O Cruzeiro Floripa - Angra dos Reis, organizado pela Diretoria de Cruzeiro do Veleiros da Ilha, chegou a ter 7 participantes, mas na hora de sair mesmo só 4 veleiros confirmaram. O objetivo é subir em grupo a costa sul do Brasil até o Bracuhy, para participar do X Encontro da ABVC, alguns também do Cruzeiro Costa Verde 2012 da mesma ABVC e aproveitar a região da Baía da Ilha Grande durante os meses de inverno, mais rigorosos no sul.
A pequena flotilha foi formada pelos veleiros Kyriri-ete (Multichine28) do Diretor de Cruzeiro Giovani Dal Grande, Nina II (Multichine23) do Cmte. Saul Capela Neto, Gosto D`Água (Farr38) do Cmte. Idelfonso Witoslawski Júnior e o Tinguá (Skipper30). A saída não foi conjunta, com o Nina II saindo às 06:00h da sede Centro e agregando o Kiriri-ete na passagem por Jurerê, nós (Eu mais o companheiro Antônio Moura) às 08:40h do Centro e o Gosto D`Água também do Centro só que por volta do meio dia.
Kyriri-ete e Nina II "amadrinhados" no Caixa D`Aço
As condições meteorológicas diferente das previsões reuniram os três primeiros no Caixa D`Aço, em Porto Belo, no meio da tarde. Pegamos um NE de força 5 (veja a Tabela Beaufort) constante que fez o mar ficar muito mexido já de saída e a viagem desconfortável e com pouco rendimento. Contamos com a queda do vento no final do dia e, com velas rizadas, zarpamos com rumo a Ilha do Bom Abrigo às 17:30h do Caixa D`Aço. Realmente o vento diminuiu e o mar foi melhorando e lá pelas 10 horas resolvemos colocar o rumo para Santos, o que dava um angulo para que a vela mestra ajuda-se naquele contra vento, melhorando muito o nosso desempenho. Ao mesmo tempo em que o Gosto D`Água nos alcançava. A noite estava linda com a lua crescente e temperatura amena.
Amanhecer do segundo dia
O dia amanheceu maravilhoso no meu turno com o mar flat, só que o vento baixou para força 2 sempre num contra vento. Dá-lhe "vento de porão" (motor). Pelas nove da manhã fomos brindados no Tinguá com a presença de um enorme cardume de golfinhos. Até hoje sempre que subo ou desço a costa recebo uma ou mais visita deles, mas não me canso de maravilhar-me com o balé deles em torno do barco.
Moura brincando com os golfinhos
No final da tarde verificamos que o diesel que dispunhamos não seria suficiente para chegar a Santos sem economizar. E o vento continuava fraco e "na cara". Lá pela uma da madrugada chegou nosso vento salvador, um NW de força 4 que nos rendeu quatro horas de velejada em orça folgada, com o motor desligado. Mais uma noite e amanhecer lindos. Outro dia bonito e ensolarado de mar baixo mas vento fraco. Apenas há poucas milhas da barra de Santos entrou um N de força 5. E assim, sempre no contra vento entramos em Santos atracando no posto de combustível do Iate Clube de Santos às 10:20h com somente 13 litros de diesel.
Segundo e terceiros dias de mar flat
Abastecemos, colocamos os barcos nas vagas e fomos tomar banho e almoçar. Depois do almoço sentamos para estudar as previsões que continuavam indicando a entrada de uma frente fria naquela noite e um crescimento do mar, que permaneceria até o final de semana. A decisão, que mostrou-se acertada, foi partir para Ilhabela rapidamente tentando chegar antes da mudança do tempo.
O Tinguá na poita da sub-sede Ilhabela do ICS
A travessia até Ilhabela foi muito boa. Velejamos, com ajuda do motor, desde a Ilha da Moela até as proximidades da entrada do Canal de São Sebastião numa orça folgada com vento NNE constante de 11-12 nós. Quando o contra vento, nosso companheiro de viagem, nos alcançou novamente. A subida do canal até a sub-sede do Iate Clube de Santos foi só com a mestra e poucou angulo de velejo, mas com corrente favorável. A 00:40h pegamos a poita após somente 09:50h de travessia. E, o melhor, antes da frente. Que chegou logo após, mas em Ilhabela bem fraca.
A turma: Beltrão, Giovani, Júnior, Márcio, Moura, Saul, Callado, Fernando e Vilmar (atrás da câmera)
A má novidade em
Ilhabela é que agora o Iate Clube de Santos está cobrando diária em suas
poitas de R$ 95,00 para os sócios dos clubes conveniados.
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