Deixamos Vero Beach na quinta feira (29/01) às 7:31h rumo Norte, com o objetivo de chegar até Cocoa (17.300 habitantes), numa perna de cerca de 46 milhas náuticas. Andamos tão bem, com média de quase 7 milhas, que chegamos na ancoragem próximo a Cocoa Bridge às 14:15h. Usamos os motores em 2000-2200 rpm e mesmo na maior parte do trecho tendo bastante largura e boa profundidade velejamos pouco com o vento fraco e de proa.
Tivemos dois fatos diferentes nesta etapa. O primeiro foi encontrarmos centenas de pássaros de diferentes tipos pousados sobre a água, no leito da ICW. Não sabemos o motivo, mas foi emocionante navegar no meio deles.O segundo foi que o Gabriel fisgou o maior peixe de sua vida. Apesar de todo seu esforço, de queimar a mão, não deu para segurar. A linha arrebentou e a rapala foi embora com o peixe.
Encontramos centenas de vários tipos de pássaros no caminho.
Foi fantástico navegar entre eles.
Além das cartas náuticas eletrônicas Navionics no chartplotter e iPad, utilizamos bastante a versão para tablet do guia CruiseGuide for the Intracoastal Waterway, de Mark e Diana Doyle. É excelente, com todas as dicas ao longo do caminho. Além de amplas informações gerais ele relata a waterway mile-by-mile. É por ele que escolhemos as ancoragens e até aqui tem batido corretamente todas as informações.
Uma página da seção mile-by-mile do guia
Cocoa é uma pequena cidade com um charmoso centrinho, as margens do Indian River, bem próxima a Cape Canaveral. Tem uma loja de ferragens sui generis fundada em 1885, a S.F. Travis & Co. Atravessando a grande ponte sobre o Indian River temos a Merritt Island, bem grande. Aí atravessa-se o largo Banana River e chegamos em Cocoa Beach, a faixa de terra antes do Atlântico. São cerca de 14 km de uma a outra. Apesar do mar pequeno é um point de surf e nasceu e começou a surfar ali o Kely Slater (11 vezes campeão mundial). Tem uma famosa e enorme surf shop que dizem ser a maior do mundo.
Cocoa Downtown
A ancoragem em Cocoa, vista da ponte
Cocoa Beach
A big surf shop
Nesta viagem uma função a bordo já perdi: a de piloto do dingue. Os meninos não me deixam mais por a mão no manete. Já dominam ele, e olha que não é pequeno, com 3,20 m e um motor de 15 HP.
Rafael, o mais novo, tocando o dingue
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