sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Novo Livro da Kriz

Hoje em cocktail na Livraria Catarinense do Beiramar Shopping, Kriz Sanz velejadora e fotógrafa, mantenedora junto com o marido Artur do site de fotos de vela www.esportesdomar.com.br, lançou seu segundo livro. "O que é que eu tô fazendo AQUI?".

Não é um livro de fotos de regatas, como o primeiro "Tribo das Águas", mas crônicas humoradas de algumas "roubadas" em que a Kriz se meteu, mas em geral envolvendo veleiros e regatas, e claro, seus inúmeros cães e gatos. Já li quase todo, tá muito bom.

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Mutley é Campeão Novamente

No sábado (17/10) disputamos, Polaco e Eu, com o Mutley as 2ª e 3ª etapas do Estadual e a 8ª etapa do Ranking Estadual de Mini Oceano Avelisc/Fevesc. Depois de muita chuva à noite, houve uma trégua durante as regatas (apenas alguma garoa aqui e acolá) voltando a chuva durante a confraternização e premiação. Temperatura na casa dos 18ºC com pouco vento de N-NE rondado.

A primeira regata, válida como 2ª etapa do Estadual de Mini Oceano, foi um triângulo olímpico mais uma só perna de contra vento, pois a CR encurtou a regata em duas pernas, sem nenhum aviso. Com pouco vento chegamos em segundo lugar, atrás do Imagine.

A segunda regata, valendo como 8ª e última do Ranking Estadual de Mini Oceano e 3ª e também última
do estadual, foi um triângulo mais duas pernas de contra vento e uma de popa. Saímos na frente, fomos ultrapassados logo, no vento muito fraco, e recuperamos a ponta na perna de popa (penultima perna), para ampliarmos a vantagem necessária para vencer o Imagine (e a regata) no tempo corrigido, na perna final de contra vento, com a ajuda do aumento do vento.

Com a vitória na segunda regata conquistamos pela terceira vez o Ranking Estadual (duas seguidas) e o vice campeonato estadual. No estadual, que é disputado em apenas três etapas, foi o melhor resultado possível pois não fizemos a primeira etapa devido a alteração da data programada.

(Foto de Kriz Sanz do www.esportesdomar.com.br onde há mais fotos e clip).

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Boats Show ou Veleiros x Lanchas

A todo boat show nos grupos de velejadores vem a reclamação da falta de veleiros nestes eventos. Se os há são muito caros, já conhecidos e assim por diante.

A parte simples é que vivemos numa sociedade de consumo e quem promove estes eventos o faz para ter lucro. O custo para se expor também é uma questão de mercado. Há mais lanchas porque vende mais, vendendo mais tem escala e tem concorrência, o que obriga melhoria de processos e tecnologia na produção, e ferramentas "agressivas" de comercialização, resultando num custo comparativamente menor. Veleiros como vendem pouco não tem escala, tem pouca concorrência, pouco investimento em melhoria de processos e tecnologia, escassas condições para comercialização. Quem já visitou fabricantes de veleiros e de lanchas sabe muito bem do que estou falando. É o profissional versus o amador.

Estes dias estava numa roda com o projetista Márcio Schaefer (dono da Schaefer Yachts), aqui no Veleiros da Ilha, e alguém perguntou porque êle não projetava mais veleiros. (Para quem não sabe o Márcio veleja desde pequeno, é formado na Argentina, onde estagiou com os principais projetistas de lá e começou projetando veleiros, como o consagrado Schaefer31). A resposta dele foi de que não há mercado de veleiros no Brasil. Não para onde êle chegou depois que começou a projetar e fabricar lanchas.

Hoje temos apenas três estaleiros com alguma produção e variedade de modelos (Delta Yachts, Flash e Skipper). Só na Grande Florianópolis existem mais de dez estaleiros que fabricam embarcações a motor (e mais nenhum a vela), sendo que pelo menos seis deles tem podução maior que qualquer um dos construtores brasileiros de veleiros.

O complexo é quebrar este paradigma. Saber porque veleiros vendem pouco. A meu ver um grande fator é o cultural. Não temos a cultura da vela. Moramos num país tropical e não gostamos do vento na cara. Para muitos, que conseguiram o sucesso financeiro, a lancha é um grande simbolo de status, onde o importante não é curtir, mas ser visto. Bem, eu prefiro ser este bicho exótico: velejador.

(Foto de Andreas Willecke, do veleiro Mood Indigo).

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Abobrinhas...

O clima continua difícil para nós velejadores. Muita chuva, uma frente fria atrás da outra provocando muita instabilidade no tempo, com ventos fortes sem mais nem menos, ressacas seguidas e temperaturas desagradáveis. Deste modo o Tinguá tem velejado pouco. Deixamos de participar da Regata Balneário Camboriú, no sábado 19. A última saída foi em 20 de setembro, num dos poucos domingos de bom tempo dos últimos meses. Aproveitamos para levar as esposas e mais o casal de amigos (Rô e Polaco) para uma gostosa velejada na Baía Norte, com parada para um churrasquinho a bordo, ancorado em frente a Santo Antônio de Lisboa. Na volta apreciamos inúmeros golfinhos cercando um cardume. Foi a primeira vez que vi golfinhos tão dentro da Baía Norte, próximo à Avenida Beira Mar. Infelizmente só havia uma câmera a bordo, sem bateria...

Não tinha comentado ainda, mas o Guga Buy cresceu. O barco (um Van der Stadt 29') do Cmdte. José André Zanella e seu filho Eduardo, conhecidos de todos os cruzeiristas, no qual fiz várias gostosas travessias e aprendi muito, foi vendido no inverno passado. No inicio de setembro chegou ao Veleiros da Ilha o novo Guga Buy, um "possante" Far 40'. Ano que vem é rumo ao Caribe...

Recentemente o Estaleiro Skipper colocou no ar seu novo site, com seus novos projetos como o Skipper21 Nano, já uma realidade, e o Skipper38, um lindo projeto de Nestor Volker, que ainda não tem nenhuma unidade pronta. Outra novidade, é que a Skipper comprou a forma do catarinense Neo25 e o incorporou a sua linha de veleiros. Além disso a Skipper está produzindo barcos pelo sistema de infusão, uma tecnologia que permite cascos mais leves, resistentes e homôgeneos, além de ser ambientalmente mais correta. Bons ventos a Skipper. É disto que precisamos, mais estaleiros com maior opção de modelos.

Neste sábado o Mutley voltou as águas da Lagoa da Conceição para disputar a 3ª Etapa da IV Copa CASAN de Mini-Oceano. Primeiro deixa eu explicar: há muitos anos a Avelisc (Associação de Vela e Preservação da Lagoa da Conceição) vem organizando e realizando um campeonato de mini-oceano (veleiros cabinados até 25 pés) em oito etapas, que faz parte do calendário da FEVESC, que o chama de Ranking Catarinense de Mini-Oceano. Paralelamente a mesma FEVESC realiza, também na Lagoa da Conceição, o Estadual de Mini-Oceano, em três etapas, sendo a primeira e terceiras coincidentes com as sexta e oitava etapas do ranking. Desde de 2006 a Avelisc logrou conseguir o patrocínio da CASAN (Companhia Catarinense de Águas e Saneamento) para o campeonato. Neste ano por diversos motivos, este patrocínio só se concretizou em julho passado para quatro etapas, que seriam as 6ª, 7ª, 8ª e a Ele & Ela, uma tradicional regata festiva de encerramento da temporada. Acontece que a FEVESC não quer mais a CASAN em seu campeonato. Então foi preciso fazer uma regata não prevista para ser a 3ª etapa. Lembram daquela regata que transferiram de data em agosto e não pude fazer por estar com viagem programada na nova data? Pois bem valeu para três campeonatos, e com a ausência o Mutley ficou praticamente sem chances em dois deles...

Pois bem, a regata no sábado foi disputada com ventos fracos, parantes e rondantes do quadrante sul e após estar vencendo-a da largada até a última volta, com certa facilidade, deu um branco total no comandante...foram tantas as "cagadas" que não vou nem comentar. O fato é que acabamos em terceiro lugar, pela primeira vez perdendo uma posição pelo tempo corrigido.

(Foi tão vergonhoso que o www.esportesdomar.com.br não publicou nenhuma foto do Mutley nesta regata).