quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

Família Tinguá Está no Bracuhy

Chegamos ontem às 9h da manhã no Tinguá, depois de 1.150 km de estrada. Saímos de Floripa na segunda cedo e dormimos em Barra Mansa. Ontem descemos a serra pela RJ-155, via Lídice.

Serra da Bocaina nas proximidades de Lídice.

Foi um dia puxado limpando barco, descarregando, organizando as muitas tralhas, preparando-o para zarpar hoje rumo a Praia da Baleia, na Ilha Comprida, onde passaremos o Réveillon com um grupo de velejadores, liderados pelo Webber e a Míriam, do veleiro Acauã. No final do dia ainda fomos a Angra, no Shopping Pirata's jantar e fazer supermercado.

O problema no enrolador já estava solucionado num eficiente trabalho do Paulo Polônio.

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Mais Defeitos

Quando optamos por adquirir um veleiro zero esperávamos ter menos problemas. A verdade é que o Tinguá tem nos dados mais incomodação do que o Bicho do Mar, nosso veleiro anterior um Spring 25S de 11 anos. São muitos pequenos defeitos advindos da má qualidade do estaleiro na montagem e instalações dos diversos sistemas do barco.

Na travessia até Angra dos Reis constatamos que o Tinguá também faz água pela gaiúta da proa, como os outros Skippers 30, com mar de proa, problema que até então não tínhamos constatado. O mastro voltou a fazer água pela enora com a chuva e, o que é pior, a água está escorrendo pelo contra-molde e infiltrando no costado da cozinha, molhando os acabamentos em madeira. Tem mais um vazamento no encanamento de água doce embaixo da pia da cozinha. E o encanamento de esgotamento da geladeira aparentemente entupiu, mesmo usando sempre uma "telinha japonesa".

A má fixação da mesa, que faz com que fique "renga", também incomoda. Aliás, este problema o Leonardo Cal do Kíron observou ao entrar no Tinguá e disse ser igual no seu barco, que ficou pronto um ano e meio depois.

Outro velho problema voltou a aparecer durante a travessia. A adriça da genoa enrolou no enrolador, problema que já provocou por duas vezes danos no estai de proa (vide post Um Ano e Muitos Defeitos). Na Marina Bracuhy foi me indicado o Paulo Polônio para resolver o problema, o qual diagnosticou que "quando da instalação do enrolador o headfoil ficou curto, impedindo que o distorcedor ficasse o mais próximo possível do ponto em que sai do mastro a adriça, facilitando que a mesma se enrolasse no estai. Para solucionar o problema a opção que recomendo no momento é colocar um link (chapa) de inox e uma manilha adicional entre o distorcedor e sua adriça, o que permitiria que o "wrap stop" funcionasse corretamente, impedindo o enrolamento da adriça".

Que veleiros sempre tem consertos a fazer sabemos bem e não reclamamos. Incomoda são os problemas causados por falta de competência.

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Tinguá Já Está no Bracuhy

Como o tanque de combustível foi retirado e esvaziado ao abastecermos o Tinguá para a viagem até Angra conseguimos, depois de dois anos, conhecer sua real capacidade. Abastecido até a boca couberam 106,7 litros de diesel. Uma boa capacidade!

Partimos no domingo (07/12) às 09:00h do ICSC, na companhia do grande amigo Saul Capella. Já na altura da Ilha do Arvoredo, com o NE na faixa dos 20 nós literalmente "na cara" e o mar de ondas curtas e picadas, optamos por rumar para o Caixa D'Aço, onde dormimos. Seguimos na segunda às 06:30h rumo a São Francisco do Sul. O vento continuava a soprar NE, mas fraco até as 12-13 horas. Atracamos no Capri Iate Clube às 17:40h.

Agora tinhamos o pior trecho, aquele até Santos numa extensão de 180 mn com quase nenhum abrigo. E pelo menos até as proximidades da Ilha Queimada Grande (umas 30 mn de Santos) seria de NE. As três da manhã acordei e vi que o vento parara, acordei o Saul e em meia hora estávamos a caminho, para aproveitar o maior período possível com o vento fraco. Conforme a certeira previsão do Buoywether o NE cresceu à tarde para a faixa dos 20 nós, e com ele o mar, só começando a cair por volta da meia noite. Foi duro e a singradura diminuiu bastante. Quando passamos a Queimada Grande pelas sete da manhã o mar já era lisinho e um leve leste nos ajudava. Atracamos no Iate Clube de Santos às 12:45h.

Tinguá adentrando a Barra de Santos

A intenção era seguir para Ilhabela pela meia noite ou uma da manhã, depois de um bom descanso. Tomamos aquele gostoso e reconfortante banho que o ICS nos proporciona, almoçamos e saimos para comprar lâmpadas de navegação sobressalentes, pois já haviamos queimado duas com as embicadas nas ondas. Fomos então verificar as previsões meteorológicas. Havia um SW respeitável entrando na região por volta do meio dia seguinte, resultante da frente fria que estava chegando no Sul. Resolvemos partir de imediato e às 18:30h largamos as amarras.

Sábia decisão. Em uma excelente "motorada", com mar calmo e muito pouco vento de E e SE, contornamos a Ponta da Juatinga adentrando a Baía da Ilha Grande por volta do meio dia seguinte. Poucos minutos depois o vento mudou sem aviso para SW e cresceu para a casa dos 13 nós, com alguma rajada de até 17. Mas aí só veio ajudar. Mas mostrou que o SW entrou na região de Ilhabela já pela manhã. Chegamos a Marina Bracuhy às 15:35h da tarde, fazendo média horária de 6,5 nós.

Da esq. para direita MaraCatu, Kilimandjaro e Tinguá no cais G.

A travessia nos mostrou a melhora de rendimento com o novo hélice. Senti além de mais fôrça, mais velocidade final. Passamos Ilhabela, com o canal sem vento e no estofo da maré cheia para a vazante, a 8,2 nós com 2600 rpm.

O Tinguá já repousa no cais G da Marina Bracuhy a espera de sua tripulação que chega logo após o Natal.

sábado, 6 de dezembro de 2008

Semana de Muito Trabalho

Esta semana foi pesada. Muitos preparativos para aprontar o Tinguá para subir para Angra, de onde deverá voltar só com o Cruzeiro Costa Sul. Ainda bem que , finalmente, a chuva está dando trégua. Algumas atividades foram iniciadas e não evoluíram muito devido a ela e outras nem puderam ser atacadas.

A parte mais fácil foi o hélice novo de que já falei no post anterior. Agora tínhamos a confecção de umas pequenas prateleiras embaixo da pia do bwc, destinadas a lanternas, cintos de segurança e afins permitindo liberar o armário do camarote de popa. Outros dois problemas a resolver foram um pequeno e persistente vazamento no tanque de combustível e "criar" um caminho de saída para a água da chuva que entra pelo mastro.

O vazamento foi identificado no bujão de esgotamento do tanque. Um reaperto no foi suficiente e então foi necessário retirá-lo, mais uma vez, para resolver. Com relação a água no pé do mastro foi furado e passado um duto de fibra pela parede que divide o compartimento na pé do mastro do subseqüente onde fica a bomba automática de porão. É preciso explicar que o Skipper30 possui uma espécie de quadriculado estrutural em seu piso, não tendo posseto.

A maior "obra" foi a instalação de uma TV. Para tanto mudamos as posições do VHF e do DVD Player para colocá-la na mesa de navegação, afim de poder usá-la também como monitor para o notebook. Isto envolveu além do eletricista, o marceneiro. O modelo que optamos é o M19W531 da AOC, LCD de 19" que é TV e monitor e, principalmente, utiliza fonte externa de entrada 240-110V AC e saída 12V DC, o que nos permitiu ligá-la diretamente na bateria. O pior é que o pessoal da elétrica rompeu o guia até o tope do mastro deixado pelo estaleiro, a nosso pedido, e em dois dias de tentativas não conseguiu passar o cabo da antena até lá.


A fora isto havia um sem número de pequenas coisas a serem feitas, estas a meu encargo, como a troca de óleo e filtros do motor e rabeta. Sem contar com a limpeza interna, enceramento do casco e, naturalmente, o carregamento com toda a tralha a ser levada na viagem.

Hoje pela manhã ao colocar o Tinguá na água constatamos o hélice girando ao contrário. Foi preciso inverter os cabos do comando do motor. Ufa! Finalmente estamos prontos para subir a costa.

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Hélice Novo

Quando o Tinguá ficou pronto em Janeiro de 2007, por falta de uma opção melhor, instalamos um hélice folding de duas pás, "genérico" da Gori. Apesar de propiciar um bom arrasto seu desempenho não nos agradava.


Tempos depois começaram a chegar ao Brasil os hélices folding (2 pás) argentinos feitos de composite. No entanto, descobri na internet um hélice feathering de 3 pás também em composite (Zytel da DuPont), desenvolvido e fabricado na Nova Zelândia pela Kiwi Props. Um hélice leve, com passo regulável com uma chave Allen até embaixo d'água, sem problema de corrosão, com excelente propulsão inclusive a ré. E ainda a um custo 60% menor.


Tempos depois descobri que o colega da ABVC Gunther Weber estava comercializando estes hélices no Brasil. Como estamos subindo com o Tinguá nos próximos dias para Angra (desta fez parece que finalmente vamos mesmo), era um bom momento para adquiri-la. Fizemos a encomenda e em menos de 15 dias já estava no Brasil.

Pois bem, ontem o Gunther esteve aqui em Florianópolis instalando a peça no Tinguá. Vamos checar ainda o seu desempenho, mas a "bichinha" já é o assunto entre os velejadores do Clube.


Quero destacar aqui a presteza, correção e atendimento do Gunther. Que bom seria se ao menos a maioria dos nossos fornecedores fossem assim. Com mais de 40 anos no mercado náutico e velejador experiente recomendo o Gunther Weber (gunthersailing@yahoo.com - 47-9984-4884).

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Mais uma Correção no Skipper30

Procedemos a mais uma correção no Tinguá. Desta vez substituimos o "sifão" da saída de água do motor feito em tubo de PVC marrom por outro confeccionado em aço inox.
















O que nos chamou a atenção foi a quebra do suporte do boiler no barco irmão Katana, o que poderia ter quebrado facilmente o "sifão" de PVC e provocado a entrada de água no barco, sabe-se lá com que conseqüências. Nas fotos, à esquerda o "sifão" original do estaleiro e na da direita o novo em inox.