sexta-feira, 27 de junho de 2014

E o Mattina Será o TinguaCat

Desde janeiro passado, por indicação do Luiz e Mauriane, do Catamaran Cascalho, que encontraram o blog, estávamos negociando o Lagoon380 "Mattina", propriedade do casal canadense Matt e Kristina Stanley.

Desde que voltamos de nosso charter no Cascalho, no Caribe, tenho vasculhado a internet a procura de catamarans entre 36 e 40 pés, localizados no Caribe, América Central, Costa Leste dos EUA, Ilhas Canárias e Península Ibérica. Montei uma planilha com aqueles que atendiam nosso perfil. E o Mattina era "o cara": um Lagoon380S2, nosso preferido, ano 2007, versão proprietário (3 cabines), parecendo muito bem cuidado, mais bem equipado do que esperávamos...mas, tinha um defeito importante, o preço acima do que queríamos pagar.



Trocamos vários emails e fizemos uma proposta um tanto ousada, mas o proprietário recusou-a educadamente. O tempo passou e até já tínhamos decidido comprar nosso barco em 2015. Quando no inicio de maio passado dei uma olhada no blog, o Mattina estava retornando para a Flórida de sua temporada anual nas Bahamas e ainda não havia sido vendido. Escrevi ao Matt reafirmando que nossa proposta permanecia. Desta vez a conversa foi outra e após intensa troca de emails a negociação chegou onde queríamos. Assinamos um Purchase and Sale Agreement, fizemos um depósito de compromisso e vim para a Flórida conhecer o barco.

Fiz o teste de mar, na verdade de água, pois foi no St. Lucie River, em Stuart (Fl) onde o barco esta, na Sunset Bay Marina. E o Yacht Survey que é a inspeção completa do barco por um surveyor credenciado - isto vale um post mais à frente. Para encurtar a história, tomei posse no último dia 21/06. Breve será o TinguaCat.

I'm crazy but life without crazyness is not funny...

Este é "ela" (como os americanos se referem a barcos)


terça-feira, 17 de junho de 2014

Construindo um Monocasco de 38'

No post sobre a venda do Tinguá (veja aqui) disse que estávamos partindo para um barco maior e haviam duas opções em andamento. Pois bem, uma delas é a construção com um grupo de amigos de um veleiro de 38 pés, aqui em Florianópolis.

Há um bom tempo um grupo de velejadores do Veleiros da Ilha, liderados por Celso Muller de Farias (Comandante do Revanche, com o qual já fiz várias regatas) e Alexandre Meinecke (que construiu os primeiros Neo25) planejavam criar um grupo para construir um veleiro de 36-40 pés, em construção amadora. Eles decidiram fazerem cinco veleiros no grupo. No ano passado manifestei meu interesse, mas o grupo já estava fechado. Próximo ao final do ano, um dos membros comprou um barco novo e desistiu abrindo uma vaga para mim.

Contratamos o projetista argentino Hernán Salerno, da HS Design, para projetar um moderno cruiser-race de 38' segundo algumas características que decidimos em comum acordo. Neste momento estamos preparando o local para a construção que esta marcada para iniciar na última segunda feira de julho próximo. Estamos com o projeto definido, na fase final das plantas e especificações construtivas.

O Neomarine HS38 (este seu nome) será um veleiro de 11,60 m com boca de 3,80 m, calado variável de 1,10 a 2,40 m, 3 camarotes, 2 rodas de leme, leme também retrátil e várias outras características de conforto e performance. Abaixo algumas imagens de projeto.








sexta-feira, 6 de junho de 2014

O Próximo Tinguá Será um Catamaran

Quando publiquei o post (veja aqui) da venda do Tinguá disse que estávamos partindo para um barco maior e haviam duas opções em andamento. Pois bem, uma delas é a compra de um catamaran usado no exterior. Por que catamaran? Por que no exterior?

Nosso objetivo é viver à bordo por temporadas (meses) até que nossos filhos, hoje com 14 e 12 anos, se encaminhem na vida. Além disso, em 2016 com a aposentadoria de minha esposa queremos passar um ano completo, a família toda, morando à bordo. Morar a bordo indo de lugar em lugar, em geral, significa pelo menos 80-90% do tempo parado, quer seja ancorado, amarrado a uma poita ou no pier de uma marina. E o catamaran nos proporciona muito mais conforto e espaço, quer seja para desfrutar ou de armazenamento, que um monocasco equivalente em tamanho. Além disso, catamarans não adernam ao velejar, item fundamental para ter a companheira a bordo sempre. Poderia citar aqui várias outras vantagens e abrir uma discussão, pois também há desvantagens, mas nossa opção está tomada e estamos certos dela.


Não é por acaso que cada vez tem mais catamarans nas ancoragens mundo afora

Desde algum tempo viemos amadurecendo esta decisão. Estive em Paraty-Angra e na Bahia atrás de catamarans usados que atendessem nosso perfil. Visitei os estaleiros que constroem catamarans no Maranhão, objeto de vários posts aqui. Avaliei a possibilidade de encomendar a construção de um projeto específico. Conheci em detalhes o excelente CatFlash35, fabricado pela Flash Veleiros (Craftec). Fiz quase mil milhas na costa brasileira como tripulante do catamaran Cascalho, também relatado aqui. Estivemos por duas vezes em charters no Caribe, uma fez de monocasco e na outra de catamaran.

E por que no exterior? Em primeiro lugar porque o custo do barco é bem melhor e há inúmeras opções de compra. Depois porque queremos conhecer novos lugares, povos, culturas, linguas, enfim viajar. Mais ainda porque, por incrível que pareça,  sai mais em conta do que no Brasil, a infra-estrutura náutica é muito superior e a segurança, problema que começa a preocupar por aqui, é maior.

O Lagoon380 "Cascalho", nosso modelo preferido.

Elegemos alguns modelos, consagrados no mercado, de 36 a 40 pés. Dentre outros o Lagoon 380, Leopard 38, 39 e 40, os Fontaine Pajot Mahé, Athena e Lavezzi. No momento estamos bem adiantados nas negociações com um Lagoon380, nosso preferido, que está na Flórida. Quem sabe em breve tenhamos novidades.