segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

Preparando o TinguaCat

Depois de três dias em Orlando, chegamos ao TinguaCat, na Waterline Marina em Melbourne (Florida), na última quinta feira (18/12).

Feita a necessária limpeza no barco passamos a cuidar das compras para terminar de equipar o barco, principalmente cozinha e cama, e do abastecimento para cerca de dois meses a bordo. Toma tempo. Somente agora após o Natal é que temos nos dedicado mesmo a manutenção do barco.


Em meio as tarefas não poderíamos esquecer do Natal

Pelos nossos planos já era para termos deixado Melbourne rumo a Riviera Beach, onde se encontra o inlet (barra) que vamos utilizar para atravessar para as Bahamas. Ainda temos quatro problemas de manutenção que precisamos resolver antes de podermos ir para lá. Difícil é resolve-los quando se depende de terceiros nesta época de holidays por aqui. Parece que vamos passar o réveillon aqui...

Desde ontem esquentou e estamos tendo máximas de 27-28 C. No restante do tempo, à exceção de três dias antes do Natal tem sido de dias frios. Já pegamos 8-9 C no início da manhã.

sábado, 27 de dezembro de 2014

Troupe Brasileira no Caribe

Um grupo de cinco veleiros brasileiros esta atualmente cruzeirando no Sul do Caribe, região de Grenade e St. Vincent & Grenadines. Depois de hibernarem e fazerem as manutenções de praxe em Chaguaramas (Trinidad) eles rumaram para ilhas mais paradisíacas. Interessante que quatro deles são de catarinenses: o catamaran  Cascalho (com Luiz e Mauriane) e os monocascos Deslize (com Edson e Quelli), Plancton (com Luiz Rogério D'Ávila e Marcos Borguetti) e Sotália (com Rodrigo Cardoso).

As tripulações confraternizando no Cascalho (Foto Luiz Fernando da Silva)

Para acompanhar clique nos nomes sublinhados acima para ver as postagens nas respectivas contas de Facebook.

sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

A Regata Volta à Ilha do Ed

A 46 Regata Volta à Ilha deste ano foi dominada pelos veleiros C30 que chegaram disputando a ponta até as proximidades da linha de chegada, saindo vitorioso e Fita Azul o Katana, com o tempo real de 13h50m23s (veja resultados aqui). Foi uma regata com uma incrível variação de ventos. Abaixo uma crônica escrita pelo Tarcísio Mattos, Diretor de Vela de Oceano do Veleiros da Ilha, a respeito da regata do comandante Edmar "Ed" Nunes Pires, a bordo de seu Vendaval V, que venceu na classe RGS. Ed é o mais veterano e experiente comandante de regatas do Veleiros tendo feito quase 50 voltas a Ilha de Santa Catarina, entre regata (a maioria) e passeio, com muitos barcos diferentes.





sábado, 13 de dezembro de 2014

46ª Regata Volta à Ilha de Santa Catarina

Neste momento (sábado 13/12) esta ocorrendo mais uma edição da Regata Volta à Ilha de Santa Catarina, a mais tradicional, difícil e charmosa prova de vela oceânica do estado, com largada nas proximidades da Ponte Colombo Salles. Dezenas de embarcações participam do evento, que encerra o calendário náutico do estado em 2014, como é tradição ao longo dos anos.

Com um percurso de aproximadamente 75 milhas náutica, equivalente a 139km, a regata contorna a Ilha por bombordo, ou seja, sempre mantendo-a à esquerda do barco, largando no sentido Sul e chegando em frente ao Forte Sant´Anna e boia no canal de navegação que passa pela ponte Hercílio Luz.. A sinalização de partida acontece às 10h, entre uma boia e a embarcação da Comissão de Regatas, o que garante um grande espetáculo ao público. O evento encerra também a Copa Veleiros de Oceano do ICSC-VI com presença das Classes ORC, C30, RGS A, RGSB, RGS C, RGS Cruzeiro, Proa Rasa e Visitante.



Nos últimos anos, os veleiros Catuana e Mano´s Champs têm dominado a regata. Atual Fita Azul da competição, o Catuana Kim, do comandante Paulo Cocchi, venceu a Volta à Ilha em seis ocasiões, contra quatro do Mano´s Champs. Além da disputa pelo título, as duas embarcações brigam também pelo recorde do evento. Em 2005, o Catuana estabeleceu a marca de 09h13m como recorde de prova, mas no ano de 2011 foi a vez do Mano´s Champs, comandado por Avelino Alvarez, marcar 08h43m10s, tempo que segue como o melhor já registrado na regata. Inclusive, essa foi a primeira vez que uma embarcação completou o percurso em menos de nove horas.

Paralelo as disputas da Volta à Ilha de Santa Catarina, ainda no dia 13 de dezembro acontece a 14ª Regata Ilha do Largo – Ilha dos Ratones. A prova também conta pontos no ranking da Copa Veleiros de Oceano destinada aos barcos de menor porte e segue os mesmos moldes da principal competição. Essa regata vale apenas para os veleiros de RGS C, Proa Rasa e Visitante, com um traçado menor.

As largadas e chegadas acontecem no mesmo local, mas a Regata Ilha do Largo – Ilha dos Ratones conta com um percurso diferente. Em frente ao Ribeirão da Ilha os veleiros contornam a Ilha do Largo rumando em direção Norte, passando por entre os vãos centrais das pontes Colombo Salles, Pedro Ivo Campos e Hercílio Luz. Na sequência, os veleiros precisam contornar a Ilha de Ratones Pequeno, em frente a Ponta de Sambaqui, finalizando a regata nas proximidades da Ponte Hercílio Luz, em frente ao Forte de Sant' Anna.

Na sexta-feira o clima já era de Volta à Ilha no clube

Para a maioria dos participantes vencer não é o objetivo principal, mas sim completar a prova. O que já é um desafio e tanto. Dependendo do regime de ventos enfrentado muitas embarcações só cruzam a linha de chegada no dia seguinte. Já teve veleiro que cruzou às 16:45h de domingo, mas com a tripulação orgulhosa por ter completado a prova.

Este ano não estou participando, pois estou viajando amanhã pela manhã para o TinguaCat. A prova esta sendo dura para as tripulações por conta de ventos fracos e variáveis até aproximadamente às 17h quando tivemos um temporal. Depois deste, conforme as previsões, o vento firmou-se de Sul com força 5.

Amigo da Marinha

Dias atrás fui surpreendido por um convite da Marinha do Brasil para receber a medalha de Amigo da Marinha, durante as solenidades comemorativas ao Dia do Marinheiro. Nesta sexta-feira (12/12) em solenidade com todas as pompas na Escola de Aprendizes Marinheiros de Santa Catarina recebi a imposição da medalha, que muito me honrou.



Com meu grande amigo e "padrinho" Dr.César Amorim Krieger

sexta-feira, 28 de novembro de 2014

Manutenção de Balsas Salva Vidas no Brasil

Nestes anos todos tenho escutado de velejadores e lido nos vários grupos de discussão náuticos, como o da ABVC - Associação Brasileira de Velejadores de Cruzeiro da dificuldade e custo de se efetuar manutenções em balsas salva vidas e EPIRBs no Brasil. Com relação as balsas temos uma boa novidade, relatada pelo nosso colega Ademir "Gigante", do veleiro Entre Polos, em seu blog:

terça-feira, 18 de novembro de 2014

Assaltos na Estrada Paraty - Cunha

Pelo título não parece uma notícia para um blog voltado ao meio náutico. Mas, é relevente sim. A Estrada Paraty - Cunha (RJ-165) é o menor caminho para quem vem de São Paulo e Sul do Brasil descer a serra para o litoral do Rio de Janeiro, região de Paraty e Angra dos Reis, a maior e uma das mais belas regiões náutica e turística brasileira.  Em precárias condições em seu trecho de serra a estrada estava sendo reformada e pavimentada, uma antiga reivindicação dos seus usuários. Além de o MP ter solicitado a interrupção das obras, aceita pela juíza responsável, alegando falhas no estudo ambiental, agora a estrada passou a ser ponto de assaltos. Notadamente nos dias e horários de maior fluxo de turistas os marginais se aproveitam da velocidade reduzida, que os veículos são obrigados a ter nos trechos em obras, para praticarem assaltos à mão armada. No último dia 16/11 uma mulher foi morta e outra ferida à tiros. Leia reportagem clicando aqui. A continuação das obras foi recentemente liberada, na 2ª instância, mas ainda não retomada.

Obra parada por liminar deverá ser retomada em breve
 
A falta de segurança em geral no Brasil, que só faz aumentar e está chegando de maneira inexorável ao meio náutico foi um dos motivos que pesaram na nossa decisão de manter nosso barco no exterior.

domingo, 9 de novembro de 2014

Uma Regata Depois de Um Ano

Foi em novembro do ano passado que fiz a última regata, a Regata Mormaii para Bombinhas, a bordo do Tinguá. Estava com saudades e fui brindado com uma regata muito prazerosa neste retorno, além de termos andado muito bem, chegado na frente de vários barcos regateiros e vencido a nossa classe RGS Cruzeiro, a mais numerosa da prova.

Ainda com vento ameno

Foi ontem (08/11) na 11ª Regata Marejada, válida pela 7ª Etapa da Copa Veleiros da Ilha de Oceano, com trajeto de cerca de 32 mn entre Jurerê e Itajaí. Fui na tripulação do Skipper30 Y Jurerê Mirim do amigo e comandante Leone Carlos Martins Jr., junto com Maurity Borges Jr., Paulo César, Amândio Rampinelli, Leandro Azevedo e Pedro Henrique, filho de 8 anos do Leone.

Num dia bonito e ensolarado largamos já de balão, às 10:35h, e de vela balão fomos até a linha de chegada, 4h27m depois. O vento se manteve de Sul rondando até quase Leste de início de 10-12 nós, crescendo durante a regata até as proximidades dos 20 nós, com algumas rajadas maiores. Fizemos um percurso perfeito e fora umas duas atravessadas maiores (e quem não atravessou?), uma numa rajada mais forte e outra no primeiro jibe do balão, velejamos muito bem sendo o quinto barco a cruzar a linha.

Largando (Foto: esportesdomar.com.br)

Para coroar o dia tivemos uma baleia cruzando nossa proa, o que para Pedro, que não se impressionou com o vento e as atravessadas, foi o melhor da regata.

Só peguei o esguicho da baleia

Depois de cruzarem a linha de chegada nas proximidades do canal de acesso ao porto, no Rio Itajaí-açu, os veleiros atracaram na Vila da Regata, junto ao Pavilhão de Eventos da cidade onde se realizava a 28ª edição da festa Marejada - Aventura pelos Mares do Mundo. Fomos muito bem recebidos pelo pessoal de Itajaí, em especial pela ANI - Associação Náutica de Itajaí, parceira do ICSC - Veleiros da Ilha na organização da regata, com premiação no palco principal e uma excelente paella.

Deixando Itajaí, no final do dia

quinta-feira, 30 de outubro de 2014

De Volta a Água

Após 3 meses parado em sua carreta no seco, no último domingo (26/10) colocamos o Tinguá na água para uma velejada. O dia estava bom com ventos Leste de uns 10 nós. Mas a bomba d'água de refrigeração do motor travou. Provavelmente os selos venceram (difícil saber quando isto acontece) e deixaram passar água para os rolamentos, que com o tempo parado oxidaram.

Bomba d'água recuperada, na terça feira a tarde, mesmo com um Nordestão de mais de 20 nós (marcou 26,6 nós de Vmax), demos uma velejada rápida nas imediações do Veleiros da Ilha, Jorge, seu filho Leonardo e Eu. O Tinguá adorou molhar o lombo, adernar, ranger, sentir o vento...



A pedido da produção deixamos Ele numa vaga do trapiche central para figurar nas locações do filme Pequeno Segredo, baseado na vida de Kat Schurmann, que seu irmão e cineasta David esta rodando.

quarta-feira, 29 de outubro de 2014

Neomarine38 - Forma em Construção

Estamos completando três meses do inicio da construção dos primeiros 5 Neomarine HS38 (veja aqui o inicio) e estamos com nosso cronograma adiantado, graças a dedicação do construtor e um dos proprietários Alexandre Meinecke e sua equipe. Nas nove semanas que fiquei fora pude acompanhar a evolução dos trabalhos através da câmera ao vivo.

Atualmente estamos no processo de construção dos moldes para o casco e esperamos em até 30 dias infundir o primeiro casco. Abaixo algumas fotos da evolução da construção, até a última sexta feira (24/10):








Mais imagens aqui.

terça-feira, 28 de outubro de 2014

Melbourne, Florida

Melbourne, onde está o TinguaCat, é uma pequena cidade de 77.500 habitantes situada na região chamada de Space Coast, nas proximidades do Atlântico, na Florida Central. É centro de uma região balneária com várias pequenas cidades (town), a maioria praianas como Indian Harbor Beach, Melbourne Beach, Palm Bay, Indialantic, Satellite Beach. As margens do Indian River, que corre paralelamente ao Atlântico e tem cerca de 3 km de largura, possui duas grandes pontes que a ligam as praias.


Para se ter uma ideia da localização

Equidistante de Miami e Jacksonville, cerca de 170 milhas, é plana (como toda a Florida), planejada, com pouquíssimos prédios, vias largas, parques e muito espaço entre as construções. O que por outro lado torna o carro praticamente indispensável. É um local com muitos aposentados que migraram para lá de outros estados americanos para ali viverem ou  passarem a temporada de inverno. Por isto a região tem muitos condomínios de casas. Economicamente tem uma universidade de primeira linha e um parque tecnológico avançado, além de muitas clínicas médicas.


Campo de golfe "pague-jogue" na principal via de comércio da cidade

O padrão financeiro da população é alto com um muito bem estruturado aeroporto internacional, um bom comércio com todas as grandes redes americanas, galerias de arte, museus, grandes revendas de BMWs e Mercedes, muitos aviões de lazer nos hangares do aeroporto, barcos e motos.


 Praia em Indian Harbor Beach

  Gleason Park

São dois iates clubes e seis boas marinas, fora os barcos que ficam nos piers à beira do rio. Mesmo tendo mais lanchas do que veleiros, o número de veleiros é maior do que toda Santa Catarina com muita sobra. E não há grandes lugares para velejar.


 Barcos no Indian River no dia do show aéreo

 Eau Gallie Yacht Club, no Banana River, afluente do Indian

Melbourne Yacht Club, na entrada de outro afluente do Indian River

O Melbourne Historic Downtown é onde a cidade nasceu, umas 10-12 quadras com construções baixas e mais juntas, mais parecido com nossas pequenas cidades, onde se concentram lojas pequenas diferenciadas, restaurantes e bares. É ali que toda segunda sexta feira do mês acontece a Friday Fest, entre 6 e 10 horas da tarde. As primeiras 4 ou 5 quadras tem a rua ocupada por barraquinhas de artesanato, arte, comida, entidades assistenciais, produtos diferenciados (em geral por serem produzidos de maneira artesanal), bandas tocando na rua, caminhão de cerveja. Todo muito vai, de bebês a velhinhos. O astral é ótimo, ninguém se preocupa de como o outro é. Tem cada tipo, em todas as faixas etárias, que daria para fazer um interessante livro de fotos...


 O "marco zero" da cidade, início do Historic Downtown

 A Friday Fest

Banda (muito boa) tocando na Friday Fest



segunda-feira, 27 de outubro de 2014

Estudando Inglês nos EUA

Eu havia contratado um curso de inglês em Vancouver, no Canadá. Com a aquisição do TinguaCat consegui mudar este curso para a Florida, onde optei pela cidade de Melbourne, por estar as margens da Intracoastal Waterway e apenas 70 mn de onde estava o barco, poder morar a bordo e,  também, por ser uma cidade média com pouca influência latina. 

Esta unidade da rede de escolas ELS fica "dentro" do Florida Institute of Technology (FIT ou Florida Tech), uma importante universidade criada na década de 50, para servir de apoio tecnológico ao programa espacial americano. Melbourne fica a cerca de 25 milhas de Cabo Canaveral e possui um parque tecnológico, administrado e suportado pela Florida Tech, com importantes empresas de tecnologia aeroespacial.





Trata-se de uma universidade no padrão dos filmes americanos. Um bonito, espaçoso e arborizado campus. Os estudantes em geral moram no próprio campus. Os automóveis ficam em bolsões de estacionamento nas bordas do campus, de modo que a circulação pelo campus é feita a pé, de bicicleta ou skates. Tem também bondinhos que circulam pelas bordas e alguns pontos de maior concentração de pessoas.

 Grissom Hall, prédio onde funciona a ELS Language Center

A escola de inglês esta voltada a atender estudantes estrangeiros que vem fazer cursos ou estágios na universidade. Apenas uns 10% dos cerca de 150 alunos eram como eu, os outros 90% estavam fazendo seu nivelamento de inglês para poderem cursarem na universidade, que exige para tanto que o pretendente complete os 10 níveis da escola. Em função disto os cursos são bastante exigentes, com provas finais com 100 questões e aparato de prova de vestibular. E o pessoal reprova mesmo. Eu, após a prova de avaliação inicial cursei os níveis 4 e 5 e, modéstia a parte,  passei com média acima de 90 no primeiro e acima de 80 no segundo. Muito bem em gramática e vocabulário, mas ainda com dificuldades no listening e speaking. Ah! E dos 90% um terço é de chineses, outro de árabes (principalmente sauditas) e o terceiro de brasileiros. Sim, mais de 40 brasileiros. Universitários do Programa Ciências Sem Fronteiras, que se passarem pelo nivelamento do inglês cursarão o ano de 2015 na Florida Tech.

quarta-feira, 15 de outubro de 2014

Kyriri-ete Fazendo Fama

O multichine Kyrriri-ete, do nosso grande amigo Cmte. Giovani Dal Grande, com quem o Tinguá já fez algumas travessias Floripa - Angra e de quem já fui "hóspede" várias vezes, inclusive no último Encontro Nacional da ABVC. Pois bem,  foi objeto de artigo recente no site da Yacht Design, do seu projetista Roberto "Cabinho" Barros, veja neste link No momento ele está na Bahia, depois de ter feito o Cruzeiro Costa Leste 2014.

Kyriri-ete na Ilha Anchieta, durante travessia Floripa-Angra em 2012.

domingo, 12 de outubro de 2014

Água Potável no Barco

Quando fazemos cruzeiros longos a água potável é sempre um dos maiores problemas. Precisamos carregar e armazenar uma grande quantidade de garrafões plásticos, bombonas, que precisam serem comprados e transportados até o barco. Para evitar estes problemas adotei três etapas de purificação da água e passei a usar a água dos próprios tanques do TinguaCat.

A primeira etapa é a utilização  de um filtro de passagem adaptado à mangueira, com retenção de partículas e carvão ativado. No tanque coloco cloro como bactericida, no formato de comprimidos para desinfecção de caixas d'águas. Como terceira etapa utilizo um filtro-container da marca Pur. Ele tem um filtro especial de carvão que retira cloro, metais pesados e outros elementos, além de tirar gosto e odor estranhos à água. Tem ainda a vantagem de ter uma torneira que facilita servir-se de água.

 Filtro na mangueira

 
Filtro container com capacidade para 1 + 1 galões

O TinguaCat tem ainda um watermaker (dessalinizador) Spectra Cabe Horn Xtreme que produz água potável a partir da água do mar, com capacidade para 15 gl/hora. Controlo a qualidade com um medidor eletrônico. Abaixo de 750 ppm a água é considerada potável, mas estou conseguido perto de 100 ppm. Falta ainda a captação de água da chuva. Vou copiar o sistema que um navegador francês fez em seu Lagoon380 (veja aqui), captando a chuva que escorre do teto do salão do barco.

 
Medidor de qualidade d'água

O watermaker instalado no locker de boreste na proa

 

domingo, 28 de setembro de 2014

Com Dificuldade para Carregar seu Botijão de Gás?

Estamos acostumados a ter dificuldade para carregar os botijões de gás de cozinha (GLP, butano) de nossos barcos. Se for os de 2kg, que é o padrão de muitos barcos, pior ainda. Pois aqui nos Estados Unidos é a maior facilidade. Facilmente se encontra postos de carga, como este da foto abaixo, onde se repõe o gás (aqui propane) em qualquer modelo de botijão e na hora. Sem frescura.




segunda-feira, 22 de setembro de 2014

Vivendo (Temporariamente) nos EUA

Este não é um blog de viagens, ao menos de terrestres, mas na falta de assuntos náuticos vamos lá. É a minha nona vez nos Estados Unidos, segunda que não é para turismo, a outra foi para a compra do TinguaCat. Estou vivendo aqui e numa região, que mesmo sendo balneária e tendo suas belezas, não é turística para os estrangeiros. Estrangeiros aqui só para estudar na excelente universidade Florida Institute of Technology. Nesta sexta feira (19/09) completei meu primeiro módulo do Curso de Inglês (nivel 4) com bom desempenho. Mais para frente faço um post sobre o curso e o Florida Tech.

Downtown Melbourne

Durante a semana é curso, estudar inglês e alguma tarefa no barco. Tenho conhecido e experimentado os sistemas do barco e  agora começo a fazer manutenção dos motores, pequenas alterações e acréscimos para deixá-lo pronto para ir as Bahamas em dezembro. Nos finais de semana faço algum pequeno turismo conhecendo a cidade e locais próximos. No dia primeiro passado era o Dia do Trabalho aqui, então aproveitei o feriadão e estiquei mais, indo conhecer a região de Tampa Bay (Tampa, Clearwater e St. Petersburg), no outro lado, as margens do Golfo do México.

Indian Harbor Beach, a praia mais perto, só atravessar a ponte

O espetacular Dalí Museum, em St. Petersburg

O americano em geral não é tão educado e culto como o europeu ou canadense, mas se nós tivéssemos o nível deles eu já estaria satisfeito.  Eles são pragmáticos na ocupação das margens do oceano, rios e lagoas. Tem trechos com casas, com condomínios (não mais de 3  andares, a exceção de hotéis), trechos preservados. E há muitos parques, de todos tamanhos, bem organizados, com quadras, estacionamento, rampas para colocar barcos na água, banheiros limpos, parque infantil, ducha para tirar areia da praia, em alguns até cercado para soltar os cachorros. Nas praias se chega através de parques assim, em geral pequenos, construidos antes da vegetação de restinga que é preservada com passarelas. Apenas nos parques maiores cobra-se uma taxa por carro, de 5 a 10 dolares. Aqui em frente a marina onde estou tem um parque nas margens do Indian River, que tem quadras de tênis iluminadas, banheiros, rampa, quiosques com grelha para carvão, parque infantil e não tem portão, cerca ou zelador. E esta tudo inteiro, bonito e funcionando.

O Ballard Park, em frente a marina 

 Um dos parques por onde se chega na praia

 
Parque maior em Sebastian Inlet

Outro fato que me chamou a atenção é como se pesca. Pelo menos na Florida, é o hobby mais popular. Tem muita água e em todo lugar muita gente pescando, inclusive nos finais de tarde durante a semana, e muitas mulheres e crianças. Embaixo das grandes pontes tem passarelas para pesca que chegam a ter pia com bancada para se limpar os peixes. Em tudo que é canto tem lojas de Bait & Tackle. E como é característico deles sempre muito bem equipados. Tem Stand Up Paddle com suporte para vara de pesca. As lanchas em geral não são muito grandes e são voltadas para a pesca.

Embaixo da ponte estrutura para pescar


Pescadores e suas tralhas no pier do Sebastian Inlet Park
Mais imagens aqui.

sexta-feira, 5 de setembro de 2014

Morando no TinguaCat

Como já comentei, vou passar dois meses morando no TinguaCat. Na verdade nove semanas, a primeira iniciou em Stuart e foi dedicada a traze-lo até aqui em Melbourne, na Florida, onde pelas próximas oito semanas estarei cursando inglês em uma escola dentro do campus da Florida Institute of Technology, uma grande e conceituada universidade. É um pouco diferente pois desta vez estou usando o barco como casa mesmo, fixo no mesmo lugar.

A localização

 Waterline Marina vista do Ballard Park, em frente...
z
...e vista da ponte sobre o outro rio na US-1 

Estou na Waterline Marina que fica numa espécie de lago formado pelo Eau Gallieu River e um outro menor antes de desembocarem no Indian River, que corre paralelo ao Oceano Atlântico, e aqui tem cerca de 3 km de largura. A marina faz parte de um conjunto de apartamentos as margens da US-1, aqui dentro da cidade chamada de Harbor City Boulevard.

Já estou na rotina. Vou para as aulas na Florida Tech até às 12:30h, estudo até final da tarde, alguma atividade no barco, caminhada até o Ballard Park, um bonito parque em frente a marina e que dá para o Indian River, ou atravessando a Eau Gallie Bridge, saio para alguma compra ou conhecer algo, internet, cama. No horário das 12-11 até as 18h é difícil fazer alguma coisa fora do ar condicionado nesta época, são 35 ºC ou mais. Menos mal que escurece só pelas 20h. Hoje chegou a bicicleta folding que comprei, então vou revezar as caminhadas com "bicicletadas".

Bom apetite!

Para nós a comida aqui é terrível. Então procuro comer em casa, isto é a bordo, o máximo possível. Estou cozinhando e progredindo, já passei da fase da comida de sobrevivência e tenho conseguido fazer refeições práticas e saudáveis.

Mais imagens clique aqui.