Giovane ainda não havia "enytrado"no horário de verão, de modo que saímos de Ilhabela com alguma chuva fraca, às 08:45h, da segunda 22/10. Descemos o Canal de São Sebastião com corrente contrária e vento fraco. Após sair do canal a chuva parou, o vento firmou em 10-14 nós de ESE com mar baixo de ondas longas, permitindo uma velejada gostosa. Até fizemos um penne com molho Pesto Rosso (pronto, que ninguém cozinhava nada a bordo). À tarde o vento aumentou de intensidade, conforme as previsões, e rizamos a mestra para uma velejada mais confortável. O mar cresceu um pouco e foi ficando cada vez mais mexido. Passamos pela Laje de Santos ainda com luz do dia.
Alcatrazes com mar calmo, pela manhã
Laje de Santos, no final do dia
Já na região da Ilha Queimada Grande com o vento leste nos pegando de popa, o mar mexido e o piloto já tendo "pedido água" há um bom tempo resolvemos tirar as velas para descansar. Assim o piloto levava o barco sem maiores problemas. Pouco depois, por volta de 01:30h (da terça-feira 23/10) entrou a primeira trovoada, com 35 nós de cara. Foi uma sequência impressionante de quatro trovoadas, durante mais de três horas, sendo que mais de duas horas só com vento e relâmpagos, sem chuva. O vento acima dos 30 nós, chegando a velocidade máxima de 39,6 nós (72,5 km/h). Entre uma trovoada e outra caía para 26-28 nós e pensávamos estar acabando. Aí vinha a próxima e lá ia ele para os 33-35 de novo. Andamos contra o vento (no nosso rumo) ajustando a rotação do motor para o mar, muito agitado aquelas alturas, mantendo um deslocamento de 1,8 a 2 nós. O Tinguá se comportou maravilhosamente e vencemos o temporal sem qualquer avaria. O prejuizo foi a perda de nossa pequena placa solar esquecida presa com velcros e um cabo branco fino sobre o dog house. Ela simplesmente sumiu, não vimos nem quando.
Pela manhã o vento voltou a ser leste com 12-14 nós e o mar agitado, com um metro e pouco a um metro e tanto. Por volta das 11 horas outra trovoada se formou rapidamente, na altura da Ilha do Bom Abrigo, e chegou já com chuva torrencial. O vento SW chegou a 36,2 nós mas durou cerca de 20 minutos. Mais uma vez nos saimos muito bem, adotando a árvore seca e correndo contra o vento só no motor.
A trovoada chegou
A trovoada passou
Chegando na Barra de Paranaguá
Demos uma geral no Tinguá ,
tomamos banho e rumamos para o centro de Paranaguá, ali perto, pelo Rio
Itiberê. Compramos mais diesel e depois atracamos no pier do ICParanaguá
onde almoçamos e descansamos. Uma boa coisa nestas travessias é os
convenios que o nosso Veleiros da Ilha tem com vários clubes, que invariavelmente nos recebem muito bem.
A preocupação era com o Kyriri-ete de quem ainda não tinhamos notícias. Ele vinha mais lento e não conseguiamos contato pelo rádio. Nem depois com a estação do ICP. Deixamos vários recados no celular, que até a metade da tarde permanecia sem sinal.
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