terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Charter nas BVI - 2

O charter e o restante da viagem pelo Caribe (St.Maarten/St.Martin e Barbados) foram tão bons que não sobrou tempo para postar. Não vou fazer uma descrição detalhada do charter, mas um relato geral e depois vou publicar um post com dicas baseadas na nossa experiência, pois várias pessoas já me pediram informações.

Final de tarde no Francis Drake Channel, visto de Cooper Island

Nove dias foi pouco para conhecer tudo. As Ilhas Virgens Britânicas (BVI) são como a região de Angra dos Reis, só que com vento e pouca chuva. A vegetação não tem a exuberância da Mata Atlântica (lá as ilhas são de origem vulcânica) mas a água é ainda mais transparente e com aqueles tons de azul do Caribe. São muitas ilhas, inúmeras praias e baías, muitos pontos para mergulho e snorkel e uma estrutura turística voltada para os veleiros e iates invejável. Ah! Não tem aquela quantidade de lanchas de Angra. Lá os veleiros dominam com poucas lanchas pequenas, quase nenhuma na faixa dos 40-50 pés e grandes iates, que não incomodam pois se movimentam pouco. Tortola, a ilha principal e maior, faz as vezes da Ilha Grande. Ao redor dela ficam as outras, com excessão de Anegada a mais distante, com destaque para as ilhas Virgin Gorda, Jost Van Dyke, Norman, Peter, Cooper e Guana.


Pelo tempo que dispunhamos optamos por contornar Tortola no sentido anti-horário e conhecer os pontos mais badalados. Tortola é oito vezes menor que a Ilha de Santa Catarina e alongada no sentido nordeste-sudoeste. Os ventos predominam de sudeste até norte, principalmente entre leste e nordeste. Sempre na faixa de 10-25 nós. Só pegamos ventos mais fracos no final da tarde de sábado e no domingo antes das chuvas. Fora algumas chuvas rápidas durante a noite só tivemos chuva no domingo (7º dia) no inicio da manhã, depois limpou e voltou a chover à tarde, limpando novamente antes de escurecer.


Meninos se divertindo no único dia chuvoso (notem a bandeira do Brasil)

Dormimos em Peter e Cooper Island, duas noites em pontos diferentes da baía North Sound em Virgin Gorda, na Marina Cay (pequena e muito charmosa), em Jost Van Dyke uma vez próximos a Green Cay e na outra na Great Harbour (única noite na âncora) e na última noite em Norman Island.

Ancoragem na Machionnel Bay, em Cooper Island

Visitamos a formação de grandes pedras chamadas The Baths, na Virgin Gorda. Fizemos snorkel na Great Harbour e na Deadman's Bay, em Peter Island, no Colquhoun Reef, em North Sound, na Marina Cay, na Monkey Point, em Guana Island, na Sandy Spit, em Green Cay, na Sandy Cay, nas rochas The Indians e nas The Caves, em Norman Island.

The Baths, no sul da Virgin Gorda

Sandy Spit em Green Cay

Saída da maior das The Caves, em Norman Island

Pelican Island e as rochas The Indians

Na ida a Miami comprei uma câmera digital muito interessante. A TX5 da Sony é fina, fotografa embaixo d'agua até 3m, faz fotos panorâmicas, tem maior resistência a variações de temperaturas e quedas. No PicasaWeb tem várias fotos submarinas feitas com ela.

Raia com Olhete em Marina Cay

Velejamos por entre as ilhas The Dogs e conhecemos Soper's Hole, uma abrigada baía com grande estrutura náutica. Estivemos também em Cane Garden Bay uma praia bonita na Ilha de Tortola, mas convencional. Só nos abastecemos no mercado e já zarpamos.

Entrando na abrigada Soper's Hole, que tem grande apoio náutico

Cane Garden Bay fica na ilha principal e tem acesso fácil de carro

As distâncias entre as ilhas são pequenas. A maior foi de 18 mn entre Marina Cay e Cane Garden Bay, mas paramos para fazer snorkel em Monkey Point, na Guana Island. Não fomos as Ilhas Virgens Americanas apesar de passar a 1/2 milha da costa de St.John's. Teríamos de fazer imigração dos dois lados e as ilhas tem muito menos baías e praias do que as BVI.

Monkey Point, em Guana Island

Em todos os locais, que não são parques nacionais, existe alguma estrutura. Ao menos um bar/restaurante de praia ou um hotel quase sempre com pier para desembarque. Nos mais movimentados marinas com hotel, poitas, água, combustível, gelo, banhos, lojas, mercado, restaurantes. Mas as ilhas são pouco ou nada habitadas.

Restaurante, bar e hotel Saba Rock, na North Sound, Virgin Gorda


Soper's Hole Marina & Wharf

Gabriel no famoso bar de praia Foxy's em Great Harbour, Jost Van Dyke

Vários locais, principalmente os com fundo de corais, são parques nacionais. Neles não se pode ancorar, pescar e pernoitar. Mas o órgão responsável disponibiliza poitas para os barcos e um cabo entre duas bóias "apoitadas" para amarrar os botinhos. Paga-se uma taxa por isto por período do charter.

The Caves, em Norman Island, um dos parques nacionais

Os meninos se divertiram pescando. Apesar de pouco experientes e equipados conseguiram pegar alguns peixes, todos saboreados a bordo. Via-se muitos peixes rondando o veleiro, mas fisgá-los sem iscas adequadas não era nada fácil. Durante as velejadas, nos deslocamentos, eles sempre corricavam.

Gabriel e Guilherme com o primeiro Bonito pego no corrico

Só usamos o motor nas chegadas e saídas (mais por segurança) e nos deslocamentos o mantíamos em ponto motor para carregar as baterias, principalmente por causa da geladeira já que não tinhamos placa solar ou outro recurso e não paramos nenhuma vez em pier a não ser para reabastecer de água e completar o diesel antes de entregar o barco. Era só na vela.

Gui e o Moyo na Leverick Marina abastecendo de água

O "Moyo" (Beneteau 403) se comportou muito bem. Muito confortável e funcional, gostoso de velejar. Já estamos sentindo saudades. D.Claci até falou que dava para morar...e Eu descobri que meu tamanho é 40'...

Muitas fotos e alguns clips em www.picasaweb.google.com/lflbeltrao.

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