sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

Dicas Sobre Charter no Caribe

Sem pretender esgotar o assunto ou ser o dono de toda a verdade, vou listar algumas dicas para aqueles que pretendem ou ainda apenas sonham com um charter num veleiro no Caribe. Sempre tem valia conhecer a experiência dos que já experimentaram, pelo menos Eu valorizo isto desde pequeno. Além de ter velejado do Brasil para lá na tripulação do veleiro Guga Buy (veja os posts ao lado esquerdo em Arquivos do Blog, de Novembro e Dezembro 2010 e Janeiro 2011), já fiz dois charters por lá com a família e amigos, justamente nas duas principais regiões desta pratica: BVI - Ilhas Virgens Britânicas (posts em Janeiro e Fevereiro de 2011, em especial este) e Grenadines recentemente (posts em Janeiro 2014). Vou focar mais neste último e recente, mas várias dicas são gerais.

A primeira dica é planeje e pesquise. Muitas horas de internet, veja voos, companhias de charters, atrações, sugestões de roteiros, clima e, importante, leia o que dizem quem fez o que certamente encurtará suas pesquisas, confirmará suas expectativas ou evitará "roubadas". Procure levar pouca bagagem, evite malas rígidas, aquelas de 30 kg nem pensar. Mesmo que em geral as empresas de charter possuam locais para guarda em suas bases, veleiros não possuem muito espaço de armazenamento. Vá com espírito de aventura e contato com a natureza, se você por acaso quiser ar condicionado, serviço completo, empregados a lhe servirem esta não é sua praia, faça um cruzeiro num transatlântico qualquer. A não ser nas ilhas americanas (Porto Rico e Ilhas Virgens Americanas) não é necessário visto. O domínio do inglês não é essencial, mas ajuda bastante, inclusive a socializar com os outros velejadores nas ancoragens.

Há dois tipos de charter: bareboat que é o veleiro por sua conta, sem nenhum tripulante, e com tripulante(s). No primeiro caso, é importante que você ou algum acompanhante tenha alguma experiência com veleiros. No Caribe costuma ter sempre vento de intensidade média para mais, sendo importante saber velejar e navegar (usar GPS e cartas náuticas, ancorar, atracar, etc). No segundo caso, você pode optar por ter um skipper que é alguém habilitado a comandar a embarcação. Pode-se também ter uma arrumadeira/cozinheira. A grande desvantagem é a perda da privacidade. Leve em consideração que haverão custos extras como seguro, taxas governamentais, de combustível, etc. perfazendo em torno de 15% do custo estipulado. As empresas de charter oferecem outros opcionais e serviços como transfers, sleep aboard (dormir a bordo na noite anterior ao inicio do charter), caiaques, providenciar o rancho.

Moyo o Beneteau 40' do charter nas BVI

Outra opção muito interessante, é uma variação do segundo caso, o aluguel de veleiros particulares com seus proprietários, como o que fizemos nas Grenadines. Muitos velejadores, em geral casais que vivem à bordo, reforçam seus orçamentos fazendo charters. Neste caso é recomendável ter conhecimento prévio ou indicação. Mas tem algumas boas vantagens: tripulação não profissional, mais amigável, experiente e com conhecimento da região, sem as taxas que falei acima, barcos mais bem equipados dos que os das cias de charters (mas cuidado, que às vezes podem ser velhos e mal conservados), vivenciar de fato a vida de velejador cruzeirista, domínio do inglês.

Cascalho o maravilhoso Lagoon380 do charter nas Grenadines

Já falei da questão voo aqui. O Caribe ainda não é um destino fácil a partir do Brasil. Pesquise bastante, há opções via Miami, Panamá, Bogotá e Caracas. E a que escolhemos as duas vezes foi pela Gol, que opera os únicos voos diretos. São voos semanais para Barbados e Curaçao-Aruba. Também para Punta Cana (Rep. Dominicana), este com várias frequências, mas complicado em conexões para outras ilhas. Dentro do Caribe a melhor opção é a empresa regional LIAT que opera em quase todas as ilhas.

Antes de zarpar abasteça o barco o máximo possível do que vai precisar durante seu período de charter. Provavelmente, vais embarcar numa cidade principal da região. Então faça aí o rancho de bordo. A comida em geral é um pouco mais cara que no Brasil (convertendo), principalmente horti-fruti, e nas pequenas ilhas e localidades mais ainda, além da dificuldade em encontrar muitos itens. Como já contei, nas ancoragens de maior movimento há pequenos empórios, os Yacht Provisioning, especializados em alimentos e bebidas de primeira linha trazidos de todo o mundo, mas caros para quem tem Real como moeda. Gelo é encontrado com facilidade mas é caro, a razão de 11 a 18 XCD o saco de uns 5 kg.

Outra providencia recomendada é ter um guia náutico da região, os chamados cruising guide. E os melhores do Caribe são os da Cruising Guides. Utilizamos nos dois charters. Neste das Grenadines o escrito por Cris Doyle para as Windward Islands, que abrange de Martinique a Grenade (de propriedade do Cascalho). Valem cada centavo investido pelas informações sobre os locais, ancoragens, mar, correntes, locais de suprimento e manutenção, bares e restaurantes, etc., etc. Não citei as cartas náuticas porque entendo que elas fazem parte da embarcação alugada.



 O Guia que utilizamos nas Grenadines

Velejador adora a vida simples junto a natureza mas não dispensa internet. É a maneira de obter informações gerais e meteorológicas, se comunicar com parentes e amigos, postar fotos e relatos. Na região das Grenadines, conforme já relatei no primeiro post da série, a operadora Digicel, que atua em todas estas ilhas e alguns países da América Central, tem planos pré-pagos interessantes e não cobra roaming de um local para outro. Por incrível que pareça, o sinal mesmo sendo Edge (E, na tela, anterior ao 3G) pegou em todas as ilhas e melhor do que em Florianópolis.

Nos barcos de lá é o padrão, mas se for para lá com seu próprio barco providencie uma âncora tipo Arado ou CQR (ou suas versões comerciais Delta,  Rocna). A Bruce não funciona bem no fundo usual lá que é duro e com vegetação rasteira (weed).

Nas ancoragens, invariavelmente serás assediado por nativos em seus botes típicos motorizados oferecendo poitas, peixes e lagostas, pães, frutas, transporte, camisetas e muito mais. Mesmo que não queira o que oferecem trate-os bem e seja amistoso. Em geral são boa gente e ficarão amigos se bem tratados.

Nos locais de visitação sempre tem bares e restaurantes. Procure saber no guia náutico ou nos barcos vizinhos qual é o mais frequentado pelos cruzeiristas. A melhor hora costuma ser no happy hour que inicia pelas 17h. Na primeira hora costuma ter descontos nos drinques. Não deixe de experimentar o drinque Painkiller, que nas BVI é ótimo.

Painkiller nas BVI

É normal homens banhando-se nus nas ancoragens e mulheres praticando topless, notadamente os europeus. Não se assuste nem fique indignado, é da cultura deles.


Em Tyrell Bay, Cariacou
  

segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

Charter nas Grenadines no Cascalho 3

No dia 23/12 (10º dia) seguimos para a ilha seguinte de nossa programação, Canouan a 6 mn. Só deixamos Salt Whistle Bay depois de aproveitarmos a manhã. Travessia tranquila e rápida com vento favorável de vinte e poucos nós. Ancoramos na Charlestown Bay em frente ao Tamarind Beach Hotel.

Canouan vista do norte. A seta é o local aproximado de nossa ancoragem. Bem ao fundo Mayreau.

A baía é bonita, a praia em frente ao Tamarind onde estávamos ancorados também, mas a vila é feia, sem graça e com poucos recursos. Mesmo assim completamos nossa dispensa de bordo comprando alguns itens faltantes (os que encontramos) no melhor, mas sofrivel mercado. Canouan tem uma barreira de corais protegendo sua costa leste (voltada para o Atlântico) e ali existem algumas baías que dizem ser muito bonitas como Glossy e Friendship. Cerca da metade da ilha é particular e nessa área existe um grande resort. Não vistamos nada além de Charlestown, mas deve ter atrativos pois na baía haviam 3 mega veleiros e no aeroporto 4 jatinhos top particulares.

Nossa ancoragem em Canouan vista do Tamarind (Cascalho à direita)

No dia seguinte cedo, terça feira véspera de Natal, deveríamos ter seguido para Mustique, uma ilha totalmente particular, onde a visitação é limitada a alguns poucos pontos, pois lá existem mansões de veraneio de várias  celebridades mundiais e, também, paga-se no mínimo três dias de permanência. Seriam 13 mn com vento forte de proa, pois a prometida baixa do vento pelas previsões ainda não se concretizara, para seguir no dia seguinte para Béquia. Achamos muito corrido e resolvemos pular Mustique e seguir direto para Port Elizabeth, na Ilha de Béquia, a maior e mais movimentada das Grenadines. Foram 11 mn de uma orça folgada.

Entrando na Admiralty Bay, ao fundo Port Elizabeth

Port Elizabeth fica no fundo da Admiralty Bay, uma grande e protegida baía coalhada de veleiros de todos os tipos e bandeiras. A vila é movimentada, tem uma boa estrutura e charme, principalmente na região do Belmont Walkway, uma calçada a beira mar com muitos bares, restaurantes, cafés. Mesmo sendo a maior das Grenadines as atrações para quem está de barco em Béquia concentram-se em sua maioria na Admiralty Bay.

 Pequenos comércios no inicio da Belmont Walkway

Gabriel pousando na parte final da calçada

Resolvemos os problemas de abastecimento ainda na parte da manhã. Encontramos um mercado melhor e um mercado público de frutas e verduras. No supermercado tudo bem os produtos são em geral etiquetados com os preços, mas nas bancas de frutas e verduras não e como não temos idéia do custo, ficamos com a sensação de que estamos sendo explorados e pagando ainda mais caro do que são estes produtos por lá. 

O mercado de frutas e verduras

À tarde mudamos de ancoragem, para um ponto próximo a Belmont Walkway e após o banho de mar descemos em terra novamente, agora para passear. Béquia é conhecida pelos seus excelentes artesões especializados em nautimodelismo. À noite começou a chover forte com bastante vento. Este tempo se prolongou por todo o dia de Natal. Chuvas esparsas e períodos de muito vento, tendo um cruzeirista relatado no rádio que marcou 43 nós. Passamos o dia inteiro a bordo, não era recomendável deixar o barco sozinho. Vimos vários barcos garrarem (termo usado quando a âncora não segura e o barco começa a se movimentar). Foi o único dia chuvoso, pois quase todos os dias chovia várias vezes mas era coisa rápida.

Véspera de Natal, loja fechada, só pela vitrine

Na quinta (26/12 - 12º dia) fomos ancorar um pouco mais para o fundo da Admiralty Bay bem próximo a Princess Margarete Beach. Nosso planejamento era seguir à tarde para a Blue Lagoon, na Ilha de St. Vincent, próxima a capital Kingstown, e na sexta feira fazer a trilha até a cratera do vulcão La Soufriére, com cerca de 1200m de altitude. Acabamos por desistir pois ficamos sabendo que as chuvas da noite de Natal causaram inundações em St. Vincent, inclusive com algumas mortes. O dia havia amanhecido maravilhoso, a água transparente e a praia muito gostosa, com direito a tartaruga nadando ao redor do barco.


Canto Norte de Princess Margarete Beach, vista do Cascalho...

...no canto Sul rochas erodidas

Gabriel, como sempre, passa horas no snorkel esquadrinhando o fundo para encontrar e capturar animais marinhos, digamos, menos comuns. Em Salt Whistle encontrou um Lyonfish, perigoso por seu veneno, que é exótico no Caribe, não tem predador ali e por isto sua eliminação é incentivada. Em frente a Princess Margarete pegou Moréia, Siris diferentes, Séphia, Barbfish (nosso Peixe Pedra, da família dos Peixes Escorpião, que possuem uma das mais poderosas toxinas conhecidas), Peixe Cofre Vaca, Linguado. Depois de devidamente documentados foram devolvidos ao seu habitat.

 Moréia

 Peixe Pedra, para eles Barbfish

A bacia do Gabriel, com suas criaturas estranhas

Permanecemos na mesma ancoragem na manhã de sexta (27/12), aproveitando a praia. Depois do almoço exploramos o fundo da Admiralty Bay de barco, onde existe outra linda praia a Lower Bay.

Admiralty Bay com muitos veleiros e Port Elizabeth ao fundo
 
 Lower Bay

Os grandes iates ancoram na entrada da baía

 Então, seguimos finalmente para St. Vincent a 8 milhas. Ventos em torno dos 20 nós sem ângulo para nosso destino em Blue Lagoon. Velejamos numa orça folgada até a frente de Kingstown e aí descemos em direção ao destino. Blue Lagoon é uma enseada protegida por recifes com um único passe de entrada, que tem um calado baixo, 1,8 m na maré alta. Chegamos no final da tarde e ficamos numa poita da Blue Lagoon Marina, a 15 USD a diária.


 Young Island, um dos points de St. Vincent, ao lado de Blue Lagoon

 Chegando no único passe do Blue Lagoon

Último por do Sol a bordo do Cascalho

E já chegou o dia de voltar para casa (28/12). Ainda fomos conhecer Kingston pela manhã num maxitaxi, as vans tipo lotação, como em St. George's. E bota lotação nisso. Chegamos no centro em 20 passageiros mais o motorista e o cobrador. Não me pergunte como coube. Os fabricantes de sardinha poderiam ir lá para aprender a colocar mais sardinha numa latinha. E na volta, depois de recusarmos entrar em várias superlotadas, foi um tour maluco pelos morros e ruelas. Ah! Se tivesse filmado iria bombar no YouTube. E Kingstown não vale a pena, sem atrativos dignos, feia e suja. 


 Jantar de despedida na última noite

Blue Lagoon Marina

Embarcamos à tarde, no acanhado aeroporto (um novo esta em construção) para Barbados, para pegarmos o voo da Gol no domingo de manhã. 

Foram duas semanas maravilhosas velejando no Cascalho. Luiz e Mauriane são ótimos e o Cascalho muito confortável. Recomendamos.

Mais imagens aqui e clip no YouTube.


Preventer do Tinguá

O velejador Ricardo Monteiro, do Sea Witch, postou um comentário no nosso post Preventer Simples e Barato, publicado em 08/08/2011, solicitando fotos de como prendi o cabo do preventer nos bordos do barco. Como pode interessar a outros leitores publico aqui.

Segue abaixo duas fotos mostrando o caminho que o cabo do preventer faz em cada bordo. Inicialmente, como postei naquela data utilizei as argolas fixadas no casco para os barber haul da vela balão, bem como o passador e mordedor deste mesmo sistema. Posteriormente, afim de melhorar o ângulo do cabo em relação a retranca mudei a fixação dos moitões para um dos pinos na ferragem de fixação dos estais laterais, como pode ser visto na segunda foto. Mandei confeccionar um novo pino mais longo com rosca na ponta, para rosquear uma porca com um arco soldado. Na foto não se vê direito, mas mantive a cupilha de travamento.



quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

Charter nas Grenadines no Cascalho 2

Na quinta (19/12), nosso quinto dia a bordo, saímos cedo de Hillsborough em Carriacou para Clifton Harbour em Union Island, que vem a ser a primeira ilha pertencente a St. Vincent and Grenadines para quem vem do Sul, a 11 milhas náuticas. E, portanto, tínhamos que fazer a entrada no país e pagar as taxas (cerca de 45 XCD por maior de 12 anos).

Union Island com Clifton Harbour ao fundo à direita

Saint Vincent and Grenadines também é um país insular com 389 km² e cerca de 125 mil habitantes, de lingua inglesa, com renda per capita de US$ 6.380,00 e usa o mesmo Dolar do Caribe Oriental (XCD) como moeda, com cotação fixa de 2,67 XCD por 1 USD.

Chegando na ancoragem com chuva

O vento continuava acima dos 20 nós e mais para NE, então tivemos de bordejar um pouco. Chegamos em Clifton debaixo de um pirajá (temporal rápido) e ancoramos no lagoon, protegido de mar e não de vento. Fomos para a terra fazer a entrada no pequeno aeroporto, que como quase todos no Caribe, tem uma cabeceira na base de um morro e a outra na beira do mar. Depois de cumpridas as formalidades burocráticas-arrecadatórias fomos conhecer a cidade. Como atração, a "piscina" de tubarões lixa do Anchorage Yacht Club (veja mais no clip).


 Os tubarões lixa

 Clifton e um pequeno avião pusando no "apertado" aeroporto

A ancoragem em Clifton protegida do mar pelos recifes

Em todos os locais de grande atracação de veleiros encontram-se as Yacht Provisioning que são pequenos empórios onde se encontra tudo de bom em termos de alimentação do mundo todo, naturalmente com preços bem salgados para quem recebe em moedas como Real ou Dolar do Caribe Oriental. Invarialmente, tais locais são de propriedade de estrangeiros de além Caribe e os nativos só entram ali como empregados. Em Hillsborough era a Pati's Deli aqui em Clifton a Captain Gourmet. Aproveitamos para comprar pão francês, mas novamente não haviam baguetes por conta de um problema com o forno, naquele exato dia.


Boas comidas e bons vinhos

Depois de almoçarmos a bordo seguimos para a Palm Island logo em frente, onde tínhamos programado de pernoitar. Palm tem realmente uma praia belíssima mas a ancoragem estava um pouco mexida. Decidimos antecipar a ida para Tobago Cays há apenas  3 mn dali, mas com ventão "na cara".


A linda praia de Palm Island

A aproximação de Tobago Cays pelo Sul é mais difícil e é preciso ficar muito atento com as cabeças de coral que quase afloram a superfície. Chegamos perto do por do sol e ancoramos entre as ilhotas de Petit Rameau e Petit Bateau. Ali forma-se um canal bem em frente a única pequena abertura no recife que protege as ilhas de modo que havia uma corrente de uns 3 nós com aquele vento. Menos mal que o local é paradisíaco, a água transparente, nenhuma marola e o barco ficava afilado.

 A aproximação a Tobago Cays precisa ser cuidadosa

O arquipélago e os dois pontos onde ancoramos

Vista dos recifes da nossa ancoragem

Todos os dias com este por do sol

Tobago Cays é um parque nacional e então é proibido pescar, pegar qualquer coisa, etc. e paga-se 10 XCD por dia por adulto para permanecer no parque, que é cobrado na própria embarcação pelos Rangers (guardas parque).

Na ancoragem em frente a Ilha de Baradel

Foram 3 dias maravilhosos, mesmo que o vento continuasse acima dos 20 nós. Na manhã seguinte após a primeira noite fomos ancorar em frente a Baradel, onde existe uma área demarcada com ancoragem proibida para proteção das tartarugas. Fizemos snorkel ali e vimos várias tartarugas tranquilamente comendo a vegetação do fundo. Bem como diversos peixes, arraias, lagostas. Fizemos várias outras sessões de snorkel em frente a ilha de Patit Bateau no lado voltado para os recifes e nas proximidades da nossa ancoragem, pois voltamos para a ancoragem inicial onde permanecemos até irmos embora, pois neste segundo ponto havia um pouco de swell que pegava o barco de lado.

A praia de Petit Bateau ao lado de nossa ancoragem

Lagostas no snorkel

Iguana na Ilha Petit Bateau

Enquanto Gabriel preferia mergulhar...

...Rafael se divertia na água

Outra característica das ancoragens na região são os nativos em seus coloridos botes motorizados oferecendo poitas e produtos variados como peixes, lagostas, camisetas, pães. Após muito negociar, compramos duas lagostas vivas por 100 XCD para o jantar. Por falar em alimentação, a amioria das refeições foram feitas a bordo, com as chefs Mauriane e Claci fazendo deliciosos pratos práticos. Para acompanhar cerveja do Caribe no almoço e vinhos chilenos no jantar, também lá o melhor custo/benefício.

Em Tobago Cays finalmente consegui a baguete, mas a 15 XCD

Café da manhã

Almoço

Janta

No dia 22/12 (9º dia) depois do café da manhã seguimos para mais um paraíso, a enseada Salt Whistle Bay ao norte da Ilha Mayreau, a 3 mn de distância, percorridos rapidamente só com 50% de genoa aberta. Trata-se de um istmo com a enseada calma de águas transparentes do lado de dentro e com poucos passos entre coqueiros a enseada para mar aberto, propícia para Wind e Kite Surf. Não há cidade, apenas um hotel fechado e alguns quiosques de nativos. Um lugar para ficar um bom tempo só na "vadiagem".

Não é linda?

Cascalho ancorado próximo a praia

Enquanto Gabriel capturava um perigoso Lyonfish...

...Eu e o Rafa fazíamos exercício no caiaque inflável do Cascalho

No próximo post os últimos dias...

Mais imagens aqui e clip no YouTube.