Beach(FL) - Pompano Beach (FL)

Ficamos em Vero Beach no domingo e segunda feira (8 e 9/11). Estava com muita dificuldade para conseguir uma marina para o TinguaCat até cerca de 20/12 quando pretendo ir para as Bahamas. Fiz contato com mais de 20 marinas a partir de Fort Pierce (2h ao Sul de Vero Beach) até Fort Lauderdale. Ninguém tinha vaga para nós. Na verdade, apenas 3 marinas de um mesmo grupo na região de North Palm Beach tinham vaga mas com valores impraticáveis, em torno de US$ 2000,00/mês. Ft. Lauderdale tinha o agravante de ser justo a época do Boat Show. A opção que restava era ficar em poita e as opções eram onde a gente já estava ou na Sunset Marina em Stuart. De modo que não adiantava prosseguir mais para o Sul e depois ter que retornar. Com a ajuda de vários amigos, principalmente a Mauriane e o Luiz do Cascalho,iniciamos na sexta feira (06/11) negociações para alugar uma private dock num condomínio em Pompano Beach, a poucos quilômetros de Ft. Lauderdale. Finalmente na segunda feira conseguimos fechar esta opção.

Esquilo no Riverside Park de Vero Beach

Enquanto isto, trabalhei na solução do problema com a bomba Flojet do sistema de refrigeração a água da geladeira, finalmente chegando a bom termo. Lavamos roupa e carregamos o botijão de gás vazio. Estivemos na área mais comercial da cidade e caminhamos no excelente Riverside Park, contíguo a marina e as margens do Indian River.

No dia 10/11 zarpamos cedo (06:17h). Mais um dia bonito e quente, mas sem vento. Por volta de 08:20h, após passar pela drawbridge North Fort Pierce, saímos 0,3 mn da IntraCoastal e encostamos no píer do Port Consolidated para abastecer de diesel e completar a água. Ali o diesel é mais barato (mas não bateu o preço da Brunswick Landing Marina). O TinguaCat tem dois tanques de 300 litros de água e nunca conseguimos secar totalmente um deles, mesmo chegando a ficar 6 dias sem reabastecer de água. Voltamos para a ICW logo atrás de 2 catamarans e 2 monocascos que haviam recém passado pela ponte e pudemos velejar com vento de 6-11 nós a 60-30 graus por boreste. Foram mais de 4 horas até o vento aumentar e rondar para Sul, bem pela proa. Desde que entramos na Florida os Botos foram substituídos por Golfinhos. Os avistamos dezenas de vezes por dia mas estes raramente vem brincar próximo ao barco e em geral estão em duplas, sendo difícil fotografá-los. Ao cruzarmos o St. Lucie River, próximo de sua barra em Stuart, passamos a navegar em canais mais estreitos mas de boa profundidade. A partir das proximidades de Júpiter começou uma profusão de pontes de abrir, a maioria com horário. Foram 7 pontes até chegarmos a nossa ancoragem programada no North Lake Worth, em North Palm Beach, com bastante vento.

Amanhecer já na waterway 

Velejando em flotilha 

Praia na ICW, próximo a Jupiter 

Chuva logo após ancorarmos no Lake Worth

No último dia da travessia (11/11) saímos da ancoragem às 07:17h para um verdadeiro rallye náutico. Seriam 16 pontes de abrir pela frente, a maioria abrindo de meia em meia hora. Uma na hora cheia e na meia hora e a seguinte em ¼ e ¾ de hora. Uma delas de 20 em 20 minutos e apenas 3 on request. Na primeira ponte furamos feio. Chegamos para passar em ¾ de hora, mas a operadora nos informou que por ela estar em reforma só estava abrindo de hora em hora, justo  em ¼ de hora. Mais de ½ hora de espera. Depois desta foi uma beleza. Conforme a distância da próxima acelerávamos os dois motores a mais de 3.000 giros ou “tartarugavamos” com um motor a 1400-1600 giros. Acabamos por chegar mais de uma hora antes do que havia previsto. Chegamos na casa do mexicano Alfredo, nosso locador, às 03:15h.

Estaleiros na região de Palm Beach 

Marinas lotadas de grandes barcos

Ponte em Lantana, uma das 16 

Mangusta 165 pés

Estamos bem alojados aqui com eletricidade e água (ainda falta resolver a internet). Num agradável e bonito condomínio, num canal sem trânsito, na parte mais bonita da cidade, a poucas milhas (uma caminhada ou “bicicletada”) do comércio que precisamos – mercado, café, West Marine, Walgreens – e 200 m da praia.

Localização do TinguaCat nos próximos 40 dias 





Jornada cumprida em 28 dias, sendo 22 navegados, e 1.037 milhas náuticas (3.770 km) percorridos por 6 estados. Uma viagem agradável, com rica experiência, muito conhecimento. Apenas um pequeno problema num dos motores, facilmente resolvido e uma genoa por refazer algumas costuras, vítima do ventão no Albemarle Sound, lá na Carolina do Norte. Valeu muito. Ao meu grande amigo e companheiro de viagem Comandante Jorge Luiz Silveira, meus maiores agradecimentos pela ajuda e convivência excelentes.

Só para dar uma idéia da travessia, pois viemos pelo litoral

quinta-feira, 12 de novembro de 2015

Travessia Annapolis-Florida - Etapa 9 St. Augustine (FL) - Vero Beach (FL)

Decidimos ficar mais um dia na poita em St. Augustine para efetuar a troca de óleo e filtros  dos motores, o que foi feito pela manhã. A diária das poitas vence as 11:00h e assim faríamos com mais calma. No dia seguinte cedo ao ligarmos os motores para reiniciar a travessia, o motor de bombordo após alguns minutos disparou o alarme, acendeu as luzes de alerta de óleo e stop e parou de funcionar. Havia funcionado os motores por 15 minutos após a troca de óleo sem nenhum problema. Acabei por levar o barco com um motor só  para a St. Augustine Marine Center, uma marina de serviço onde o TinguaCat ficou de Fevereiro a Junho, a umas 4 mn no San Sebastian River, um afluente do principal Matanzas River. Mecânico só no outro dia pela manhã. Pelas 9h chegou o mecânico e rapidamente constatou e solucionou o problema que era ar na alimentação de combustível. Gastei US$ 42,00 e aprendi mais sobre o motor pois pensava ser problema com a pressão do óleo.

TinguaCat no St. Augustine Marine Center

As 10:40h do nosso 22 dia (05/11) iniciamos nossa perna de número 9. Dia bonito, ensolarado, calor de uns 30 C, ventos fracos de SSE, muita corrente contra. Pelas 12:30h passamos pelo Fort Matanzas, próximo ao inlet de mesmo nome. Uma ponte para abrir mas sem horário, on request. Chegamos a Daytona Beach onde ancoramos próximo as Twin Bridges (das muitas pontes) às 17:30h, acompanhados de dois veleiros canadenses e um pequeno catamaran americano, nossos companheiros de quase todo o dia.

 Fort Matanzas

Companheiros do dia 

Uma das preciosidades com que se cruza no caminho 

Outra... 

Ancoragem nas Twin Bridges em Daytona Beach

Desde que entramos na Florida o meio ambiente já havia mudado. Não há mais o zig-zag entre rios que aqui correm paralelos a costa oceânica. As margens da ICW são bem mais urbanizadas. Um movimento maior de pequenas lanchas, as “chatas” de carga desapareceram e quando em quando encontra-se alguma de serviço. Até aqui ainda teve alguns trechos com os marsh (pântanos) de capim Sweetgrass. Mas agora, quando há  pântanos, eles são parecidos com os nossos mangues.

Saímos da ancoragem em Daytona Beach (06/11 – sexta feira) as 06:45h, com a primeira claridade para fugir do horário restrito da primeira drawbridge logo ali a menos de uma milha da ancoragem. Logo em seguida mais uma para abrir, tudo no centro de Daytona. Durante o trecho até Titusville de 42 mn ainda tivemos mais duas pontes para abrir, uma com horário em New Smyrna Beach. Dia ensolarado e quente com duas trovoadas que conseguimos evitar e muita corrente contra e  vento pela proa. Até conseguimos abrir a genoa no Mosquito Lagoon por pouco tempo. Depois das 11h o vento cresceu e se manteve em torno dos 20 nós. Não gostamos da ancoragem planejada e fomos pegar uma poita da Titusville Municipal Marina. Dia mais curto, eram 14:45h . Colocamos o bote na água e fomos para terra, dar uma volta na cidade e comprar alguns perecíveis no mercado. Titusville fica do outro lado do rio da base de lançamentos de foguetes da NASA em Cabo Canaveral e se diz o melhor lugar para assistir estes eventos.

Zarpando antes do Sol aparecer 

A primeira drawbridge de Daytona Beach


Amanhecer na ancoragem em Titusville

Dia seguinte (07/11) saímos 06:40h e tivemos só a NASA Causeway Bridge de abrir. Outro dia ensolarado e quente com algumas nuvens dando umas pingadas na gente. O vento só entrou pelas 11h e veio como sempre de Sul (isto é na nossa cara) e entre 14-19 nós. Com este vento e a corrente que teima em ser contra (100% neste trecho) vamos queimando diesel. O maior problema da corrente é o horário das marés deste período e também o fato de haver poucas barras nesta região. Chegamos ao campo de poitas da Vero Beach City Marina às 17:35h e nos amarramos na numero 2. Até aqui foram 24 dias e 935 milhas náuticas.

Arco Iris após uma rápida e fraca chuva, na altura de Melbourne 

TinguaCat na poita em Vero Beach 

Mais um Arco Iris, agora em Vero Beach

terça-feira, 10 de novembro de 2015

Travessia Annapolis-Florida - Etapa 8 Brunswick (GA) - St. Augustine (FL)

Em 31/10, um sábado às 16:07h, deixamos o cais de abastecimento da Brunswick Landing Marina abstecidos de água e diesel para cumprirmos a etapa até St. Augustine, na Florida. A manhã do sábado foi usada para irmos ao mercado comprar itens perecíveis e conhecer um pouco de Brunswick, que além da ponte e da marina não tem nada que chame a atenção. Saímos nessa hora para não pernoitarmos na marina e pagar mais uma diária.


Voltando do mercado com a bicicleta emprestada da marina

Navegamos até 18:45h quando ancoramos mais uma vez num riozinho lateral, o Floyd Creek, em frente a Cumberland Issland, com 2,6 m de profundidade. Escolhemos estes pequenos rios, quando eles tem calado, para fugir da corrente maior no rio principal e a ancoragem ser mais segura. Passamos pelo St. Andrews Sound mais um dos vários desta região Sul da Geórgia que tem uma larga abertura para o mar, tendo o balanço característico das ondas.


Por do Sol na Cumberland Island 

Este cara passou a noite neste caiaque, amarrado no pau da marca

Dia seguinte (01/11) era domingo e fim do horário de verão (Daylight) nos Estados Unidos. Não da para chamar de horário de verão pois ele vai de Março a Novembro. Recuamos 1 hora e agora, com o horário de verão brasileiro, passamos a estar 3 horas "atrasados" para o Brasil. Dia quente com muito vento contra, do quadrante Sul, entre 16-20 nós e corrente contra. Ainda pela manhã antes de sairmos da Georgia passamos por um trecho de 5 mn de Safety Zone, onde a velocidade precisa ser reduzida, por causa de uma base de submarinos atômicos da US Navy, que fica estas 5 milhas rio adentro no St. Marys Sound.


A base naval 

Fort Clinch na barra do St. Marys Sound com o mar

E entramos na Florida, nosso sexto e último estado, por Fernandina Beach. À tarde cruzamos  a região de Jacksonville com muitas lanchinhas e jets-skys azucrinando. afinal era domingo. Vimos os primeiros golfinhos em substituição aos Botos, que são numerosos no trecho da Florida. Ancoramos a 2 horas de St. Augustine em Pine Island, num rio mais espaçoso e com vários outros cruzeiristas.


Na Florida a paisagem muda. Muito mais urbana...


A ancoragem em Pine Island, num afluente do Tolomato River

Segunda (02/11) zarpamos as 06:45h para chegarmos a uma poita da St. Augustine Municipal Marina,  às 08:50h, não sem antes passar a linda e basculante Bridge of Lions. St. Augustine como já escrevi aqui é a cidade mais antiga dos EUA, fundada pelos espanhóis que estiveram ali por mais de 300 anos, conserva em seu Centro Histórico muita coisa da sua história. Principalmente o Castillo de San Marcos, o forte que garantiu a presença espanhola por tanto tempo. E a marina municipal fica bem no Centro Histótico ao lado da Bridge of Lions.


A marina municipal de St. Augustine com a Ponte dos Leões ao fundo


Um exemplo da arquitetura histórica em St. Augustine

segunda-feira, 9 de novembro de 2015

Travessia Annapolis-Florida - Etapa 7 Savannah (GA) - Brunswick (GA)

Às 13:10h da terça feira 29/10 deixamos a Bend Marina, em Thunderbolt, com destino a Brunswick, no outro extremo do estado da Geórgia. Pela manhã depois de limpar as mangueiras da bomba de refrigeração da geladeira e conseguir colocar o gerador novamente em funcionamento fomos visitar Savannah. A Bend Marina é pequena e simples mas de bom custo e tem o que o cruzeirista quer (wifi que funciona, água, bom banho, lavanderia) ao contrário da enorme e péssima Charleston Harbor Marina.

Estávamos completando duas semanas desde que saímos de Annapolis e havíamos percorrido 633 milhas náuticas. Continuamos a navegar pelo mesma região. Então foram muitas trocas de rio e de corrente. No final do dia, com a maré bem baixa,  numa região de baixios chegamos a tocar o fundo procurando o caminho mais profundo. Neste pontos de shoaling são usadas marcas móveis, que são reposicionadas de acordo com a formação dos bancos. Passamos pelo St. Catherines Sound onde chegamos a adentrar o Atlântico, inclusive com o balanço característico do oceano. Dia ensolarado e quente quase sem vento. Desde a Carolina do Norte temos visto muitos botos. Para pernoitar deixamos o rio principal e entramos num afluente, o Cattle Pen Creek, onde ancoramos com 2,3 m às 19:05h.

 Local bem raso na maré baixa

St. Catherines Sound, aqui é Oceano Atlântico

Amanhecer na anoragem no Cattle Pen Creek

Às 07:25h iniciamos mais um dia. Dia bonito novamente com vento do quadrante Sul fraco a moderado, mas conseguimos velejar por umas 3 horas. No balanço do dia a corrente foi equilibrada. Chegamos na Brunswick Landing Marina às 15:45h, depois de passarmos sob mais uma ponte espetacular, a Sidney Lanier Bridge. Nossa reserva foi feita pelo amigo Ricardo Queiroz que comprou seu veleiro lá e esta preparando-o para sair. Marina grande e muito boa, com a dockmaster Sherry muito prestativa e o diesel mais barato que já vi até agora.


 Sempre muitos pássaros nas marcas do caminho

A linda ponte de Brunswick 

Por do Sol visto da marina, em Brunswick 

A ótima Brunswick Landing Marina 


sexta-feira, 6 de novembro de 2015

Travessia Annapolis-Florida - Savannah

Deixamos o TInguaCat na Bend Marina e na manhã do 29/10 fomos conhecer Savannah.  Fomos de Uber com um carrão e uma linda motorista até o Historic District, que fica na margem direita do Savannah River. Na margem esquerda é  Carolina do Sul.





Savannah foi fundada em 1733 e foi considerada a mais bela cidade americana. Seu criador projetou uma grade urbana salpicada de pequenas praças. O centro histórico é grande e bonito, principalmente a River Street, região as margens do rio com prédios antigos, praças, calçadas a beira rio. É onde se concentra o turismo com hotéis, bares, restaurantes e comércio afim.



Mesmo estando a 26 km do Oceano Atlântico o Porto de Savannah é movimentado e recebe grandes navios.



quarta-feira, 4 de novembro de 2015

Travessia Annapolis-Florida - Etapa 5 Charleston (SC) - Savannah (GA)

Na segunda feira (26/10) encostamos cedo na fuel dock para abastecer de diesel e às 7:40h iniciamos a navegada. Devagar contornamos a península de Charleston pois no inicio da IntraCoastal para Savannah tem uma ponte que não abre entre 6:00-9:00 h. Vento do quadrante Norte de 12 até 20 nós. Passamos a manhã toda utilizando a genoa e nos ocupando pois a trimagem era constante com as muitas curvas do caminho. Mas ajudou bastante principalmente quando a corrente era contra.

Perfil de Charleston vista do outro rio, o Ashley River

"Genoando"

Nesta região chamada Lowcountry que vai da metade sul da Carolina do Sul até a fronteira da Georgia com a Florida os rios são largos e de boa profundidade e muito sinuosos. É um emaranhado deles. Muitas vezes vários deles se encontram formando os sounds, que em alguns casos estão em comunicação direta com o oceano. Difícil explicar o conceito de sound. Para eles aqui não é uma baía nem um lago ou lagoa. Fazendo um paralelo com o Brasil, a Baia de Babitonga, a de Paranaguá seriam aqui chamadas de sound. Naturalmente tem menores e maiores. Para “encurtar” a waterway existem vários cuts, que são canais artificiais, para passar de um rio ao outro. Uma hora se esta descendo um rio passa-se pelo cut e passa-se a  subir no outro. Assim o rumo vai mudando de Leste até Oeste, enquanto nosso objetivo é o Sul. Nos cuts é onde estão os baixios (shoalings), principalmete nas suas entradas e saídas, na maré baixa, que varia de 2m para mais (até aqui já pegamos 2,62 m). Isto também provoca muita troca de sentido da corrente.  É uma região muito bonita sempre com os marsh (terras inundáveis, portanto úmidas, espécie de pântano) cobertos pelo capim Sweetgrass na beira da água e as construções mais ao fundo na terra firme.

As construções ficam "atrás" do marsh

Dia todo nublado e no final da tarde a chuva prevista chegou, devagar. Só foi desabar justo na hora da ancoragem e ainda com forte vento na cara. Tentamos uma ancoragem num afluente conforme uma indicação mas era muito raso, chegamos a raspar o fundo. Retornamos algumas centenas de metros e ancoramos com 2,5 m (na maré baixa) e bom espaço num braço do rio principal mesmo, em Brickyard Point.

O dia seguinte amanheceu chuvoso e ventoso. Mudamos os planos. Resolvemos sair só mais para o final da manhã quando a corrente estivesse favorável e ir até Beaufort (esta a da Carolina do Sul) a 4,6 mn. Em Beaufort tem uma ponte de abrir com horários bem complicados. Assim no dia seguinte já estaríamos do outro lado dela e ainda conheceríamos a cidade. Atracamos no píer flutuante municipal. Muitos municípios as margens da ICW mantem piers com atracação grátis para que se possa visitar a cidade. A placa dizia que não poderia permanecer ali entre 01:00 e 6:00 h. Estava tão bom que resolvi arriscar. Não deu outra a 01:00 h em ponto uma dupla de policiais nos pediu gentilmente que deixássemos o píer. Fomos para a ancoragem logo ao lado.

O pier municipal de Beaufort (SC)

Beaufort (SC) com chuva

Na quarta (28/10) saímos às 07:10 h com chuva e vento Sul forte. E foi assim a manhã toda. O vento pela proa entre 14-22 nós e a chuva indo e vindo em curtos intervalos. Na travessia do Port Royal Sound o vento se manteve entre 29-32 nós, provocando marolas bem mexidas. Para piorar foi o pior dia de correntes contra, chegamos a pegar quase 4 nós. A tarde o tempo foi melhorando e chegamos em Thunderbolt, na periferia de Savannah, na Bend Marina, com sol às 15:45 h. Até aqui foram 14 dias, sendo 12 navegando, e 635 milhas náuticas.


Atravessando o Port Royal Sound 

Cargueiro chinês no Savannah River 

Caiaques no final do dia, Wilmington River, Thunderbolt (GA) 

TinguaCat na Savannah Bend Marina