No final da tarde de sexta-feira (04/07) chegaram os demais tripulantes do Tinguá para a Semana de Vela de Ilhabela. Nesta mesma noite "descobrimos", pois não fomos notificados, que o "seo" Valdir, coordenador nacional da classe BRA-RGS, havia alterado nosso certificado, retirando a bonificação de quilha curta, tendo nosso TMFAA (rating) aumentado de 0,9125 para 0,9266. Para quem não sabe o Tinguá é um Skipper30 versão quilha curta. Nossa quilha é 30 cm menor e nosso barco cala 1,55m. E de acordo com o item 4.4.C das regras da BRA-RGS tem a quilha menor que o comprimento do leme do barco.
Só no sábado pela manhã conseguimos falar com o cidadão. "Seo" Valdir alegou que a regra estava mau redigida e assim estava sendo interpretada errada pelos medidores e então ÊLE alterou-a. Fez isto no dia 02/07 às 19:00h alterando especificamente o item 4.4.C.como abaixo:
C) BQL = 1,00 Quilha Curta - são quilhas com ou sem bulbo, com comprimento no máximo igual ao do leme do barco, ou seja a parte inferior da quilha deve estar no plano paralelo ao convés , que passa pela parte inferior do leme ou acima deste.
Interessante que com a nova redação dada não existe mais barco quilha curta, pois além do "seo" Valdir ninguém vai construir um veleiro de quilha com o leme mais profundo que a mesma...
Estudamos a regra, adaptamos o barco no que foi possível, medimos (medido desde fevereiro), planejamos, investimos para participar de uma competição como a RISW e na véspera mudam casuisticamente as regras do jogo. Que a BRA-RGS era um sistema de medição ruim sempre soubemos e aceitamos, por falta de opção mais adequada, medindo o Tinguá nela. Só não sabíamos que não era séria...
Indignados e desanimados só nos restou preparar o Tinguá para as regatas.
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