segunda-feira, 31 de dezembro de 2007

Curtindo o Tinguá

Com quase um ano de idade o Tinguá incorporou sua vocação cruzeirista. Aliás, ele foi construído com essa prioridade. Na quinta-feira (27/12) "subi" sozinho com ele para a sub-sede Jurerê, para variar com vento e marés contra (NE). Vamos ficar por lá, numa poita, por uns 10 dias.
Na sexta a tarde velejamos, em ritmo relaxado, pelas baías de Jurerê e Armação. Estávamos Jorge, seu filho Leonardo, meu irmão Dudu (Carlos Eduardo) e Eu. No final da tarde armou uma trovoada, mas conseguimos driblá-la.

No sábado de manhã saí com a esposa e os dois filhos pequenos (Gabriel e Rafael) para passar o final de semana. A idéia era ir para a Praia da Tainha, na ponta de Mariscal, mas o mar um pouco mexido e o NE já crescendo bastante, nos fizeram ir para a Praia do Tinguá novamente. Churrasquinho a bordo, praia, frescobol com a esposa, brincadeiras com bola com os meninos, pescaria no botinho...Ao meio-dia tivemos a visita da minha filha Patrícia com o genro Leonardo, na lancha do sogro, com mais umas amigas italianas.

No final da tarde foram chegando vários veleiros conhecidos (Vento Solar, Vendaval, Zeus, Noa Noa II, Talismã, Bandoleiro, Chefia...) de modo que onze pernoitaram no Tinguá. Mais alguns na baía da vila de Armação da Piedade e na Fazenda da Armação.

Retornamos no início da tarde de domingo, antes da trovoada da tarde, numa gostosa velejada de través, só de genoa, com NE de 11-14 nós e 6 nós de média.

domingo, 23 de dezembro de 2007

Fim-de-Semana no Tinguá

Na sexta (21) choveu, mas no sábado de manhã zarpamos do Veleiros da Ilha para finalmente passarmos o primeiro fim-de-semana completo, com minha esposa e os meninos, a bordo, e na praia do Tinguá, origem do seu nome. O dia estava maravilhoso com vento NE crescendo dos 6-7 nós iniciais para os 17-19 no final do trajeto. Fomos de genoa e motor, fazendo em torno de 6 nós. O Tinguá em sua "versão cruzeiro" com dogger, toldo, enrolador, carregado de diesel, água, mantimentos, churrasqueira, mesa de cockpit, botinho e motor, e tudo o mais necessário para cruzeirar.
Lá chegando, almoçamos um espaguetti feito pela "chef" Kati, descansamos esperando o sol baixar e, depois das quatro, pegamos o botinho e fomos curtir a maravilhosa prainha do Tinguá. Apesar do sábado de temporada (havia umas vinte lanchas e quatro veleiros) estava bem tranquilo. A noite foi outra maravilha com águas tranquilas, temperatura amena e uma espetacular lua cheia.

No domingo mais um dia lindo de sol, fomos cedo para a praia, retornando ao barco depois das onze horas. Recebemos então a visita da lancha Nega III (Phantom 290) do amigo Ademar Nienkotter, sogro da minha filha Patrícia, com meu genro e alguns amigos a bordo. Depois do peixinho frito e camarão à milanesa e algumas biritas, eles foram embora e o comandante foi tirar uma sesta. No final de tarde, retornamos ao Veleiros da Ilha numa velejada de popa, pois o vento continuava NE, com uns 11-12 nós.

terça-feira, 11 de dezembro de 2007

Tripulantes do Tinguá

Neste ano de 2007 o Tinguá disputou todas as oito etapas da Copa Veleiros de Oceano (as três primeiras na RGS A e as demais na ORC Club), a regata Ele e Ela da Copa Flotilha de Oceano e a 34ª Semana de Vela de Ilhabela (na classe ORC Club 670). Foi um excelente aprendizado para nós, Jorge e Eu, comandantes, acredito que também para a maioria dos tripulantes. Neste post apresentamos os amigos que tripularam o Tinguá conosco.



Érico Athayde Couto Júnior, cuida das escotas da genoa e balão, auxilia na trimagem das velas e na navegação. Desde de 2006 veleja comigo no Mutley (Bruma19) nas regatas de mini-oceano. Só não participou da Regata Itajaí.
Sebastião Pratts Júnior, proeiro, também trimmer e responsável pelas escotas da genoa. É o nosso marinheiro, sempre disposto. Não participou das regatas Família Back e Itajaí, também não foi à Ilhabela.
Marco Antônio Duarte Rodrigues (Marcão) (39), segundo homem da proa. Participou de todas as regatas a partir da Semana de Vela de Ilhabela.
Luiz Carlos Poyer (Polaco) (50), amigo e conterrâneo meu e do Jorge, ingressou na tripulação após o retorno de Ilhabela. Sem experiência com vela, começou só com escora e a cada regata vai assumindo outras atividades. Raphael Barp Garcia (27), proeiro na Regata Lineares e na Semana de Vela de Ilhabela. Bruno Negri (18), timoneou nas três primeiras regatas do ano e em Ilhabela. Claci Carvalho Salles (45), minha esposa, tripulou na Regata Ele & Ela da Copa Flotilha, onde tivemos excelente desempenho. Tivemos ainda, com uma única participação, os amigos Henrique de Vasconcellos Back (17) que fez proa e timão na Regata Família Back, o francês Laurent Schmidt na Regata Bal. Camboriú, Alexandre de Carlos Back grande velejador que timoneou na Regata Itajaí e Cristiano Wuerzius na Regata Volta a Ilha. Sem esquecer da nossa querida tripulante mirim na Semana de Ilhabela Luiza Vanzetto (15).
À todos nossos agradecimentos e nossa satisfação em poder ter desfrutado de suas companhias. Ano que vem tem mais.
(Fotos de Claci Salles (grupo), Cristiano Wuerzius e Jorge Calliari).

segunda-feira, 10 de dezembro de 2007

Volta a Ilha Volver !

A XXXIX Regata Volta a Ilha era a primeira do Tinguá e de quatro de seus seis tripulantes, mas não durou muito. Partimos muito bem às 10:05 do dia 08/12, tendo na tripulação Eu, Érico Couto Jr., Marco Antônio Duarte Rodrigues, Luiz Carlos Poyer, Sebastião Pratts Jr. e Cristiano Wuerzius, em substituição ao co-proprietário Jorge Calliari. Cristiano, vinte e poucos anos, com experiência em monotipos, foi uma indicação do Raphael Garcia, nosso proeiro em Ilhabela.



Escolhi uma rota de risco, aproveitando o calado de 1,55 m do Tinguá, detalhadamente estudada na noite anterior e plotada nas cartas digitais do programa CCD Gold, em nosso GPS. Íamos descer a Baía Sul da Ilha de Santa Catarina pela margem esquerda, região de muitos baixios, ainda mais com a maré "torrada" na largada da regata, o que deveria nos dar uma boa vantagem ao chegarmos a Barra Sul.


Como disse, largamos bem de balão, com vento N-NW na faixa dos 8-10 nós. Nesta edição fomos os únicos a optar por este trajeto. Ao chegarmos próximo a ponta da Caiacanguçu, já percoridas 9,5 mn e vencidos alguns baixios, o vento já rondado para NE começou a crescer bastante e acelerar nas encostas dos morros da região. Passamos lambendo a ponta, pegando o canalete ali existente com uma profundidade de 5-7 m. Em seguida nos deparamos com uma chata, do pessoal que está passando um cabo submarino de energia elétrica, fundeada bem no canalete. Aquela altura estava muito difícil de controlar o barco, que ameaçava atravessar o tempo todo. Optei deixar a chata por boreste a uma distância maior, por segurança. Érico que vinha acompanhando nosso progresso no GPS, precisou deixá-lo para ajudar o Júnior nas escotas do balão. Uma quase atravessada, a mais de 8 nós, para BB e...encalhamos! No canalete as margens são como degraus, a diminuição da profundidade é abrupta. Tentamos, tentamos mas só conseguimos nos safar utilizando o motor e aí foi-se a regata para nós. Meia volta volver...


Só nos restou retornar decepcionados ao clube, estávamos em terceiro lugar,só atrás dos "grandões" Catuana Kim e Mano's Champ. Mas ainda tinha mais. Estávamos motorando para sair dos baixios e acabou o diesel. Abastecemos com o camburão, mas entrou ar no sistema. Enquanto eu tentava tirar o ar e fazer o motor funcionar, os tripulantes no cockpit tocavam o barco só com a mestra. Como dá para ver no log na figura acima, encalhamos novamente, e agora sem motor. Era azar demais...então lembrei-me que o Cristiano chegou no barco com uma penca de bananas. Nunca acreditei nestas superstições, mas por via das dúvidas não embarco banana. Imediatamente, joquei as bananas ao mar e, em seguida, conseguimos desencalhar o Tinguá. Voltamos numa gostosa velejada de contra-vento, com um "nordestão" que chegava aos 30 nós.
A culpa foi das bananas....
(Fotos de Kriz Sanz do http://www.esportesdomar.com.br/)

quinta-feira, 6 de dezembro de 2007

Está Chegando a Hora

Faltam só dois dias para a XXXIX Regata Volta a Ilha, oitava e última etapa da Copa Veleiros da Ilha de Oceano, a mais tradicional e desafiadora regata de Santa Catarina, realizada pelo ICSC e FCVO. De nossa parte não fizemos muito. Apenas o básico, como em todas as regatas, que é a retirada da genoa de enrolar e do "tambor" do enrolador, do dog-house, posicionamento da âncora junto ao pé do mastro (conforme certificado ORC Club), retirada de materiais diversos de cruzeirar, diminuição da água nos tanques, abastecimento do barco de alimentos e água potável.

A única dificuldade está em encontrar um tripulante para substituir o Jorge que estará viajando. Como aumenta muito o número de veleiros participantes a disponibilidade de tripulantes é escasssa.