sábado, 30 de agosto de 2008

Mutley já é Campeão da Copa Casan

Cheguei na quarta (27/08) à noite do Cruzeiro Costa Leste e voltei a vidinha normal. Hoje, com o Guto (Carlos Augusto Kindlein) e o Polaco (Luiz Carlos Poyer) na tripulação, vencemos a 6ª Etapa da Copa Casan/AVELISC de Mini-Oceano, na categoria Bruma19 e nos tornamos campeões com duas etapas de antecipação. A regata valeu também como 1ª Etapa do Campeonato Estadual de Mini-Oceano. A disputa como sempre foi na Lagoa da Conceição, num dia bonito e ensolarado de inverno com ventos do quadrante sul fortes. Largada em contra-vento, uma perna de través paralela a Av. das Rendeiras e uma longa perna em popa até a chegada em frente ao Restaurante Lagoa Azul, na Costa da Lagoa.


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segunda-feira, 25 de agosto de 2008

A Regata Aratu-Maragojipe

Segundo os baianos a Regata Aratu-Maragojipe, organizada pelo Aratu Iate Clube, é a maior de percurso do Brasil. São cerca de 400 barcos, contando-se as lanchas e saveiros que acompanham o desenrolar. Competidores eram com certeza mais de 250 veleiros entre monocascos, multicascos, monotipos, saveiros e escunas, divididos em muitas classes e três largadas. Só participando para se ter idéia.

Veleiros a nossa ré

São 32 mn de percurso largando entre a Ilha da Maré e a entrada da Baía de Aratu, na Baía de Todos os Santos, e terminando na cidade de Maragojipe, após percorr
er cerca de 7 mn pelo Rio Paraguaçu acima. Nós no Guga Buy - Cmdte. José Zanella, Eduardo Zanella, Eu e o reforço do Maurício "Negão" Rosa, competimos na classe RGS Cruzeiro B e saimos na segunda largada.

Veleiros a nossa frente, já no Rio Paraguaçu

Fizemos uma boa regata com vento de SE mas variando de intensidade, especialmente durante os muitos pirajás. Até agora não sei do resultado. Aliás, durante a regata muitos barcos não obdeceram as determinações das Instruções de Regatas quanto a montagem de algumas bóias de sinalização no canal de acesso a Aratu, nas proximidades da ilha do Medo e no rio. Na chegada, mesmo tendo avisado várias vezes pelo rádio que estávamos cruzando, uns três minutos depois a CR perguntou pelo nome do "barco com um bote vermelho na popa". Enfim, o que vale nesta regata é o visual, a emoção de ver tantos veleiros junto
s, a velejada dos saveiros de pena e de vela de içar e a festa claro, afinal estamos na Bahia...

Saveiro de pena em plena regata

No domingo (24/08) desembarquei do
Guga Buy, que rumou para a Ilha de Itaparica, retornando a Salvador de carona no Samurai Ni, do Cmdte. Marins Camargo. Volto ao Guga Buy no final de setembro, já em Recife, para fazer a Refeno.

Você já tinha visto Optimist com vela balão ?

sexta-feira, 22 de agosto de 2008

Gusmão no Aratu

Encontramos aqui no Aratu Iate Clube o amigo e grande velejador Marcelo "Gusmão" Reitz, do ICSC, que está" dando um trato" em seu veleiro Moleque afim de continuar seu Projeto Rota Norte, de navegação em solitário pela costa brasileira.

Gusmão distribuindo brinde dos seus patrocinadores

quinta-feira, 21 de agosto de 2008

Os Estaleiros de Cajaíba

Na nossa estada na Baía de Camamu visitamos o povoado de Cajaíba do Sul, conhecido em todo o país pela construção de escunas. Vimos muitas escunas em seus vários estágios de construção e apreciamos a técnica secular empregada, que resultam em embarcações de apurada qualidade.

Apesar da aparente demanda aquecida o povoado é muito pobre. Os “estaleiros” são apenas telhadões embaixo dos quais os barcos são construídos. Não há empresas, nem previdência ou planos de saúde, nem direitos trabalhistas. Os artesãos simplesmente ganham o que produzem.

(Mais fotos em www.picasaweb.google.com/lflbeltrao/costaleste2008 )

As Canoas da Bahia

Me chamou atenção na Bahia, durante o Cruzeiro Costa Leste, as canoas de um pau só habilmente tocadas, a remo ou vela, pelos nativos. Elas são estreitas e compridas, muitas passando dos dez metros de comprimento. Nas imagens abaixo alguns exemplos.

Em Itacaré

Na Baía de Camamu

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Festa de Encerramento do CCL2008

Na quarta-feira (20/08) por volta das 13:00h zarpamos do Terminal Náutico da Bahia para o Aratu Iate Clube, distante 12 mn, na tranquila Baía do Aratu. Lá foi realizado o encerramento oficial do Cruzeiro Internacional Costa Leste 2008 com comes e bebes, baianas, banca de acarajé, show de capoeira, homenagens, banda de forró e muita alegria e confraternização. Houve até uma premiação extra-oficial onde Dona Rô ganhou o Troféu Galvão Bueno de Comunicação e o Eduardo "Zanellinha" o Troféu Madre Teresa de Calcutá.

Segundo a opinião reinante entre os participantes foi um mês fantástico, com velejadas gostosas outras difíceis, lugares maravilhosos, convivência harmônica, grande aquisição de conhecimentos e experiência. Eu que participei a partir da escala de Vitória adorei. Considero que o maior objetivo atingido pelo CCL2008 foi o de permitir que velejadores com pouca experiência pudessem fazer um cruzeiro deste porte. Sem o CCL não o fariam, agora, após o CCL com certeza o farão sozinhos.


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O Lado Social do CCL2008

Durante as várias paradas do Cruzeiro Costa Leste muitas ações sociais foram praticadas pelos seus participantes junto as comunidades locais. Além da distribuição de cestas básicas doadas pelos comandantes participantes, cito algumas outras como as atividades da tripulação do BoraBora (www.velejandocomdeus.com.br), do Ronaldo Coelho, do Feitiço, que entre outras atividades ministrou palestras de prevenção de câncer de mama, do Prof. João Peralta do Triunfo II.

Prof. João com alunos da escolinha do Campinho

De um modo geral houve uma boa integração dos velejadores com as comunidades locais. Mas, este é um lado que pode e deve ser incrementado ainda mais nas próximas edições do cruzeiro.
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quarta-feira, 20 de agosto de 2008

Gamboas

Gamboa palavra de origem indígena que significa cercado de ramagens para apanhar peixe. Na região da Baía de Camamu é comum encontrar gamboas. São um cercado mar adentro com uma entrada em labirinto onde o peixe entra e não consegue sair. O pescador deixa-os “engordarem” e vai pegando-os conforme a sua necessidade.


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Niver do Comandante

Ontem (19/08) o Cmdte. José Zanella, do Guga Buy, comemorava aniversário. Por niciativa de seu filho Eduardo foi organizado um churrasco 0300 no pier, em frente ao local de atracação do Guga Buy. Com duas churrasqueiras náuticas e duas caixas de isopor com gelo estava feita a festa. Todos foram convidados, inclusive outros velejadores atracados no Terminal Náutico da Bahia. Dizem que até no Elevador Lacerda tinha cartaz convidando para o churrasco do Zanella.



Logo que escureceu o pessoal foi chegando trazendo a cerveja, cachacinhas de todos os cantos do Brasil, carne ou linguiça. Também a Cláudia Victor, embarcada no Pacífico, cumpria anos ontem. Festa dupla que rolou gostosa até quase meia-noite.


terça-feira, 19 de agosto de 2008

Travessia a Salvador

Soltamos a poita no Campinho, na Baía de Camamu, exatamente a zero hora de segunda-feira (18/08) para a última travessia do Cruzeiro Costa Leste. Foram 65 mn até o Terminal Náutico da Bahia, com mar de 2,5 a 3,5m com ondulação de sudeste (pelo través) e espaçamento de 9 a 11s e ventos de 6-12 nós de E-SE. Nas proximidades da barra da Baía de Todos os Santos o espaçamento entre ondas diminuiu com o mar ficando mais picado. Na entrada da barra pegamos o maior Pirajá de todo o cruzeiro, mas chegamos muito bem às 11:15h.

Makai com Salvador ao fundo

Estamos atracados no pier do Terminal Náutico de Salvador, onde fomos recebidos por baianas à carácter e kits com mimos como camiseta e guia náutico da Bahia. Amanhã (20/08) iremos para o Aratu Iate Clube, onde acontecerá a festa de encerramento do Cruzeiro Costa Leste 2008.

Guga Buy atracado no Terminal Náutico da Bahia

Feira em Camamu

Sábado é dia de feira na cidade de Camamu, que fica no fundo da baía a mais de 9 mn do campinho, e todas as comunidades da baía se dirigem cedinho para lá para vender, trocar e comprar. Fomos também no barco-ônibus da seis da matina.

Eduardo (Guga Buy) e Fernando (Solaris) no barco-ônibus rumo a Camamu

Camamu, a cidade, fica em uma elevação no final dos manguezais, o que significa inúmeros baixios em sua aproximação. Na verdade as embarcações vão fazendo um zig-zag por entre o mangue. Na chegada ao porto um verdadeiro congestionamento de barcos e um burburinho de gente.

A cidade de Camamu

Chegando ao porto de Camamu com o Cmdte. Zanella (Guga Buy) na proa

É uma cidade típica do interior da Bahia, com tudo que isto significa. A feira é um capítulo a parte, com “secções” de peixes secos e salgados, roupas e armarinhos, frutas e verduras, farinhas e carnes. Chamou a atenção os peixinhos (sardinha, manjuvas) secos e salgados vendidos em maços e as cabeças de boi vendidas com todo o seu conteúdo, apenas retirado o couro. Vale a pena dar uma olhada nas fotos no Picasa.

Os peixinhos secos da feira de Camamu

(Mais fotos em www.picasaweb.google.com/lflbeltrao/costaleste2008)

Barra Grande, Cajaíba e as Ilhas

Na sexta-feira (15/08) demos um passeio num barco alugado, organizado pelo Cmdte. Hamilton do Piatã, para conhecer o povoado de Barra Grande, a Ilha da Pedra Furada, contornar a Ilha Grande e visitar os estaleiros artesanais, especializados na construção de escunas, do povoado de Cajaíba do Sul. São locais de acesso mais complicado aos veleiros devido ao baixo calado. Aliás este é o único defeito de Camamu, o baixo calado em muitos pontos da baía.


Vila de Barra Grande logo a bombordo de quem entra na Baía de Camamu


A Ilha da Pedra Furada

Cidade-estaleiro de Cajaíba

(Veja mais fotos em www.picasaweb.google.com/lflbeltrao/costaleste2008)

domingo, 17 de agosto de 2008

Maraú e Cachoeira do Tremembé

Na quinta-feira (14/08) junto com alguns outros veleiros fomos conhecer a cidade de Maraú e a Cachoeira do Tremembé.

Cidade de Maraú, no interior da Baía de Camamu

São 20 mn de navegação na Baia de Camamu e no Rio Maraú, com natureza belissima, a parte final sem cartografia e com muitos baixios numa região de manguezais exuberantes. O Guga Buy e o Tuareg III, que possuem bolinas, conseguiram chegar até “molhar a proa” na cachoeira (veja clip).

Chegando a Cachoeira de Tremembé

Guga Buy "lavando a proa" na Cachoeira de Tremembé (Foto de Mascio Andrade)

Camamu: Chegamos ao Paraiso

Partimos de Itacaré às 10:20h da manhã de quarta-feira (13/08), com a maré enchente, para Camamu. Foram 33 mn de mar tranqüilo e ventos fracos até o Campinho, local de ancoragem dos veleiros do Cruzeiro Costa Leste. Eram cerca de 15:00h e rumamos direto para o Restaurante Cantinho do Sol, na Ilha do Sapinho, a cerca de 2 mn, onde almoçamos siri catado, peixe e lagostas.

Pier do Restaurante Cantinho do Sol na Ilha do Sapinho
A ancoragem no campinho é em frente a Pousada Sítio Sábia, o que permite aos participantes se reunirem em terra e acesso a banheiros, comida, água.

Veleiros do CCL2008 ancorados no Campinho, Baía de Camamu

A Baía de Camamu, terceira maior do Brasil, é um verdadeiro paraíso com inúmeras ilhas, praias, vilarejos, estaleiros artesanais, cachoeiras, lagoas, povo hospitaleiro,... É um local para se ficar muito tempo “vadiando”.

Mapa ilustrado da Baía de Camamu

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quinta-feira, 14 de agosto de 2008

Escala Não Prevista em Itacaré

Sempre quis muito conhecer Itacaré. Na terça-feira (12/08) partimos às 05:20h para chegar pelo mar. Navegamos cerca de cinco horas para percorrermos as 30 mn desde Ilhéus, com vento L-SE de 8-20 nós e mar com 1,5-2m de ondulações de través, um tanto desconfortável. Nesta viagem nos acompanhou o Ricardo Montenegro e sua mulher, que já havia demandado a barra do Rio das Contas em Itacaré duas vezes. Fomos acompanhados pelo Makai, do Renato e Luciana. Planejamos a chegada na maré enchente. Ricardo ligou para um conhecido para saber das condições da barra e êle se ofereceu para guiar-nos já que encontrava-se no barco de um amigo.

Entrando na barra do Rio das Contas em Itacaré.

O Guga Buy também está usando as cartas digitais CCDGold, as quais oferecem uma rota recomendada para a entrada em Itacaré, que se mostrou perfeita. Cada vez mais comprovo que não existem cartas digitais da costa brasileira melhores que a CCDGold. A entrada em Itacaré, sabendo a rota a percorrer e com mar adequado é tranqüila (veja clip).

Praia do Rezende uma amostra das muitas de Itacaré.

Itacaré é mais uma região da Bahia com natureza maravilhosa, praias lindas a maioria propícias ao surf, resorts e pousadas com arquitetura e decoração que utilizam-se muito de elementos naturais como a madeira, fibras (sapé, piaçava) e artesanato. A cidade infelizmente perdeu muito do charme que poderia ter com a ocupação desordenada, q
uase “favelizada”. Uma pena...


Chuva ancorados frente a vila de Itacaré.

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Escala de Ilhéus

Foram dois dias de estada em Ilhéus (10 e 11/08) ancorados em frente ao simpático e receptivo Ilhéus Iate Clube. A cidade está em um momento de baixa, depois de ter sido rica e importante durante o ciclo do cacau. Deu para conhecer seu centro histórico, notadamente os famosos Bar Vesúvio e Bataclan, imortalizados no romance Gabriela Cravo e Canela de Jorge Amado.




Para uma escala futura ficamos conhecendo a localização de lugares importantes, nas imediações do clube, como supermercado, internet, padaria e outros mais. Nesta escala o amigo Saul Capella desembarcou retornando a Floripa, mas estará de volta para a Refeno.


Sem muito o que fazer, na segunda à noite, por iniciativa do Franco, uma turma de velejadores se cotizaram e saborearam 20 kg de camarão ao alho e óleo, preparados pela simpática cozinheira do Ilhéus Iate Clube.

domingo, 10 de agosto de 2008

Levando o Makai para Ilhéus

No final do sábado (09/08) os participantes do CCL2008 iniciaram a saída rumo a próxima parada em Ilhéus, deixando o Rio João de Tiba na maré enchente mais uma vez guiados pelo Carlindo.

No dia anterior ao subir do botinho para seu barco o Cmdte. Renato, do Makai (um Multishine28), caiu e contundiu as costelas, com possível fissura. Pior que os outros dois tripulantes, conforme previsto, desembarcaram em Santo André, ficando apenas o Renato e sua esposa Luciana. Fui indicado pela amiga Mara e aceito para levar o Makai até Ilhéus, o que fiz com muito prazer.

O Makai já ancorado em Ilhéus.

Com as orientações do Renato sobre as peculiaridades do barco e a ajuda da Luciana que é muito safa, vencemos sem problemas as 110 mn até Ilhéus, em cerca de 17 horas. Tivemos vento E-SE entre 9-12 nós e mar baixo mas com ondulações de través.

Por-do-sol na travessia Santo André-Ilhéus.

O curioso desta travessia foi o uso do piloto automático “com que Cabral chegou ao Brasil”. Trata-se de um antigo piloto automático inglês com bússola magnética, cedido ao Makai pelo Cmdte. Zanella, do Guga Buy, em substituição ao moderno ST2000+ que não resistiu a chuva que pegou no trecho Búzios-Vitória.

O piloto automático "do Cabral"

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Santo André um Vilarejo Baiano

Foram 110 mn até a barra do Rio João de Tiba em Santo André, município de Santa Cruz Cabrália, percorridas em pouco mais de 17 horas, ajudados pelo vento NE-E de mais de 10 nós com mar pequeno mas mexido. Na barra os veleiros participantes do CCL2008 foram colocados para dentro com a orientação do prático Carlindo em sua catraia.

Veleiros do CCL2008 adentrando a barra liderados pelo Carlindo.

Santo André é uma bucólica vila com não mais de 500 habitantes que se estende da barra do rio até a bonita praia. São na maioria nativos pobres mas alegres e amigos mesclados com “estrangeiros” descolados, inclusive vários gringos, e suas lindas casas rústico-chiques que tocam pequenos restaurantes e quiosques de praia, além de alguns resorts como o Costa Brasilis.

Veleiros do CCL2008 ancorados no Rio João de Pin, em Santo André.

Exemplos: a cafeteria Mata Encantada de um casal de suíços que além dos deliciosos cafés oferece internet wi-fi de qualidade, junto a rua de areia. De outro lado o Restaurante Gaivota tocado pela nativa Ana, na beira do rio, que foi o QG do Costa Leste em Santo André. Lá foi realizado, no sábado (09/08), o almoço de confraternização dos participantes do CCL2008.

Almoço no Restaurante Gaivota, da Ana.

Pena que foram apenas três dias e duas noites neste paraíso.
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sexta-feira, 8 de agosto de 2008

Abrolhos Maravilha da Natureza

Finalmente às 05:15h da madrugada de segunda (04/08) largamos as amarras do pier do ICES e zarpamos rumo ao Arquipélago de Abrolhos, distante 170 mn, na continuação do Cruzeiro Costa Leste 2008. Ventos de mais de 20 nós com rajadas de até 32, de quadrante S e mar bastante mexido tornaram a viagem desconfortável. À noite o vento diminuiu para 14-17 nós e rondou para E até ficar de proa na madrugada, obrigando-nos a motorar. Chegamos em Abrolhos (veja clip) às 10:35h de terça-feira (05/08). Antes de chegar, durante a manhã vimos muitas baleias Jubarte ao largo. Consegui fazer um clip (clique para ver) com duas que chegaram bem próximas ao valente Guga Buy.

Veleiros do CCL2008 no ancoradouro sul da Ilha de Santa Bárbara

Abrolhos é um arquipélago resultante de uma erupção vulcânica, formado por cinco ilhas: Santa Bárbara, a maior e única habitada onde há um farol e a sede do Parque Marinho, Redonda, Siriba, Sueste e a ilhota da Guarita. O desembarque é controlado e além da Santa Bárbara só é permitido na Siriba, desde que guiado por um quarda-parque do IBAMA. Visitei a ilha Siriba que é um criatório de vários pássaros, principalmente os Atobás brancos. Também fiz snorkel nas proximidades da Ilha de Santa Bárbara onde estávamos fundeados. A quantidade e as diferentes espécies de peixes e os corais é impressionante.

Fihote de Atobá branco na Ilha Siriba

Outro fato marcante para mim em Abrolhos foi a oportunidade de dar uma velejada na majestoso motorsail de madeira, com mastreação tipo escuna, Horizonte de 82 pés (veja clip).

Motor-sail Horizonte

Após o já tradicional churrasco dos participantes na Ilha de Santa Bárbara junto com o pessoal da Marinha e do IBAMA, levantamos âncora rumo a Santo André, no sul da Bahia, no maravilhoso entardecer de quarta (06/08).

Por-do-sol na saída de Abrolhos

(Mais fotos em http://picasaweb.google.com/lflbeltrao/CostaLeste2008 )
(Saiba mais sobre Abrolhos em www.ibama.gov.br/parna_abrolhos).