No post Voltando Pra Casa - Parte 1 contamos como foi a nossa travessia Bracuhy - Florianópolis até Santos, onde tivemos que interrompe-la devido ao mau tempo. Pois bem, uma semana depois estávamos de volta ao ICS, em Santos, para completarmos a travessia. Eramos Nei Bittencourt, Saul Capella e Ricardinho Henrique Dias no Aquaviva, Beto Larsen e Geraldo Garcia no Parangolé e Luciano Pacheco e Eu no Tinguá. Devido a janela de tempo a travessia seria direta, sem a parada desejada na Ilha do Mel ou das Peças.
Disputei a regata de minioceano na Lagoa e às 19:00h, junto com o Luciano, pegamos o ônibus para Santos. Chegamos no Tinguá ajeitamos as coisas, esperamos dar 8 horas para o posto abrir e completarmos o tanque de diesel e às 08:30 estávamos zarpando. Agradeço ao Iate Clube de Santos e seus funcionários, clube conveniado com o nosso ICSC, que sempre nos recebe muito bem quando por lá passamos, seja na sede Guarujá seja na de Ilhabela.
No amanhecer do segundo dia (segunda, 24/10) tínhamos rumo 245º com vento fraco novamente pela proa e mar de 1-1,5m longo. Após às 11 horas foi chegando um E que custou a se firmar nos 6-7 nós. Só pela uma da tarde o E cresceu para 9-10 nós e o mar de SE agora de través e com menor amplitude. Ao anoitecer, no que colocamos o primeiro rizo o vento, rondando lentamente para NE, cresceu para 18-19 nós com rajadas de 21. A noite toda o vento se manteve em 9-10 nós, com muitos períodos curtos intercalados de 12-13 e 15-17 nós. O mar é que virou o "capeta" com ondas de 3m ou mais, curtas e de través. Já saímos querendo chegar na terça-feira (25/10) pela manhã pois havia uma frente fria chegando à noite (aqui no sul geralmente elas adiantam), quando na metade da tarde, no través da Ilha de São Francisco escutamos na rádio costeira um aviso de fortes ventos NNW previsto para em torno das 10 horas da terça. Aí então era preciso chegar rápido sob pena de ter de arribar para buscar proteção em alguma baía da região. Como tinha gasto diesel com parcimonia, aceleramos mais e empurrados pelo vento de popa literalmente "descemos morro abaixo". Até chegar andamos com média acima dos 7 nós.
Os pesqueiros foram um capítulo a parte. Sempre os encontramos mas nesta travessia ao cair a noite, na região entre Armação do Itapecorói e Itajaí, como que num passe de mágica o mar ficou qualhado deles. Eram muitos e próximos uns dos outros arrastando suas redes, vários bem grandes com uma quantidade enorme de luzes. Foram algumas horas de muita atenção e adrenalina.
Foi na conta certa. Atracamos no pier norte da sede Centro do ICSC-VI às 04:55h com NE de 8-9 nós, após 44:25h e 271 mn. Antes das sete horas já era N com cerca de 18 nós e às oito, já em casa, o tal NW chegou e por uma boa meia hora roncou acima dos 30 nós, com rajadas acima dos 40.
Bem, o Tinguá esta em casa novamente depois dos ótimos quatro meses na região de Angra dos Reis e Paraty. Tenho uma lista de coisas a ajeitar, mas logo estará pronto para outra.
Video com imagens da travessia
Fotos em www.picasaweb.google.com/lflbeltrao/angra2011.
Esperando o posto de combustivel do ICS abrir (Foto: Luciano Pacheco)
Saindo na Baía de Santos
Optamos por uma rota mais próxima a costa, mesmo aumentando a distância em cerca de 20 mn, pois o BuoyWeather previa ventos fortes em algumas regiões de mar aberto e assim estaríamos mais perto para procurar abrigo se necessário. No primeiro dia (23/10) saímos com vento SW de 11-12 nós "na cara" e mar de 1,8-2m com amplitude média na bochecha de bombordo. Mais tarde o vento rondou para nosso través a 8-9 nós e à noite para a popa até ficar uma aragem. Sempre que subo ou desço a costa com o Tinguá encontro golfinhos, em especial na região da Ilha da Queimada Grande. Desta vez não foi diferente. Eles nos brindaram com suas evoluções ao redor do Tinguá no início da noite à cerca de 20 mn após a Queimada.
Parangolé no través da Ilha Queimada Grande
Sol se pondo no mar, sempre muito bonito
No amanhecer do segundo dia (segunda, 24/10) tínhamos rumo 245º com vento fraco novamente pela proa e mar de 1-1,5m longo. Após às 11 horas foi chegando um E que custou a se firmar nos 6-7 nós. Só pela uma da tarde o E cresceu para 9-10 nós e o mar de SE agora de través e com menor amplitude. Ao anoitecer, no que colocamos o primeiro rizo o vento, rondando lentamente para NE, cresceu para 18-19 nós com rajadas de 21. A noite toda o vento se manteve em 9-10 nós, com muitos períodos curtos intercalados de 12-13 e 15-17 nós. O mar é que virou o "capeta" com ondas de 3m ou mais, curtas e de través. Já saímos querendo chegar na terça-feira (25/10) pela manhã pois havia uma frente fria chegando à noite (aqui no sul geralmente elas adiantam), quando na metade da tarde, no través da Ilha de São Francisco escutamos na rádio costeira um aviso de fortes ventos NNW previsto para em torno das 10 horas da terça. Aí então era preciso chegar rápido sob pena de ter de arribar para buscar proteção em alguma baía da região. Como tinha gasto diesel com parcimonia, aceleramos mais e empurrados pelo vento de popa literalmente "descemos morro abaixo". Até chegar andamos com média acima dos 7 nós.
Os pesqueiros foram um capítulo a parte. Sempre os encontramos mas nesta travessia ao cair a noite, na região entre Armação do Itapecorói e Itajaí, como que num passe de mágica o mar ficou qualhado deles. Eram muitos e próximos uns dos outros arrastando suas redes, vários bem grandes com uma quantidade enorme de luzes. Foram algumas horas de muita atenção e adrenalina.
Foi na conta certa. Atracamos no pier norte da sede Centro do ICSC-VI às 04:55h com NE de 8-9 nós, após 44:25h e 271 mn. Antes das sete horas já era N com cerca de 18 nós e às oito, já em casa, o tal NW chegou e por uma boa meia hora roncou acima dos 30 nós, com rajadas acima dos 40.
Bem, o Tinguá esta em casa novamente depois dos ótimos quatro meses na região de Angra dos Reis e Paraty. Tenho uma lista de coisas a ajeitar, mas logo estará pronto para outra.
Video com imagens da travessia
Fotos em www.picasaweb.google.com/lflbeltrao/angra2011.