Quando optamos por adquirir um veleiro zero esperávamos ter menos problemas. A verdade é que o Tinguá tem nos dados mais incomodação do que o Bicho do Mar, nosso veleiro anterior um Spring 25S de 11 anos. São muitos pequenos defeitos advindos da má qualidade do estaleiro na montagem e instalações dos diversos sistemas do barco.
Na travessia até Angra dos Reis constatamos que o Tinguá também faz água pela gaiúta da proa, como os outros Skippers 30, com mar de proa, problema que até então não tínhamos constatado. O mastro voltou a fazer água pela enora com a chuva e, o que é pior, a água está escorrendo pelo contra-molde e infiltrando no costado da cozinha, molhando os acabamentos em madeira. Tem mais um vazamento no encanamento de água doce embaixo da pia da cozinha. E o encanamento de esgotamento da geladeira aparentemente entupiu, mesmo usando sempre uma "telinha japonesa".
A má fixação da mesa, que faz com que fique "renga", também incomoda. Aliás, este problema o Leonardo Cal do Kíron observou ao entrar no Tinguá e disse ser igual no seu barco, que ficou pronto um ano e meio depois.
Outro velho problema voltou a aparecer durante a travessia. A adriça da genoa enrolou no enrolador, problema que já provocou por duas vezes danos no estai de proa (vide post Um Ano e Muitos Defeitos). Na Marina Bracuhy foi me indicado o Paulo Polônio para resolver o problema, o qual diagnosticou que "quando da instalação do enrolador o headfoil ficou curto, impedindo que o distorcedor ficasse o mais próximo possível do ponto em que sai do mastro a adriça, facilitando que a mesma se enrolasse no estai. Para solucionar o problema a opção que recomendo no momento é colocar um link (chapa) de inox e uma manilha adicional entre o distorcedor e sua adriça, o que permitiria que o "wrap stop" funcionasse corretamente, impedindo o enrolamento da adriça".
Que veleiros sempre tem consertos a fazer sabemos bem e não reclamamos. Incomoda são os problemas causados por falta de competência.
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