Recentemente, no final de janeiro o Tinguá completou um ano. A avaliação simples e objetiva é que trata-se de um maravilhoso projeto (parabéns, mestre Volker) construído por um estaleiro nem tanto.
O barco é veloz e navega muito bem. A forma foi bem construida o que resulta num veleiro bonito e bem laminado. E para por aí. De resto é uma coleção de pequenos e grandes defeitos de construção que daria para encher um caderno. Alguns relatados neste blog. Desde relaxamentos como pingos de gel na bancada e pia da cozinha, passando por portas com fechos inadequados que batem o tempo todo durante as navegadas, até uma "bolha" na quilha, isto é um descolamento da laminação da parte metálica (ferro). Chegamos a pensar que havíamos sido "premiados", mas os proprietários dos outros três Skipper30 baseados no ICSC comprovam que é o "padrão".
Na última sexta-feira, as vésperas de levar o Tinguá para a sede oceânica de Jurerê, onde será disputado o Circuito Oceânico da Ilha de Santa Catarina, descobrimos que o estai de proa estava rompendo próximo a sua fixação no mastro. É a segunda vez que ocorre. Na primeira vez acreditávamos que a causa foi a ausência de uma peça do topo do enrolador (wrap stop)que serve para separar as adriças, retirada para a semana de Ilhabela. Desta vez estava tudo nos conformes. Será o enrolador? Difícil pois trata-se de um Profurl C320, um dos mais conceituados do mercado mundial. Será a instalação? Ainda não conseguimos identificar. Fica uma enorme insegurança...
O que falta no nosso mercado de vela é concorrência. Entidades de proprietários/consumidores como a ABVC precisam batalhar por maior facilidade na importação de barcos, equipamentos e peças a fim de motivar nossos empresários a ganhar produtividade e melhorar a qualidade. Os exemplos estão aí, como o da indústria automobilística.
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