quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

Charter nas Grenadines no Cascalho 2

Na quinta (19/12), nosso quinto dia a bordo, saímos cedo de Hillsborough em Carriacou para Clifton Harbour em Union Island, que vem a ser a primeira ilha pertencente a St. Vincent and Grenadines para quem vem do Sul, a 11 milhas náuticas. E, portanto, tínhamos que fazer a entrada no país e pagar as taxas (cerca de 45 XCD por maior de 12 anos).

Union Island com Clifton Harbour ao fundo à direita

Saint Vincent and Grenadines também é um país insular com 389 km² e cerca de 125 mil habitantes, de lingua inglesa, com renda per capita de US$ 6.380,00 e usa o mesmo Dolar do Caribe Oriental (XCD) como moeda, com cotação fixa de 2,67 XCD por 1 USD.

Chegando na ancoragem com chuva

O vento continuava acima dos 20 nós e mais para NE, então tivemos de bordejar um pouco. Chegamos em Clifton debaixo de um pirajá (temporal rápido) e ancoramos no lagoon, protegido de mar e não de vento. Fomos para a terra fazer a entrada no pequeno aeroporto, que como quase todos no Caribe, tem uma cabeceira na base de um morro e a outra na beira do mar. Depois de cumpridas as formalidades burocráticas-arrecadatórias fomos conhecer a cidade. Como atração, a "piscina" de tubarões lixa do Anchorage Yacht Club (veja mais no clip).


 Os tubarões lixa

 Clifton e um pequeno avião pusando no "apertado" aeroporto

A ancoragem em Clifton protegida do mar pelos recifes

Em todos os locais de grande atracação de veleiros encontram-se as Yacht Provisioning que são pequenos empórios onde se encontra tudo de bom em termos de alimentação do mundo todo, naturalmente com preços bem salgados para quem recebe em moedas como Real ou Dolar do Caribe Oriental. Invarialmente, tais locais são de propriedade de estrangeiros de além Caribe e os nativos só entram ali como empregados. Em Hillsborough era a Pati's Deli aqui em Clifton a Captain Gourmet. Aproveitamos para comprar pão francês, mas novamente não haviam baguetes por conta de um problema com o forno, naquele exato dia.


Boas comidas e bons vinhos

Depois de almoçarmos a bordo seguimos para a Palm Island logo em frente, onde tínhamos programado de pernoitar. Palm tem realmente uma praia belíssima mas a ancoragem estava um pouco mexida. Decidimos antecipar a ida para Tobago Cays há apenas  3 mn dali, mas com ventão "na cara".


A linda praia de Palm Island

A aproximação de Tobago Cays pelo Sul é mais difícil e é preciso ficar muito atento com as cabeças de coral que quase afloram a superfície. Chegamos perto do por do sol e ancoramos entre as ilhotas de Petit Rameau e Petit Bateau. Ali forma-se um canal bem em frente a única pequena abertura no recife que protege as ilhas de modo que havia uma corrente de uns 3 nós com aquele vento. Menos mal que o local é paradisíaco, a água transparente, nenhuma marola e o barco ficava afilado.

 A aproximação a Tobago Cays precisa ser cuidadosa

O arquipélago e os dois pontos onde ancoramos

Vista dos recifes da nossa ancoragem

Todos os dias com este por do sol

Tobago Cays é um parque nacional e então é proibido pescar, pegar qualquer coisa, etc. e paga-se 10 XCD por dia por adulto para permanecer no parque, que é cobrado na própria embarcação pelos Rangers (guardas parque).

Na ancoragem em frente a Ilha de Baradel

Foram 3 dias maravilhosos, mesmo que o vento continuasse acima dos 20 nós. Na manhã seguinte após a primeira noite fomos ancorar em frente a Baradel, onde existe uma área demarcada com ancoragem proibida para proteção das tartarugas. Fizemos snorkel ali e vimos várias tartarugas tranquilamente comendo a vegetação do fundo. Bem como diversos peixes, arraias, lagostas. Fizemos várias outras sessões de snorkel em frente a ilha de Patit Bateau no lado voltado para os recifes e nas proximidades da nossa ancoragem, pois voltamos para a ancoragem inicial onde permanecemos até irmos embora, pois neste segundo ponto havia um pouco de swell que pegava o barco de lado.

A praia de Petit Bateau ao lado de nossa ancoragem

Lagostas no snorkel

Iguana na Ilha Petit Bateau

Enquanto Gabriel preferia mergulhar...

...Rafael se divertia na água

Outra característica das ancoragens na região são os nativos em seus coloridos botes motorizados oferecendo poitas e produtos variados como peixes, lagostas, camisetas, pães. Após muito negociar, compramos duas lagostas vivas por 100 XCD para o jantar. Por falar em alimentação, a amioria das refeições foram feitas a bordo, com as chefs Mauriane e Claci fazendo deliciosos pratos práticos. Para acompanhar cerveja do Caribe no almoço e vinhos chilenos no jantar, também lá o melhor custo/benefício.

Em Tobago Cays finalmente consegui a baguete, mas a 15 XCD

Café da manhã

Almoço

Janta

No dia 22/12 (9º dia) depois do café da manhã seguimos para mais um paraíso, a enseada Salt Whistle Bay ao norte da Ilha Mayreau, a 3 mn de distância, percorridos rapidamente só com 50% de genoa aberta. Trata-se de um istmo com a enseada calma de águas transparentes do lado de dentro e com poucos passos entre coqueiros a enseada para mar aberto, propícia para Wind e Kite Surf. Não há cidade, apenas um hotel fechado e alguns quiosques de nativos. Um lugar para ficar um bom tempo só na "vadiagem".

Não é linda?

Cascalho ancorado próximo a praia

Enquanto Gabriel capturava um perigoso Lyonfish...

...Eu e o Rafa fazíamos exercício no caiaque inflável do Cascalho

No próximo post os últimos dias...

Mais imagens aqui e clip no YouTube.


 

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