sexta-feira, 23 de fevereiro de 2007

A Construção











A construção iniciou em final de agosto . Foram diversas viagens à Porto Alegre para acompanhá-la. Paralelamente, muita internet e telefone pesquisando, consultando e adquirindo instrumentos, velas, carreta, equipamentos, material de segurança e salvatagem. Tudo transcorreu normalmente, a não ser pelo atraso dos eletrônicos (sob nossa responsabilidade) e pela dificuldade do estaleiro em cumprir o cronograma financeiro estabelecido no contrato.

Neste meio tempo, escolhemos o nome: Tinguá. Em homenagem a graciosa prainha da Baía da Armação, onde nos iniciamos como cruzeiristas.

Em 19 de janeiro o Tinguá, sexto Skipper30 a ser entregue, chegou à Florianópolis, de caminhão. Nossa idéia original de trazê-lo por água, foi abandonada em virtude do atraso na entrega. No entanto até ser mastreado, pelo estaleiro, sua primeira velejada (test-drive) só aconteceu no dia 30. Como todo barco novo (não deveria...) foram muitos os problemas: a borracha de fechamento da rabeta do motor descolou na primeira velejada, não funcionavam o speed, a geladeira, o som, as vigias do tanque de água doce vazaram na primeira enchida, vazamento no encanamento da pia, goteira no pé do mastro....enfim, uma lista extensa.

Estamos na fase de corrigir os problemas e efetuar inúmeros pequenos acréscimos que um barco novo exige, desde porta papel no BWC, passando pela adesivagem, até a confecção de capas, dog house e bímini.

Em síntese, o barco navega muito bem, tem excelente laminação, é bonito e funcional, os materiais empregados na construção são de boa qualidade. Notamos no estaleiro preocupação com a melhoria e aparência do produto, mas é preciso melhorar (muito) o controle de qualidade e equilibrar a relação regata/cruzeiro.
(Veja vídeo da construção em http://www.youtube.com/watch?v=hrD0QUoHSHo )

terça-feira, 20 de fevereiro de 2007

Trocando de Barco




No final do verão de 2006, Eu e meu parceiro estávamos na dúvida entre reformar o Bicho do Mar, acrescentando-lhe várias melhorias, ou partir já para um barco maior, na faixa dos 30 pés. Decidimos trocar de barco e optamos por substituir o Bicho do Mar por um Delta 32 usado, bem equipado e com poucos anos de uso.


No entanto, numa viagem à Porto Alegre, para assistir à turnê do Santana, visitamos o estaleiro Skipper para conhecer o novo Skipper30. Ficamos impresionados com a qualidade das formas e da laminação, além do moderno e excelente projeto de Nestor Volker. Alguns meses de tratativas, dolar em queda e o gostinho de um barco zero, culminou com a contratação da construção em final de junho, com entrega prevista para novembro de 2006.

Navegando em Alto Mar
















Em 2005, já na condição de "sem trabalho", fiz algumas travessias em veleiros de amigos, adquirindo ainda maior bagagem náutica e "mais" novos amigos. A primeira foi de Florianópolis à Ilhabela a bordo do Volúpia, um Van der Stadt 29' do Comdte. Pratts (foto), mais Didi (Valdir Alves), Cenoer e Sérgio Lopes (parte da viagem). De saída muito vento sul e mar agitado que me fizeram passar a primeira noite mareado, mas com direito, durante as próximas três semanas, a conhecer os principais pontos deste trecho da costa brasileira: Ilhas do Bom Abrigo e Queimada Grande, Santos, Ilhabela, Canal de Bertioga, Ilha do Guaraú, Cananéia, Canais de Ararapira e Varadouro, Baía de Paranaguá e Ilha de São Francisco do Sul. De quebra ainda participar da Semana Internacional de Vela de Ilhabela.


Um mês depois embarquei em Salvador no Kaka-Maumau, um Dolphin 460 do Comdte. Fernando Kwasnicka, na boa companhia do casal Mara Blumer e Hélio Viana, Cláudio Renaud, Fernandão Sheldon, Jorge Rocha e Márcio Berger. Saímos de Salvador, no Rallye Náutico Salvador-Recife, depois disputamos a Refeno e retornamos disputando a Travessia Noronha-João Pessoa, onde até no podium subi, com o terceiro lugar conquistado pelo Kaka-Maumau.


No primeiro final de semana de dezembro, participei da minha primeira Regata Volta à Ilha de Santa Catarina, a mais tradicional e concorrida do estado, como tripulante do Guga Buy do Cmdte. José Zanella, outro Van der Stadt 29.
Já em março de 2006, a bordo do mesmo Guga Buy, com o Comdte. Zanella e seu filho Eduardo, fomos de Florianópolis ao Rio, para acompanhar a etapa da Volvo Ocean Race. Passamos uma temporada muito boa no ICRJ e até conheci o Brasil1 por dentro. Na volta deixamos o barco no Bracuhy e deu para navegar um pouco pela região de Angra dos Reis.

Deixo aqui minha gratidão aos Cmdtes. Pratts, Fernando e Zanella que me propiciaram tão ricas experiências.

(veja mais fotos da travessia Fpolis-Ilhabela em http://www.picasaweb.google.com/lflbeltrao/32svilhabela )
(Veja mais fotos da participação na Refeno2005 em http://www.picasaweb.google.com/lflbeltrao/refeno2005)
(Veja mais fotos da etapa da VOR2006 no Rio em http://www.picasaweb.google.com/lflbeltrao/vor_rio2006)

Curtindo com o Bicho do Mar






Associei-me ao Iate Clube de Santa Catarina - Veleiros da Ilha, que passou a ser a morada, no sêco, do barco.

Com o Bicho do Mar nos iniciamos na vela de oceano e, junto com minha esposa Claci e nossos filhos Gabriel e Rafael, então com 4 e 2 anos respectivamente, começamos a explorar as proximidades da Ilha de Santa Catarina. Assim, por incontáveis vezes durante os últimos 2 anos, dormimos em nossa "casa flutuante", muitas vezes na Baía da Armação da Piedade, em especial numa pequena praia chamada Tinguá. Várias vezes na companhia de outros veleiros, quando "amadrinhávamos" uns nos outros.


Fui adquirindo experiência, convivendo com a "tribo" dos velejadores, onde ganhamos muitos novos amigos, e descobrindo este fascinante mundo da vela.














terça-feira, 6 de fevereiro de 2007

O Início

Desde pequeno, morando no interior do estado, fui fissurado por carros e competições automobilísticas, cheguei até a participar de competições de rallye e kart aqui em SC. Por volta dos 10 anos, quando comecei a passar férias na praia, o mar foi me conquistando aos poucos. Mas só na casa dos 30 é que dei minhas primeiras e irregulares velejadas. Por várias vezes estive a ponto de adquirir um pequeno veleiro de oceano. Mas sempre alguma desculpa adiava o sonho: falta de grana suficiente, filho pequeno, uma hérnia de disco, etc.etc...Quando em 2003, aos 50 anos, programei minha saída, num plano irrecusável de incentivo à demissão , na estatal da área elétrica em que trabalhava, falei: "é agora ou nunca".
Comentando com meu amigo de infância Jorge Calliari, êle propôs: "quero comprar junto". Iniciamos a procura por um barco na faixa dos 23-27 pés, com cabine ampla e confortável, calado baixo e motor diesel de centro. Assim, chegamos ao "Bicho do Mar", um Spring 25S 1993 em ótimo estado de conservação, adquirido em setembro de 2004, do Cmdte. Antônio Moura, aqui mesmo em Florianópolis.