quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

Novamente em Vero Beach

Na quinta feira (22/01) zarpamos do Lake Worth com destino a Vero Beach. Por diversos motivos, sendo o principal o adiantado da data para o nosso tempo disponível, decidimos não ir para as Bahamas. Optamos por conhecer mais da Costa Leste da Florida e da ICW. Iniciamos então a subida rumo Norte com a primeira escala em Vero Beach, uma cidade em que paramos na descida e achamos muito simpática.


Saindo cedo

Levantamos ferro às 6:35h para pegar a abertura da primeira ponte, bem próxima, às 7:45. Não sabíamos é que ela só começava a operar às 7h. Tivemos que ficar "matando" tempo até sua primeira abertura às 7:15h. Neste inicio foram as quatro pontes com horário de abertura e mais as três por solicitação. Mesmo assim conseguíamos manter uma média acima de 6 nós, andando com os motores a 1900-2000 giros, num dia ensolarado e com pouco vento ENE.


Mais uma ponte que fica para trás

Casa grande, barco grande


 Pescaria do Gabriel

Usando a genoa

Foram pouco mais de 60 mn bem tranquilos. Pouco depois de ultrapassar a North Fort Pierce Bridge, com abertura por solicitação, encontramos vários golfinhos. Temos encontrado golfinhos com muita frequência, inclusive dentro da marina em Melbourne, mas em geral são dois ou três e eles vem e vão muito rápido de modo que não conseguimos nem fotografa-los. Desta vez foi diferente, eram em maior número e "brincaram" um pouco nas proximidades do TinguaCat, como estamos acostumados no Brasil.


Golfinhos são frequentes na ICW

Chegamos na Vero Beach City Marina pouco antes das 16h e encontramos todas as poitas ocupadas, a maioria com dois e até três barcos amadrinhados. É normal nesta época de alta temporada. Simplesmente pede-se licença e se amarra ao bordo do outro barco. Alguns já deixam até as defensas posicionadas. Amadrinhamos com o catamaran Sangaris (Manta42) dos simpáticos Scott e Tina Ligon, que nem estavam a bordo na hora. Na mesma poita n 1 da outra vez.


Ancoragem cheia 

TinguaCat amadrinahdo com o catamaran Sangaris

Vero Beach tem um sistema de transporte público grátis, chamado GoLine, com ponto de parada dentro da marina. Em 8' estamos no centro comercial com mercados, lojas, West Marine, restaurantes, etc. Um dos mercados é da rede Publix, que gostamos muito, e outro da rede The Fresh Market especializado em frutas, verduras, legumes que a esposa adorou. A mesma linha de ônibus para duas vezes a cada hora na marina. Numa em direção ao centro e na outra para a praia.


Ônibus da GoLine


The Fresh Market

 Além de ser muito agradável a marina fica ao lado de um extenso parque a beira do rio, onde fica o teatro e o museu (vide post Finalmente Soltando as Amarras). Visitamos o Museu de Arte Moderna que é um show, desde o prédio, as obras de arte, os jardins com esculturas e o numero de eventos e cursos. Não conhecemos o teatro mas pelo seu exterior deve ser muito bom também. Isto numa cidade de 15.000 habitantes, 130.000 na região.



O atrium do museu

Usamos o parque para nossas caminhadas matinais ou então caminhávamos até a praia, distante uns 2 km da marina, ao longo da Ocean Drive, um agradável boulevard.


Trecho da Ocean Dr

Praia com parque de acesso

Chegamos em Vero Beach com sol e calor. Aliás, o maior período de tempo bom e quente até aqui. Mas, na madrugada de domingo (25/01) chegou a maior frente fria até aqui também. Na quarta (28/01) estava 8 C às 8h da manhã. Dias frios e com bastante vento do quadrante Norte mas lindíssimos, céu limpo e muito azul, com belos amanhecer e entardecer.


Final de tarde 

Amanhecer

segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

No Lake Worth

No sábado (17/01)  finalmente deixamos Port Salerno com destino ao Lake Worth, na região de Palm Beach, cerca de 30 mn mais ao Sul. Depois de sair do Manatee Pocket e pegar a ICW (Intracoastal WaterWay) novamente navegamos um trecho por áreas preservadas, quase sem construções. Ao chegar ao Hobe Sound, uma parte mais larga e ampla, começam as mansões a beira d'água com seus barcos na porta. Depois de umas 20 mn passamos por Juno Beach e em seguida pela cidade de Jupiter. É um trecho muito bonito da ICW de navegação mais tranquila, com o canal mais largo e maiores profundidades, inclusive fora do canal.


Trecho em área preservada

No Hobe Sound, mais largo e habitado

Mansões nos dois lados da Waterway

O senão é que são sete pontes para abrir. As três primeiras por solicitação e as quatro últimas com horários fixos. Ou na hora cheia e na 1/2 hora ou então em 1/4 e 3/4 de hora. O que requer andar em velocidades mais baixas para chegar na próxima ponte no horário de abertura. Esperar em frente a ponte nem sempre é fácil por causa da corrente. As duas últimas, separadas por cerca de 5' de navegação, já em North Palm Beach, onde entramos no Lake Worth. 


Passando mais uma ponte com o farol do inlet de Jupiter ao fundo


 
Nas pontes com horário costuma juntar tráfego

Ancoramos num lagoon do Lake Worth bem protegido e com pouca corrente. No final do lagoon há uma pequena ponte onde deixamos o dingue e temos acesso perto a várias facilidades como mercado, cafés, restaurantes, West Marine, etc. O Lake Worth possui um dos principais inlets (barra) da costa da Florida.


Ancoragem no lagoon ao norte do Lake Worth

Um belo final de dia na nossa ancoragem

Minha filha Patrícia e família, que iam embarcar conosco nas Bahamas, retornou de lá para a Florida e foi nos visitar na terça feira (20/01). Pena que depois de três dias ensolarados este foi um dia totalmente nublado e, devido ao vento, até frio em alguns momentos. Mas navegamos pelo Lake Worth em direção ao Sul, até West Palm Beach. Uma região rica com mansões enormes a beira d'água e marinas com iates e veleiros gigantescos. Almoçamos ancorados na parte Sul do lago.

Filha e família chegando a bordo

Brinquedinhos de magnatas...

...outro brinquedinho.

sábado, 17 de janeiro de 2015

Parada em Stuart

Soltamos a poita em Vero Beach às 7:40h e continuamos rumo Sul, mais 37 mn até o Manatee Pocket em Port Salerno, Stuart (Florida). O dia iniciou muito bonito, mas logo nublou e o vento fraco de Leste foi virando para Norte e crescendo para 11-12, com períodos de 14-16 nós. Mesmo sendo de popa fiz um arranjo com a genoa que nos permitiu aproveitá-lo. Andamos em cinco e alto, até seis nós com um só motor em 2000 rpm. Nas proximidades da barra do Santa Lucie River a maré já nos empurrava. Entramos no Manatee Pocket andando a mais de 3 nós  sem vela e com 1000 giros no motor. O vento crescera muito para 22-23 nós. Com dificuldade conseguimos nos amarrar ao pier da Hinckley Yacht Services por volta de 1:30h.


Em Fort Pierce uma ponte basculante

Aproveitando o vento Norte

O TinguaCat foi içado da água pouco tempo depois. E as notícias não foram nada boas. Teríamos que fazer reparos nas duas rabetas e o prazo para chegada das peças não era nada animador. Depois da primeira noite em um hotel ficamos alojados num apartamento cedido pela marina. Em resumo as peças chegaram só na quinta feira à tarde e voltamos para a água no final da sexta feira (09/01).

Saindo da água

Na segunda fizemos um teste geral contra possíveis focos que pudessem causar corrosão por eletrolise. Também investigamos a causa para o Prosine não estar carregando as baterias com o gerador. Eu havia identificado que o mesmo  estava recebendo 150V do gerador. Após alguma pesquisa o eletricista Steve identificou um fio com mau contato no regulador de tensão do gerador. Problema solucionado.


Nossa vista do apartamento da marina

Na quarta (14/01) deixamos o pier da Hinckley e ancoramos numa área de ancoragem próxima com profundidade de 1,6-2,2 m. Ao longo da costa há pelos menos dois espaçosos piers para amarração dos dingues, quando se vai para terra.


Na ancoragem do Manatee Pocket

Com tudo isto não conseguimos mais chegar a tempo em Nassau, nas Bahamas, onde minha filha Patrícia e família embarcariam por alguns dias. E eles por uma destas regras draconianas das companhias aéreas terão que voar para lá se não perdem as passagens de volta para o Brasil. Não vão poder embarcar nem lá nem aqui.

Um belo final de dia no Manatee Pocket

Enquanto esperávamos pelas peças alugamos um carro e fomos até Fort Lauderdale (1h30m) e Boca Raton.

Os canais com mansões e barcos de Fort Lauderdale

O Manatee Pocket é um saco bem abrigado cheio de marinas e boatyards, casas e restaurantes a beira d'água, com muitos barcos, principalmente lanchas de pesca. A região é considerada a capital da pesca de peixes de bico.

Um pelicano, tão comum por aqui, se secando

Na sexta (16/01) amanheceu chovendo então decidimos abortar a saída para Lake Worth. 

quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

Antena BadBoy

BadBoy Xtreme é a marca comercial das antenas para redes wireless da canadense Bitstorm, muito conceituada e popular entre os cruzeiristas. Permite acessar redes wifi a longas distâncias, muito útil nas ancoragens. Temos uma no TinguaCat e funciona muito bem. Para se ter ideia, aqui no Manatee Pocket, em Port Salerno, temos tido dificuldade com internet. A rede do boatyard é fraca e uma rede privada com acesso pago também apresentava lentidão. Usando a BadBoy a rede privada melhorou muito e a do estaleiro que nem conseguíamos conectar passou a ser usável.



O sistema consiste de uma antena externa de alta potência de recepção que fornece uma conexão wifi via cabo Ethernet para um computador ou, como no nosso caso, a conexão vai para um módulo interno chamado Unleashed, que é um roteador. Ele cria uma rede wifi própria (como num roteador em casa ) e você escolhe através de um utilitário no browser a  rede que quer acessar (naturalmente tem-se que ter acesso a mesma).


 
As telas principais do utilitário de gerenciamento

Comportado este Badboy...

domingo, 11 de janeiro de 2015

Finalmente Soltamos as Amarras

Era para ser uma semana mas prolongou-se por 14 dias. Por conta de várias problemas que surgiram e da época do ano que dificultou muito a solução destes problemas. Nosso freezer que é um fridge/freeze 120V AC/12V DC da Engel inexplicavelmente deixou de refrigerar/congelar. Chamamos um técnico em refrigeração de barcos e ele não quis nem olhar alegando que não teria peças. Entramos em contato com a Engel-USA que estava em férias coletivas e após vários dias trocando emails conseguimos que eles reparassem o equipamento no dia 31/12. Pegamos o carro e madrugamos rumo a sede da Engel-USA em Jupiter, a cerca de 90 milhas. Em menos de 3 horas o problema estava resolvido ao custo de um novo compressor.


TinguaCat na poita em Vero Beach

Estava desde agosto em contato com dois mergulhadores para trocar os anodos das rabetas. Quando fui para o Brasil deixei os anodos com o proprietário da marina que disse-me para ir tranquilo que ele contrataria a pessoa e colocaria a despesa na conta da marina. Mas nada aconteceu. Para complicar no dia 30 notamos um pequeno vazamento de óleo, que só poderia ser de uma das rabetas.


Primeiro por do sol em Vero Beach, com a Merril Barber Bridge

Assim nossa noite de Réveillon foi meio xoxa, pois estávamos exaustos, além da viagem para Jupiter tivemos que fazer outros acertos para sairmos no dia 1, como pegar o motor de popa que teve que ir para uma revisão, último mercado, devolver carro.


Moorings field em Vero Beach

No dia 1/01/15 largamos as amarras da Waterline Marina, em Melbourne, às 8:40h rumo a Vero Beach, cerca de 35 mn ao Sul, pela ICW (Intracoastal Waterway). [Veja neste post a navegação na ICW]. Por precaução utilizamos só um motor. Conseguimos velejar bons trechos com a genoa, com os vento de ESE. Foi um dia nublado com algumas chuvas esparsas. Entramos no canal do Indian River onde fica o moorings field da Vero Beach City Marina e para nossa sorte a primeira poita estava livre, já que um motor nossa manobrabilidade fica prejudicada.


Memorial aos veteranos numa ilhota junto ao Riverside Park, de Vero Beach

Passamos o feriado em Vero Beach pois tínhamos agendado a subida do barco (haul out) na Hinckley Yacht Services em Stuart na segunda feira (05/01). A estadia em Vero Beach foi muito agradável. A marina é simples mas charmosa com todas as facilidades que se precisa (wifi,lavanderia, bons banhos, diesel/gasolina, sala de convivência) num local arborizado e com bastante velejadores. Perto um excelente parque com toda a estrutura que os parques daqui costumam ter. A praia ficava a cerca de 600m de caminhada.

Quer Espantar as Gaivotas do Seu Barco?

Uma solução diferente e criativa que vi num catamaran Fontaine Pajot Eleuthera, enquanto estávamos com o TinguaCat em Port Salerno (Stuart, Florida), para evitar que gaivotas e outros pássaros pousem no barco. Os pássaros além de poderem danificar antenas e sensores, como os de vento, defecam e suas fezes são difíceis de limpar e acabam por manchar a capotaria e demais partes do barco. Trata-se de uma espécie de biruta que imita um falcão e é fixada no alto do mastro.