Decidimos ficar mais um dia na poita em St. Augustine para
efetuar a troca de óleo e filtros dos
motores, o que foi feito pela manhã. A diária das poitas vence as 11:00h e
assim faríamos com mais calma. No dia seguinte cedo ao ligarmos os motores para
reiniciar a travessia, o motor de bombordo após alguns minutos disparou o
alarme, acendeu as luzes de alerta de óleo e stop e parou de funcionar. Havia
funcionado os motores por 15 minutos após a troca de óleo sem nenhum problema.
Acabei por levar o barco com um motor só
para a St. Augustine Marine Center, uma marina de serviço onde o
TinguaCat ficou de Fevereiro a Junho, a umas 4 mn no San Sebastian River, um
afluente do principal Matanzas River. Mecânico só no outro dia pela manhã.
Pelas 9h chegou o mecânico e rapidamente constatou e solucionou o problema que
era ar na alimentação de combustível. Gastei US$ 42,00 e aprendi mais sobre o
motor pois pensava ser problema com a pressão do óleo.
TinguaCat no St. Augustine Marine Center
As 10:40h do nosso 22 dia (05/11) iniciamos nossa perna de
número 9. Dia bonito, ensolarado, calor de uns 30 C, ventos fracos de SSE,
muita corrente contra. Pelas 12:30h passamos pelo Fort Matanzas, próximo ao
inlet de mesmo nome. Uma ponte para abrir mas sem horário, on request. Chegamos
a Daytona Beach onde ancoramos próximo as Twin Bridges (das muitas pontes) às
17:30h, acompanhados de dois veleiros canadenses e um pequeno catamaran
americano, nossos companheiros de quase todo o dia.
Fort Matanzas
Companheiros do dia
Uma das preciosidades com que se cruza no caminho
Outra...
Ancoragem nas Twin Bridges em Daytona Beach
Desde que entramos na Florida o meio ambiente já havia
mudado. Não há mais o zig-zag entre rios que aqui correm paralelos a costa
oceânica. As margens da ICW são bem mais urbanizadas. Um movimento maior de
pequenas lanchas, as “chatas” de carga desapareceram e quando em quando encontra-se
alguma de serviço. Até aqui ainda teve alguns trechos com os marsh (pântanos)
de capim Sweetgrass. Mas agora, quando há
pântanos, eles são parecidos com os nossos mangues.
Saímos da ancoragem em Daytona Beach (06/11 – sexta feira)
as 06:45h, com a primeira claridade para fugir do horário restrito da primeira
drawbridge logo ali a menos de uma milha da ancoragem. Logo em seguida mais uma
para abrir, tudo no centro de Daytona. Durante o trecho até Titusville de 42 mn
ainda tivemos mais duas pontes para abrir, uma com horário em New Smyrna Beach.
Dia ensolarado e quente com duas trovoadas que conseguimos evitar e muita
corrente contra e vento pela proa. Até
conseguimos abrir a genoa no Mosquito Lagoon por pouco tempo. Depois das 11h o
vento cresceu e se manteve em torno dos 20 nós. Não gostamos da ancoragem
planejada e fomos pegar uma poita da Titusville Municipal Marina. Dia mais
curto, eram 14:45h . Colocamos o bote na água e fomos para terra, dar uma volta
na cidade e comprar alguns perecíveis no mercado. Titusville fica do outro lado
do rio da base de lançamentos de foguetes da NASA em Cabo Canaveral e se diz o
melhor lugar para assistir estes eventos.
Zarpando antes do Sol aparecer
A primeira drawbridge de Daytona Beach
Amanhecer na ancoragem em Titusville
Dia seguinte (07/11) saímos 06:40h e tivemos só a NASA
Causeway Bridge de abrir. Outro dia ensolarado e quente com algumas nuvens
dando umas pingadas na gente. O vento só entrou pelas 11h e veio como sempre de
Sul (isto é na nossa cara) e entre 14-19 nós. Com este vento e a corrente que
teima em ser contra (100% neste trecho) vamos queimando diesel. O maior
problema da corrente é o horário das marés deste período e também o fato de
haver poucas barras nesta região. Chegamos ao campo de poitas da Vero Beach City Marina às 17:35h e nos amarramos na numero 2. Até aqui foram 24 dias e 935
milhas náuticas.
Arco Iris após uma rápida e fraca chuva, na altura de Melbourne
TinguaCat na poita em Vero Beach
Mais um Arco Iris, agora em Vero Beach
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