domingo, 29 de setembro de 2013

Um Pouco de Turismo no Maranhão

Estando no Maranhão era inevitável fazer um pouco de turismo. Conhecemos a capital São Luís sempre ciceroneados pelo velejador e skipper Glauco Vaz. O que mais chama a atenção em São Luís é seu rico Centro Histórico, tombado como Patrimônio da Humanidade, com um conjunto arquitetônico colonial de mais de 3.000 edificações. Há muita beleza em seus casarões, sobrados, fachadas azulejadas, igrejas e ladeiras. O lado negativo é que muitas estão mal conservadas e sofrem com deformações de suas formas originais.





Quem vai ao Maranhão também não pode deixar de conhecer os Lençóis Maranhenses, a região de dunas de areias alvas e finas entrecortadas com lagoas de águas límpidas, no litoral oriental. Um deserto pontificado por lagoas. Para tanto nos deslocamos por via rodoviária até Barreirinhas, a 275 km da capital, a porta de entrada para os lençóis. Por falar em litoral o do Maranhão tem características peculiares e é o segundo em extensão, dentre os estados brasileiros, com mais de 600 km.

Rio Preguiças, entre Barreirinhas e os Lençóis
 
 


  
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sábado, 28 de setembro de 2013

Maré de 8 Metros?

Para quem não esta acostumado o que mais impressiona no Maranhão é a amplitude da maré, a maior da costa brasileira. Em São Luís ela pode chegar ao pico de 8 metros. Normalmente esta amplitude fica por volta dos 6 m. Essa foi a variação que pegamos durante nossa estada a bordo do Cascalho. Como o tempo médio de variação entre a baixa mar e a preamar é de 12 horas e 24 minutos, a cada 6h12' o Cascalho, amarrado ao pier flutuante da AVEN, na Ponta da Areia, estava boiando ou sentado sobre o lodo do fundo, totalmente sem água.

 Maré cheia: Cascalho boiando (Foto Mauriane Conte)

Maré baixa: Cascalho "atolado"

Esta variação da maré deixa "seca" boa parte da Baía de São Marcos e regula todas as atividades náuticas na costa do Maranhão.

A título de curiosidade a maior amplitude de maré da Terra ocorre na Baía de Fundy, na Nova Escócia, Canadá, já tendo atingido 17 m.

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sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Novamente no Cascalho

Luiz e Mauriane do catamaran Cascalho (Lagoon380) me convidaram e não resisti. Fui fazer o trecho Fortaleza a São Luís do Maranhão com eles, assim aproveitaria para conhecer os estaleiros maranhenses de catamarans, um desejo antigo. Embarquei novamente no Cascalho no final da segunda feira (16/09) na Marina Park Hotel, de Fortaleza.

Saímos no dia seguinte pela manhã. De inicio ao recolher a âncora descobrimos que estava enroscada na de um veleiro italiano. Uns 15 minutos de trabalho e problema resolvido seguimos com vento ENE de 8-10 nós e mar azul transparente de 1m.

Luiz e Eu na saída de Fortaleza (Foto Mauriane Conte)
Na altura do Porto de Pecém o vento de leste (popa) já estava próximo dos 20 nós e continuou subindo chegando a picos de 28-30 nós, mas no geral entre 20-24 nós. Já havíamos saindo com a vela grande no primeiro rizo devido as previsões.

Após um lindo entardecer chegou a lua cheia prateando o mar e deixando a noite bem clara. Mas o vento passou por períodos acima dos 25-26 nós e rajadas de 30-32. Com isto o mar cresceu para 2,8-3,2m com ondas de ENE. Bem, é difícil para mim avaliar o tamanho das ondas por isso prefiro ser pessimista.

Por do Sol do primeiro dia no mar

Lua cheia parecia um farol pela popa
O segundo dia (18/09) teve um lindo amanhecer e manteve o padrão. Para não ficar em popa rasa navegamos com o vento mais para a alheta (140º) e improvisamos a amarração da escota da genoa no cunho de amarração a meia nau para emular uma "asa de pombo". De tempos em tempos dávamos um jaibe para manter o rumo correto. Conforme a intensidade do vento diminuíamos ou aumentávamos a genoa. A corrente também era favorável então fazíamos 7 nós de média.

Começando o segundo dia
 
 Nossa armação em "asa de pombo"

No início da  madrugada do terceiro dia (19/09) o vento firmou em 28-30 nós com o mar mais agitado, então o comandante optou por fazer o segundo rizo na vela grande. Mesmo assim mantínhamos a velocidade, com descidas de onda acima dos 10 nós. Pela manhã ao nos aproximarmos da costa, cerca de 12 milhas, a corrente passou a ser contrária e o mar ficou bem desencontrado. Estranhamos, mas concluímos corretamente que era efeito da maré vazante, que tem grandes amplitudes nesta região.

 Mar crescido no terceiro dia

À tarde com a maré enchente o mar melhorou muito e a corrente passou a ajudar-nos novamente. Entramos pela larga boca da Baía de São Marcos já com o sol se pondo. As 18:30h amarramos o Cascalho no cais flutuante da AVEN (Associação de Vela e Esportes Náuticos do Maranhão), na praia da Ponta da Areia, quase no estofo da preamar.

 Adentrando a Baía de São marcos

 
 A silueta de São Luís

Mais fotos em aqui.

quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Será que o Frio Acabou?

Esta semana o clima esquentou e estamos tendo temperaturas máximas próximas e até maiores que os 30ºC. Os meteorologistas dizem que as grandes frentes frias acabaram. Será? Pelo sim pelo não vou deixar o Tinguá "nos trinques". Segunda-feira (09/09) coloquei-o na água, após muito tempo, e troquei o óleo do motor e os filtros e o liquido de refrigeração. Ontem substitui a tampa do painel do motor.

 Fazendo a substituição da tampa do painel do motor

O fabricante do barco instalou o painel do motor no cockpit sem nenhuma proteção (fato corrigido nos barcos mais recentes) e o sol tratou de fazer seu "trabalho". Após algum tempo providenciei uma capa protetora, mas já era tarde. O adesivo que cobre a tampa do painel estava irremediavelmente comprometido e só ele a Yanmar não vende. Então, comprei um novo na viagem ao Canadá e USA em julho e fiz a troca ontem.

Painel com tampa nova

Na quinta (11/09) substitui o anodo da rabeta.


Anodo novo na rabeta