sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Charter nas BVI - 1

Cheguei no Grantley Adams Interl. Airport, em Barbados, no meio da tarde e fiquei aguardando a chegada, no voo da Gol, da Claci, minha esposa, e os filhos Gabriel (10) e Rafael (8). Juntos nossos amigos Carlos Augusto e Ana Paula, mais o Guilherme (8), donos do Beagle na Lagoa. O aeroporto é bem amplo e aberto, com muitos voos de companhias americanas, europeias, regionais e agora também da Gol/Varig.


Vista aérea do sul de Barbados

Como nosso voo, no domingo (23/01), saia às cinco da tarde pudemos conhecer um pouco de Barbados, na região de Holetown onde estávamos hospedados. Tive uma impressão inicial muito boa. Praia bonita, água azul transparente e muita estrutura turística. As crianças não resistiram a água caribenha e entraram no mar de bermudas e tudo.


Os meninos na praia de Holetown


O voo até Tortola, a ilha principal das Britsh Virgin Islands (BVI), num turbohelice Dash8 da LIAT (a maior empresa regional do Caribe) durou 4h mesmo com 3 escalas. A primeira foi em Antigua onde ocorreu um fato inusitado. Todos os passageiros tiveram de descer do avião e passar na imigração e por uma inspeção de segurança super rigorosa para retornar, quase correndo, para a aeronave. E nem um carimbo no passaporte... Depois fizemos as outras escalas em St. Kittis e St. Maarten, trechos com 20 a 30 minutos de voo.


Embarcando para Tortola, nas BVI



Chegamos na base da Conch Charter, na Marina Fort Burt em Road Town, para nosso sleep aboard por volta das 22:20h. O sleep aboard é, mediante uma taxa, dormir no barco na noite anterior ao inicio do charter. Alem de economicamente ser bem mais em conta do que pagar hotel, já se conhece o barco e acomoda-se a bagagem. Não havia ninguém na base da Conch. Na porta do escritório um quadro dando as boas vindas a nós e a outro cliente, o nome do barco e sua localização na marina. O nosso veleiro tem o nome "Moyo", um Beneteau 40'(12m) fabricado nos EUA, estava com as luzes acesas, ar condicionado ligado e um rum caribenho em cima da mesa de boas vindas. É um veleiro 2006 com bandeira canadense em ótimo estado, super espaçoso e confortável (tem boca de 3,98m), com 3 cabines de casal e 2 banheiros, um no salão e o outro na cabine de proa. Muito bem equipado com piloto de quadrante, charterplotter, tridata, velas boas, enrolador de genoa, lazy jack, pequeno inversor (400W), shore power com rede de 110v em todos os cómodos, refigerador com congelador, ar condicionado, boiler, holding tank, todo o material de cozinha, churrasqueira, roupas de cama e banho, caixa de ferramentas, peças e óleos sobressalentes do motor e um inflável de fundo rígido Caribe de 2,80m com um motor Tohatsu de 9,8HP.


Este é o Moyo o 'nosso' Beneteau 40' veja clip aqui


Na segunda cedo fomos ao centro de Road Town, a capital das BVI, tomar café, comprar as provisões no mercado e providenciar uma licença de pesca. Nas BVI turista maior de 18 anos precisa ter a licença, que custa 45 dolares. Se não tiver e for pego leva multa e apreensão do equipamento e embarcação. Com isto foi a manhã. Almoçamos no The Pub, anexo a marina, para depois termos o briefing. No briefing o pessoal da empresa mostra todos os detalhes de funcionamento do veleiro na primeira parte e na segunda dá informações e dicas sobre navegação, ancoragens, lugares a serem visitados. Esta parte foi com a Irene que fala português.


O movimentado porto de Road Town, capital das BVI.


Finalmente prontos e liberados alguém do staff da Conch tira o veleiro do pier e leva-o até a saída da baía, que eles chamam de Road Harbour, pois é preciso desviar um baixio bem em frente e pegar o canal. No nosso caso o Ross só tirou do pier e já nos entregou o Moyo. Agora realmente o charter começava e rumamos para a Peter Island a cerca de 5 mn, atravessando o Francis Drake Channel. Lá na Great Harbour pegamos uma poita e passamos a noite na companhia de muitos veleiros e alguns iates.


Rumo a Peter Island com Tortola ao fundo


Duas características para o resto do charter. Na maioria das ancoragens há poitas disponíveis a US$ 25 por pernoite, que alguém vem cobrar no barco ou você paga no bar/restaurante responsável pelas mesmas. Em alguns locais não se pode usar ancora e nas áreas de parques nacionais não se pode permanecer a noite. A outra é que venta muito, aliás o ventilador não desliga nunca, de 15-25 nós e na madrugada dá umas rajadas que ultrapassam fácil os 25 nós. Dormir na poita dá uma tranquilidade...


Tortola ao fundo vista da nossa ancoragem na Great Harbour, Peter Island



Nenhum comentário: