quinta-feira, 31 de maio de 2012

Cruzeiro Floripa-Angra - Chegamos em Ilhabela

O Cruzeiro Floripa - Angra dos Reis, organizado pela Diretoria de Cruzeiro do Veleiros da Ilha, chegou a ter 7 participantes, mas na hora de sair mesmo só 4 veleiros confirmaram. O objetivo é subir em grupo a costa sul do Brasil até o Bracuhy, para participar do X Encontro da ABVC, alguns também do Cruzeiro Costa Verde 2012 da mesma ABVC e aproveitar a região da Baía da Ilha Grande durante os meses de inverno, mais rigorosos no sul.
 
 Ilha das Galés, na região de Bombinhas

A pequena flotilha foi formada pelos veleiros Kyriri-ete (Multichine28) do Diretor de Cruzeiro Giovani Dal Grande, Nina II (Multichine23) do Cmte. Saul Capela Neto, Gosto D`Água (Farr38) do Cmte. Idelfonso Witoslawski Júnior e o Tinguá (Skipper30). A saída não foi conjunta, com o Nina II saindo às 06:00h da sede Centro e agregando o Kiriri-ete na passagem por Jurerê, nós (Eu mais o companheiro Antônio Moura) às 08:40h do Centro e o Gosto D`Água também do Centro só que por volta do meio dia.

Kyriri-ete e Nina II "amadrinhados" no Caixa D`Aço
As condições meteorológicas diferente das previsões reuniram os três primeiros no Caixa D`Aço, em Porto Belo, no meio da tarde. Pegamos um NE de força 5 (veja a Tabela Beaufort) constante que fez o mar ficar muito mexido já de saída e a viagem desconfortável e com pouco rendimento. Contamos com a queda do vento no final do dia e, com velas rizadas, zarpamos com rumo a Ilha do Bom Abrigo às 17:30h do Caixa D`Aço. Realmente o vento diminuiu e o mar foi melhorando e lá pelas 10 horas resolvemos colocar o rumo para Santos, o que dava um angulo para que a vela mestra ajuda-se naquele contra vento, melhorando muito o nosso desempenho. Ao mesmo tempo em que o Gosto D`Água nos alcançava. A noite estava linda com a lua crescente e temperatura amena.

Amanhecer do segundo dia
O dia amanheceu maravilhoso no meu turno com o mar flat, só que o vento baixou para força 2 sempre num contra vento. Dá-lhe "vento de porão" (motor). Pelas nove da manhã fomos brindados no Tinguá com a presença de um enorme cardume de golfinhos. Até hoje sempre que subo ou desço a costa recebo uma ou mais visita deles, mas não me canso de maravilhar-me com o balé deles em torno do barco.

Moura brincando com os golfinhos
No final da tarde verificamos que o diesel que dispunhamos não seria suficiente para chegar a Santos sem economizar. E o vento continuava fraco e "na cara". Lá pela uma da madrugada chegou nosso vento salvador, um NW de força 4 que nos rendeu quatro horas de velejada em orça folgada, com o motor desligado. Mais uma noite e amanhecer lindos. Outro dia bonito e ensolarado de mar baixo mas vento fraco. Apenas há poucas milhas da barra de Santos entrou um N de força 5. E assim, sempre no contra vento entramos em Santos atracando no posto de combustível do Iate Clube de Santos às 10:20h com somente 13 litros de diesel.

Segundo e terceiros dias de mar flat
Abastecemos, colocamos os barcos nas vagas e fomos tomar banho e almoçar. Depois do almoço sentamos para estudar as previsões que continuavam indicando a entrada de uma frente fria naquela noite e um crescimento do mar, que permaneceria até o final de semana. A decisão, que mostrou-se acertada, foi partir para Ilhabela rapidamente tentando chegar antes da mudança do tempo.

O Tinguá na poita da sub-sede Ilhabela do ICS
A travessia até Ilhabela foi muito boa. Velejamos, com ajuda do motor, desde a Ilha da Moela até as proximidades da entrada do Canal de São Sebastião numa orça folgada com vento NNE constante de 11-12 nós. Quando o contra vento, nosso companheiro de viagem, nos alcançou novamente. A subida do canal até a sub-sede do Iate Clube de Santos foi só com a mestra e poucou angulo de velejo, mas com corrente favorável. A 00:40h pegamos a poita após somente 09:50h de travessia. E, o melhor, antes da frente. Que chegou logo após, mas em Ilhabela bem fraca.

A turma: Beltrão, Giovani, Júnior, Márcio, Moura, Saul, Callado, Fernando e Vilmar (atrás da câmera)

A má novidade em Ilhabela é que agora o Iate Clube de Santos está cobrando diária em suas poitas de R$ 95,00 para os sócios dos clubes conveniados.
 
Mais imagens aqui e clip golfinhos aqui.

domingo, 27 de maio de 2012

Tinguá Está Pronto para Subir para Angra

Amanhã (28/06) cedo uma pequena flotilha de 4 veleiros do Veleiros da Ilha parte rumo a Marina Porto Bracuhy, em Angra dos Reis, para participar do X Encontro Nacional da ABVC e depois curtir um pouco da região.

Agora à tarde acabei de aprontar o Tinguá para a travessia carregando-o com toda a tralha, mantimentos, roupas, água nos tanque, enfim uma infinidade de coisas. Só deixei para abastecer de diesel por preguiça de tirá-lo da vaga na água, onde ele já ficou depois da regata de sábado, para ir até o posto.

No sábado cedo, antes de descê-lo da carreta para a água, troquei o óleo da rabeta e do motor, bem como os filtros.

A central do alrme
 
 O sensor de presença instalado na entrada da cabine




Ainda no sábado o eletricista Edevaldo "Magrão" terminou de instalar um alarme. Comprei um kit de alarme residencial composto da central (com espaço para bateria, desnecessária no barco), 1 sensor de presença e 2 de abertura todos sem fio, 2 controles remotos e a sirene. Por enquanto instalei só o sensor de presença na entrada da cabine. Ele servirá para o caso de violação das portinholas quando fechadas e para detecção ao se aproximar pela popa ou adentrar o cockpit no caso das portinholas abertas. 

Uma Regata Dividida

Ontem disputamos a Regata Tripulação, a 3ª e última etapa da Copa Tripulação, num percurso de 8 mn na Baía Sul. Na tripulação Jorge Calliari, Luiz Carlos e Felipe Poyer e Ernani.


Esta foi uma regata dividida, pois teve dois tempos distintos para nós, tanto em termos de vento quanto em desempenho. Largamos mal com vento Sul de uns 6 nós. Logo após a primeira bóia quando iniciavamos nossa recuperação passando alguns barcos o vento parou. Foram quase duas horas sem vento ou com algum soprinho para conseguirmos montar a segunda bóia. A Comissão de Regatas encurtou a regata fazendo a linha de chegada na quarta marca. Pois aí entrou um consistente vento Sul, entre 11-13 nós com rajadas mais fortes. Era o que faltava para o Tinguá deslanchar, pena que a regata já estava comprometida, ainda mais na correção de tempo. Terminamos em terceiro e com a vitória na Regata Solitário e o quarto lugar na Ele e Ela nos sagramos campeões da Copa Flotilha na classe Veleiros Cruzeiristas.

Imagens em www.esportesdomar.com.br e clip.

segunda-feira, 21 de maio de 2012

Uma Regata Complicada

Neste mês de maio aqui em Florianópolis todo o sábado tem regata de oceano. No primeiro sábado (05/05) tivemos a Regata Solitário, pela Copa Flotilha do Veleiros da Ilha que foi uma regata gostosa. No sábado seguinte (12/05) tivemos a 3ª etapa do Catarinense de Minioceano, na Lagoa da Conceição, uma regata pesada que disputei com o Mutley, o meu Bruma19. Neste sábado (19/05) tivemos a Regata Ele e Ela, a 2ª etapa da Copa Flotilha, também disputada na Baía Sul. Desta vez, diante das previsões de pouco vento, a nossa classe, dos Velejadores Cruzeiristas, optou por uma raia cerca de 4 mn mais curta, ficamos com cerca de 8 mn de raia.

A merreca nivela tudo. Mesmo sem poder usar balão disputando com um C30 e um Skipper30 de regata
 
Esta foi uma regata complicada. Tivemos muito pouco vento, em mais de uma vez vi o anemômetro marcando 0.0, o vento rondou até 180º depois voltou, no final firmou em torno de 6 nós. Isto num dia nublado com algumas chuvas esparsas. Para mim e a esposa no Tinguá foi difícil com nossa mediçáo RGS muito alta e a genoa pequena. E ainda tivemos uma rápida encalhada na borda do Banco das Tupitingas, no afã de sermos ao menos fita azul. No corrigido ficamos em 4º lugar entre os nove da nossa classe, num total de 20 barcos na regata.


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segunda-feira, 14 de maio de 2012

Uma Regata Pesada

Neste último sábado (12/05) voltei a disputar uma regata de minioceano com o Mutley, o meu Bruma19. Foi a 3ª etapa do Campeonato Catarinense, disputada na Lagoa da Conceição, organizada pela Avelisc com supervisão da FEISC. As previsões se confirmaram e tivemos fortes ventos do quadrante Sul.

Na disputa com o O'Day23 Jah

Eu e o amigo e parceiro de muitas regatas Érico Couto Jr. tivemos uma regata pesada. Largamos bem com vento de uns 15 nós para o percurso em triângulo olímpico com mais duas pernas de barla e uma de sota. O vento já era bastante para o Bruminha mas optamos por não rizar a vela grande e utilizamos a genoa 3, ambas de Prolam. O vento só cresceu e na segunda metade da disputada rondava os 20 nós, com rajadas na casa dos 23-25 nós. Em terra houve quem tenha medido até 29 nós! Para um veleirão de 12m pode ser até tranquilo, mas no Mutley com seus 5,5 m era como domar um cavalo chucro, especialmente nas pernas de contra vento. Houve capotagem, velas rasgadas, quilhas à mostra, tripulante na água...Mas nos saímos muito bem, até andando na frente de O'Days 23 e Bruma22. Na última perna, um contra vento, a cinta que segura o sistema da esteira na retranca correu, nos deixando sem condições de trimar a grande. Perdemos algumas posições, mas não o primeiro lugar da classe Bruma19.

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sábado, 5 de maio de 2012

Uma Regata Gostosa

Hoje foi realizada a Regata Solitário, a primeira das três que compõe a tradicional Copa Flotilha, disputada no outono florianopolitano, de lindos dias com ventos mais amenos. O dia foi mesmo lindo, ensolarado e limpo, e o vento ameno de NNE de 4-5 nós no inicio até 11-14 nós, no percurso da frente do Veleiros da Ilha até a Ilha do Largo, contornada por bombordo, retornando ao local de partida, na Baía Sul, com 12,6 mn.




Regata iniciou com ventos de 4-5 nós


Modéstia à parte, creio que fiz uma ótima regata no Tinguá. Correndo na classe Velejadores Cruzeiristas (éramos 7 dos 18 participantes) fui o sétimo geral a chegar mesmo não utilizando vela balão na perna de ida, uma limitação da classe para os barcos a partir de 30´. Fazendo jus ao espírito da classe o Tinguá competiu com velas de Dacron cruzeiro, genoa de enrolar, bímini e dog house (montados), todas as âncoras e cabos e toda a tralha de cruzeiro. Para se ter idéia após a regata amadrinhado ao também Skipper30 Kíron, o Tinguá era cerca de 30 cm mais baixo.

A diferença de altura da linha d'água entre os Skipper30 Kíron e Tinguá
Larguei bem e tirando uma atrapalhada na desmontagem da "asa de pombo" na montagem da Ilha do Largo e um 360º no último segundo para evitar uma rede de pesca, a regata foi perfeita. Ajudada pelo vento na perna de volta na medida para nós. Dois ou três nós a mais e sofreria com a falta de escora.

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