O Pão Delícia da Bahia

Na Bahia existe um pãozinho apropriadamente chamado de Pão Delícia. Leve, fofinho, com cobertura de queijo ralado e manteiga é uma tradição por aqui. A receita desconheço, mas o Hélio no MaraCatuBlog deu uma dica neste post.

Já o conheço há mais tempo por conta de Ernesto, meu cunhado "baiúcho". Desde Ilhéus venho me deliciando....

Desembarcando

Desembarquei hoje do Guga Buy e só volto em Natal. Antes uma rápida passagem para fazer a Regata Aratu-Maragojipe no próximo sábado (28/08). Deveria retornar em Recife para a Refeno, mas acabei por desisitir e só retorno dias antes da saída para o Caribe.

Ontem foi dia de "lambreta" e cerveja no Mercado Modelo

Nesta semana aproveito para ir até Aracaju visitar minha filha Fernanda e o neto Pedro. Na sexta- feira chegam minha esposa e os meninos para um final de semana em Salvador (meu cunhado Ernesto mora aqui), retornando todos à Floripa na terça-feira (31/08).

Chegamos em Salvador

Chegamos ao TENAB (Terminal Náutico da Bahia) às 13:00h depois de pouco menos de cinco horas de travessia desde a Gamboa, em Morro de São Paulo. Velejamos e motoramos, motoramos e velejamos, pois ora o vento era fraco ora aumentava, com várias pancadas de chuva e pirajás. O mar ainda estava mexido com ondas de ESE de 1,5 a 2 m, que foram diminuindo ao longo do percurso. Chegamos em Salvador com mar quase liso e uma tarde limpa e ensolarada.

Um dos vários pirajás na travessia Morro - Salvador

Entrando na Baía de Todos os Santos

Na chegada fomos recepcionados pelas baianas com caipirinhas, cocadinhas e fitinhas do bonfim. Enquanto os que já estavam atracados ajudavam os que chegavam nas amarrações no pier.

Baianas e caipirinhas na chegada a Salvador

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Morro de São Paulo

Finalmente conheci Morro de São Paulo, após várias tentativas frustradas nos últimos anos. Chegamos do Campinho, em Camamu, na praia da Gamboa por volta das 14h de ontem (18/08), após seis horas de uma velejada radical. A saída, da parte da flotilha do CCL2010 que veio para Morro (cerca de 30 barcos), da barra em Camamu foi com vento médio e ondas de até 2 m de través, em seguida uma chuva fraca que parou o vento, mas rapidamente entrou um SW de até 28 nós com bastante chuva. O resto da travessia foi assim ventos SW de 18-20 nós que de quando em quando sopravam em torno dos 30 nós, com as rajadas chegando próximas aos 40, as ondas na aleta de boreste. O Guga Buy só de genoa, que nos períodos mais fortes era enrolada um bom pedaço, surfava as ondas magistralmente, chegando a 12,6 nós...40 pés é outra coisa! Veja um pequeno clip aqui.

Ancoramos na praia da Gamboa, em frente e com o apoio do Clube de Vela local, do catarinense Marcelo Derossi, num braço de mar abrigado que vai até as cidades de Cairu e Valença. Alguns veleiros ficaram ancorados próximos ao terminal marítimo de Morro de SP, mais protegido pelo morro principal.

No timão do Guga Buy

Hoje pela manhã, mesmo chovendo, Zé Toriba (o outro tripulante do Guga Buy), Eu e vários outros tripulantes pegamos diretamente dos veleiros uma traineira até o terminal para conhecer Morro. Após a má impressão que tive vendo-a do mar e com a chuva do inicio da manhã, acabei mudando de opinião com a abertura do sol, principalmente na Segunda Praia.

Zé Toriba na Segunda Praia de Morro de SP

Não esperava passar frio e pegar dias nublados e chuvosos, como os últimos, na Bahia. Nessa última noite cheguei a dormir com cobertor, dentro de um veleiro fechado.

Chuva ontem, à noite passada e hoje pela manhã

Na volta de Morro fomos para o quiosque na praia aqui em frente onde já rolava um churrasco em comemoração ao aniversário do nosso Cmte. José Zanella.

Churrasco de aniversário do Cmte. Zanella, na praia da Gamboa

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Baía de Camamu Novamente

Numa bonita aurora cheguei novamente a Baía de Camamu, no sábado (14/08), a bordo no veleiro Guga Buy, participando do Cruzeiro Costa Leste 2010. A Baía de Camamu fica na Bahia, e é a terceira maior do Brasil, com praias, enseadas, mangues e ilhas maravilhosas, um lugar rústico, ainda não alcançado pelo turismo de massa.

A Aurora na chegada a Baía de Camamu

A ancoragem é na localidade conhecida por Campinho, uma ilha separada da península de Maraú por braços de mangue, cerca de 8 mn da barra da baía. Aproveitamos a maré baixa e fomos ainda pela manhã a Ilha do Sapinho junto com as tripulações do Tuareg e Taouhiri. Na volta degustamos uma moqueca de polvo no simples Bar do Régis, enquanto observávamos a maioria da flotilha do CCL2010 chegando a ancoragem.

A ancoragem no Campinho

No domingo (15/08) alugamos uma traineira num grupo e fomos até a vila de Barra Grande localizada na entrada da barra e dali de jardineira fomos conhecer a praia de Taipu de Fora, voltada para o mar aberto, onde formam-se piscinas naturais na maré baixa e existe um farol. O almoço já combinado no dia anterior foi lagosta grelhada no Restaurante São Jorge, na Ilha do Sapinho.

Chegando de jardineira a Taipu de Fora

Degustando lagostas na Ilha do Sapinho

Na segunda (16/08) saímos cedo no Tuareg III (um Tropic 1200 em aço) para visitar mais uma vez a Cachoeira de Tremembé, situada no Rio Baiano pouco antes de seu desague nos manguezais existentes naqueles confins da baía, a cerca de 20 mn do Campinho. No caminho passamos pela cidade de Maraú, que junto com Camamu são as principais da região. O Tuareg por calar pouco e ter quilha retrátil chega até a molhar a proa na cachoeira. Veja o vídeo que não me deixa mentir aqui.

A Cachoeira do Tremembé

Amarramos o veleiro no pequeno pier do restaurante existente no local, aliás de propriedade de um catarinense de Chapecó, visitamos o topo da cachoeira e a vila próxima de Tremembé. Depois churrasquinho a bordo degustando uma barrica de Petra Aurum, descanso que ninguém é de ferro enquanto a maré realiza seu ciclo, pois precisamos dela cheia para voltarmos.

Nas proximidades da cachoeira há muitos passáros como Tiés de vários tipos, Sanhaços, Canários, Maritacas e pombinhas. Assim como seringueiras, aroeiras, dendê e vários tipos de pimenta.

Tiés comendo bananas nas proximidades do restaurante em Tremembé

Enquanto estávamos na calma total da cachoeira chegou a frente fria com ventos de mais de 20 nós, e rajadas de quase 40, na ancoragem do Campinho com alguns barcos garrando e o pessoal de sobreaviso durante a noite.

Hoje nublado ficamos aqui pelas proximidades e o vento continuou soprando do quadrante sul, chegando a 19 nós. A ancoragem balança um pouco mas nada muito desconfortável. A chegada ao TENAB (Terminal náutico da Bahia) em Salvador, por questões de número de vagas, será em dois grupos nos dias 19 e 20. O grupo do dia 20, no qual estamos incluídos, parte amanhã às 08:00h para Gamboa, na região de Morro de São Paulo e de lá no dia 20 para Salvador.

O por-do-sol também pode ser lindo

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Partida Adiada

Na reunião de comandantes do CCL2010, das 18h de ontem, decidiu-se pelo adiamento da partida de Ilhéus rumo a Camamu para a madrugada de amanhã (14/08). Eu confesso que não entendi o porque, ainda mais que para amanhã a previsão é de pouco vento. Tanto faz mesmo, estou aqui como tripulante...

Dia amanheceu chuvoso

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Escala em Ilhéus

Chegamos em Ilhéus às 7:00h da manhã de terça-feira (10/08) após 13 horas de motorada desde Santo André. Até o início da madrugada o vento era contra (NNE), depois entrou um terral que permitiu abrir a genoa e ajudar o motor até chegar. Fomos o quinto barco dos quase 40 barcos (alguns ficaram mais um dia em S.André), que saíram na barra em grupos de 6 guiados pelo prático Carlindo, a chegar na ancoragem em frente ao Ilhéus Iate Clube, onde conseguimos uma das poucas poitas.

Pescadores com canoa a vela, na chegada a Ilhéus

Na madrugada de amanhã o CCL2010 zarpa para a próxima parada na localidade de Campinho, na Baía de Camamu.

Veleiros do CCL2010 ancorados em frente ao IIC

Hoje então foi dia de preparativos. Abastecer de água e combustível, ir ao mercado e toda esta faina da partida que todo cruzeirista tão bem conhece.

A faina da água

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Passeios, Figuras Folclóricas e Corrente de Maré

No sábado (07/08) aqui em Santo André houve o almoço de confraternização dos participantes do CCL2010, no Restaurante Gaivotas, da Ana. Depois uma extensa programação com a comunidade local com batizado de capoeiristas, capoeira, maculelê e berimbalada.

Zé Buião animando o almoço em Santo André

No domingo, junto com a Geni, do vizinho Energia, alugamos um carro para descer até Trancoso, cerca de 60 km e duas balsas ao sul, passando por Cabrália, Coroa Vermelha, Porto Seguro e Arraial D‘Ajuda. Na saída embarcou mais a Cristina Berringer, tripulante do Mony.

Na primeira balsa, atravessando o Rio João de Tiba para Santa Cruz Cabrália, conhecemos o barqueiro Manoel da Balsa, figura folclórica que vocês podem conferir aqui. Após rápidas paradas em Coroa Vermelha e Porto seguro, atravessamos a segunda balsa na travessia do Rio Buranhém para Arraial D‘Ajuda. Conhecemos a vila, a famosa "Broadoei" (uma decepção), as praias de Mucugê e Parraxo, onde almoçamos no interessante Espaço de Praia Barraca Grande.

A "broadoei" em Arraial D‘Ajuda

Por fim chegamos a Trancoso, pela estradinha que passa pelas praias. Gostei mais de Trancoso, com praias bonitas, falésias, mais verde e seu maravilhoso "quadrado". A costa sul de Porto Seguro é mais bonita e charmosa que a norte, a excessão de S.André claro.

Capoeira, com a Igreja de São João ao fundo, no "quadrado" de Trancoso

Ontem os comandantes resolveram antecipar para hoje a saída para Ilhéus, pois a maré está a cada dia com maior amplitude o que na vazante tem gerado muita corrente. E muito trabalho para a "equipe de salvatagem" comandada por Dudu Zanella e Gugu Dutzmann. Hoje Dudu foi "arrancado" da cama às seis da manhã com os gritos de barco garrando, no caso nossos vizinhos Triunfo e Tuareg, seguidos depois de mais alguns. A função só parou quando a intensidade da corrente diminuiu.

Os "salva-barcos" desgarrados Gugu e Dudu

O lindo amanhecer na ancoragem de Santo André

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Operação Entrar na Barra

A operação para ancorar no Rio João de Tiba os cerca de 50 veleiros do CCL2010 que vieram para Santo André, iniciou ontem (05/08) com o estudo dos locais e suas profundidades, calculadas considerando as variações das marés durante os dias de permanência e o calado de cada um. Continuou hoje já antes das 6h da manhã com o Zanellinha aproveitando o estofo da maré vazante para fazer a batimetria.

Carlindo guiando mais um grupo na barra de Santo André

Cmde. Zanella e seu filho Eduardo comandaram a logística com o Ronaldo (Feitiço), o prático local Carlindo e vários outros cruzeiristas em seus botinhos (Vail, Gugu do Tuareg, Toninho Lopes, etc.). A maioria dos veleiros chegaram a partir das 6h, mas só pelas 10:30h a maré permitiu o inicio da entrada na barra. Carlindo com sua catraia trazia os veleiros em grupos de 4 ou 5 e o pessoal nos botinhos ia mostrando a posição previamente estudada para cada um e ajudando na ancoragem. Os veleiros foram amadrinhados (2 ou 3) conforme calado e tamanho.

Parte dos veleiros ancorados no Rio João de Tiba

Veja também vídeo aqui e mais fotos do CCL2010 aqui

Estamos em Santo André

O Guga Buy e mais 8 veleiros da flotilha do Costa Leste 2010 já estão ancorados no Rio João de Tiba em Santo André, município de Santa Cruz Cabrália, sul da Bahia. Saímos de Abrolhos um dia antes para prepararmos a entrada do restante da flotilha (mais 41 barcos) na barra do rio e organizar a ancoragem conforme calado, tamanho, variação da maré.

Navio em manobra de atracação no Porto de Tubarão

Saímos de Vitória às 10:50h de segunda (02/08) e chegamos ao Arquipélago de Abrolhos às 13:40h da terça-feira, após 182 mn. Ventos ENE com orça apertada no inicio e a partir da noite mais folgada, com mar um pouco mexido. À noite permanecemos com o motor ligado devido a grande quantidade de baleias Jubarte nesta época do ano. Com o amanhecer velejamos, fazendo uma média de 6,1 nós.Vimos muitas baleias, desta vez nenhuma próxima o suficiente para boas fotos ou filmagens, mas a quantidade tem aumentado a olhos vistos. Três veleiros da flotilha (Dani I, Gipsy Wind e Firulete) tiveram incidentes com baleias, felizmente resultando todos sem nenhuma avaria, bem como as baleias...

A flotilha do CCL2010 ancorada no lado sul da Ilha de Santa Bárbara

Abrolhos é um parque nacional maravilhoso, onde ficamos apenas pouco mais de 24h devido nossa missão em Santo André. Com o tempo curto dei uma rápida mergulhada e visitei o farol que não havia conhecido em 2008. Construido em 1861, sob o reinado de D.Pedro II, tem uma altura de 22m e um alcance de 51mn, a segunda maior no mundo, segundo sua guarnição. Fomos muito bem recebidos tanto pela guarnição da Marinha, comandada pelo Sargento Mário, como pelo pessoal do ICMbio, em especial pela Berna. De negativo as altas taxas agora estipuladas por aquela turma de Brasília que tão bem conhecemos. São 25 reais por tipulante mais 25 pelo barco por dia.

O Farol de Abrolhos visto do lado norte

A travessia de 108 mn até Santo André foi excelente, com vento favorável de SE na faixa dos 9-13 nós e mar pouco mexido, velejamos o tempo todo, levando pouco menos de 17 horas.

Entrando na barra do Rio João de Tiba, em Santo André

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