sexta-feira, 15 de janeiro de 2016

Explorando Exumas 2 (Staniel Cay)

No dia 03/01 saímos de Rocky Dundas para Staniel Cay um dos pontos de maior atração das Exumas. Levamos cerca de 2 horas, com vento contra SE de 14-15 nós. Staniel é linda com várias ilhotas e alguma estrutura com uma vila, vários hotéis, um yacht club e pista de pouso bem movimentada por pequenos aviões. Aqui fica a famosa gruta Thunderball onde foi filmado parte do filme de mesmo nome (aliás, a caverna antes conhecida por Grotto é que adotou o nome do filme), um dos primeiros da série 007 com o agente James Bond.


Chegando em StanielCay 

Um dos resorts 

Ancoragem em frente ao Grotto, ao fundo o cut de Staniel 

Avião chegando

Fomos ancorar direto em frente a ilhota onde fica a caverna. Mas acabamos não entrando na mesma. A maré estava muita alta e com muita corrente. Fizemos snorkel pelo lado de fora e depois fomos conferir outra das atrações a Pig Beach, onde vivem porcos selvagens que são alimentados pelos navegadores. Quando se aproxima alguma embarcação da praia eles entram na água e nadam até ela para receberem comida. Dali rumamos para pernoitar em Black Point no cay seguinte de Great Guana.


Porco na Pig Beach 

Alimentando os porcos

No dia 07/01 às 17:40h ancoramos novamente em frente ao Grotto em Staniel Cay. Dia seguinte exploramos a região de dinghy, andamos de caiaque e por volta das 11h com a maré e a posição do Sol adequados eu e Gabriel entramos na famosa caverna. Ela é realmente impressionante. Entra-se por um lado em meio a rochas e pode-se sair pelo outro lado com um pequeno mergulho. Depois de almoçar rumamos para Warderick Wells sede do Exumas Cays Sea & Land Park, a 19 mn.


Por do Sol em Staniel Cay 

Explorando de dinghy 

Caiaque em frente a ilha do Grotto 

Dentro da caverna, ao fundo a entrada 


Buracos no teto por onde o Sol ilumina 

Peixes no interior da caverna


quinta-feira, 14 de janeiro de 2016

Explorando Exumas 1

Os 10 dias que ficamos presos na Florida sem condições para cruzar para as Bahamas pesaram muito na nossa programação. Sendo que no dia 5/1 teríamos a chegada de um casal amigo em George Town (no Sul das Exumas) que embarcam de volta,  junto com a esposa que precisa voltar ao trabalho, no dia 11/01 em Nassau. Nos restaram então 5 dias para chegar na Great Exumas Island (onde fica George Town) e outros 5 para o retorno a Nassau. Num caminho direto são cerca de 130 milhas náuticas. Acontece que as principais atrações da região ficam entre 30 e estas 130 milhas.

As Bahamas são formadas por centenas de ilhas de todos os tamanhos, em geral chamadas de cays por suas características, agrupadas em várias regiões e espalhadas por uma grande área do Atlântico Norte. Entre os vários grupos mar profundo e grandes bancos de areia com profundidades de poucos metros, águas transparentes e corais. Pelo clima e outras características é parte do Caribe. Exumas é um destes grupos de cays e ilhas posicionados de Norte para Sul, iniciando a cerca de 30 mn a Leste de Nassau, com pequenas passagens de Leste para Oeste entre elas, os cuts. Pelo lado de dentro (Oeste) o Great Exumas Bank com as atrações e pelo lado de fora (Leste) o Exumas Sound uma área de oceano com profundidades acima dos 1.000 m. É uma região de natureza belíssima, pouco urbanizada. A cidade principal é George Town, na verdade pouco mais que uma vila, localizada na maior ilha da região, a Great Exuma.

Saímos de Nassau por volta das 9:15h do dia 1° do ano e percorremos 46,8 mn até Hawksbill Cay. Vento SE de 11-12 nós e mar com marolas de 0,6-0,9 m. Passamos pelo Yellow Bank onde a navegação é visual pelas baixas profundidades. Chegamos as 16:45h e pudemos curtir pela primeira vez as águas transparentes das Bahamas. Exumas, finalmente aqui estamos nós!

Navegação visual no Yellow Bank

Arco-íris no caminho para as Exumas 


Dia seguinte após passear de dinghy pela costa com pequenas caves e curtir a deserta e linda praia, enquanto Gabriel fazia snorkel, rumamos para Rocky Dundas, a 21 mn. É uma ilhota com um dos famosos pontos de snorkel da região. Ancoramos ao lado na pequena enseada da private Fowl Cay. Rocky Dundas foi legal mas não chegou ao nivel de Abrolhos, pouca vida marinha. Aliás vimos mais na ancoragem com diversos peixes, uma enorme Barracuda embaixo do barco (que infelizmente estava sem a GoPro e não pude registrar), uma tartaruga e arraias passeando.

TinguaCat em Hawksbill Cay 


Sunset em Hawksbill Cay 

Peixes sob o TinguaCat 

Ancoragem em Fowl Cay

Avião na ilha particular de Fowl Cay 

Sunset em Compass Cay visto de Fowl Cay

Rocky Dundas 

Snorkel em Rocky Dundas


quarta-feira, 6 de janeiro de 2016

A Dureza Continuou até Nassau

A tripulação (esposa e filhos) estão quebrando todos os seus recordes, a maior travessia, o pior mar e nesta travessia a primeira navegada noturna. Tínhamos as 83,4 mn até nosso pernoite em Chub Cay. A intenção era sairmos às 7h da manhã, mas o estilo de levar a vida caribenho não nos deixou. O pessoal da marina nos havia dito que funcionava 24h e poderíamos sair a hora que quiséssemos, só que eles só chegaram às 8h para podermos pagar a conta. Partimos às 8:20h e após 8 mn com mar baixo e algum ângulo para velejar pegamos o Great Bahamas Bank com marolas de até mais de metro e vento SE pela proa de 18-23 nós.  Foram desconfortáveis 14,5 h até nossa ancoragem de pernoite ao lado do canal de entrada de Chub Cay, que faz parte das Berry Islands, onde chegamos às 22:40h.

Cargueiro encalhado no Great Bahama Bank 

Mar mexido... 

...mas Por do Sol lindo

Às 08:20h (31/12) partimos novamente para as 39 mn até Nassau. Pegamos o NE New Providence Channel que é mar aberto, com as mesmas condições da travessia da Florida para Bimini. Vento SE de 16-22 nós e mar  muito mexido com ondas de até 2 m. Entramos no canal de acesso ao porto de Nassau às 15:20h. Passamos pelo porto de navios de cruzeiro e o comercial, pelas duas pontes com 69 pés de altura e fomos para a Nassau Harbour Marina and Club.

Tomamos banho de piscina e “dessalgamos” o TinguaCat com uma boa mangueirada. Na frente da marina há um centro comercial com várias lojas americanas, inclusive Starbucks, e um excelente mercado com praticamente tudo o que tem nos da Florida. Os preços é que são assustadoes para quem ganha em Real do PT. Por exemplo, um pacote de pão 12 grãos, da mesma marca comprada na Florida a 2 por $5, custa $8,59. A passagem de ano foi a bordo, só entre nós e observando os vários shows pirotécnicos.

Entrando no porto de Nassau 

O famoso complexo turístico Atlantis 

As pontes 

TinguaCat na marina 

Os fogos na orla de Nassau


segunda-feira, 4 de janeiro de 2016

Chegamos nas Bahamas

Foi demorado e duro mas finalmente chegamos nas Bahamas. Zarpamos de nossa ancoragem na Belle Isle, em Miami, às 6h de terça feira (29/12) e chegamos na Browns Marina, em North Bimini Island, por volta das 16h. Foram 52 mn de travessia com mar muito mexido e vento SE de 16-22 nós pela proa. Precisamos fazer um ângulo mais para o Sul para melhorar o conforto da navegação. Mas não podíamos dar muito ângulo para não ficar contra a Gulf Stream. A umas 15 mn do destino mudamos o rumo agora para NE o que nos deixou com a corrente favorável e a navegada mais confortável. A entrada do canal de acesso  a North Bimini é complicada e um veleiro de mais de 50 pés que ia a nossa frente encalhou. Felizmente eles conseguiram se safar.

 Saindo no canal de entrada do Porto de Miami

Entrando em North Bimini

Tínhamos que dar entrada no país e queríamos comprar um chip de celular. Como não conhecíamos e não sabíamos se podíamos ancorar, optamos por ir para a Browns Marina. Nos amarramos no píer e fui atrás do customs e imigration. Depois de devidamente legalizados e de pagar US$ 320,00 de taxas fomos atrás do chip de celular. Compramos um da BTC por US$20 com $5 de crédito mais $30 dolares por 2 GB e $5 de taxas. A moeda local é o Bahamian Dollar, que vale um dólar americano. No entanto, o dólar americano é aceito normalmente em todos os lugares, inclusive nas repartições públicas.

TinguaCat ao amanhecer na marina 



A tripulação se comportou muito bem na travessa, mesmo com as condições desconfortáveis. Mas chegamos todos exaustos, então foi jantar e cair na cama que no outro dia teríamos uma longa perna. 

segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

Bahamas - Tão Perto Tão Longe

Era para termos feito a travessia de cerca de 50 mn da Florida para as Bahamas entre 18 e 20/12 mas os ventos Alísios chegaram e esta difícil de conseguir uma boa janela. Temos tido muito vento SE e E e mar mais alto com ondas muito curtas. Pelas previsões esperamos atravessar na próxima terça feira (29/12) ou na quarta.

A esposa e os filhos Gabriel e Rafael chegaram no último dia 13. No dia 17/12 saímos da private dock em que estava em Pompano Beach para a Lauderdale Marine Center em Fort Lauderdale, para resolver um problema com o refrigerador e os últimos preparativos, numa distância de 12 mn, passando por 9 pontes de abrir. Subimos quase 5 mn no New River na direção  Oeste, afastando da costa. É um trecho muito bonito mas difícil em função das 5 pontes de abrir, sendo que 4 são muito próximas, questão de 400 a 700 m. O rio é estreito, cheio de piers com embarcações em geral enormes e a corrente e vento lateral dificultam manter o barco enquanto se espera uma ponte ser aberta. Na marina prezamos da companhia dos amigos Luiz e Mauriane que lá estavam aprontando seu catamaran Cascalho para voltarem ao Caribe.

New River 

TinguaCat na LMC

Na quarta (23/12) saímos da marina para pernoitar no Lake Sylvia, uma ancoragem ao lado da IntraCoastal Waterway a cerca de 2 mn da barra de Port Everglades, com somente uma ponte de abrir no caminho, pois na quinta teríamos um mar mais baixo de 1,2 m. Infelizmente, ao levantar às 4:30h me deparei com uma mensagem no celular comunicando uma importante perda familiar. Acabamos por perder a hora para zarpar. Mais tarde resolvemos então descer até Miami para esperar lá a próxima data com condições adequadas.

Ancoragem no Lake Sylvia, Ft. Lauderdale

Passamos a ponte da 17th Street e subimos a vela grande antes de sair na barra. A saída na barra de Port Everglades com mar de uns 3 m, ondas curtas e maré vazando foi como cavalgar um cavalo chucro. Mesmo na linha das 3 mn da costa o mar tinha mais que os previstos 1,2 m. Só baixou de 1 m próximo a barra do Porto de Miami. O vento ficou entre 15-20 nós e a medida que descemos os 30° de ângulo com o vento foram aumentando até 50°, o que nos propiciou uma boa velejada no trecho final.  Ancoramos junto a Belle Isle no lado de dentro de South Beach, a poucos metros do inicio da Lincoln Road.

Velejando com mar mais baixo 

A 3 milhas náuticas da costa 

Entrando na barra do Porto de MIami

Foi uma boa decisão ter descido para Miami. A ancoragem é muito boa, temos opções de passeios, até uma ilhota próxima com uma prainha e estamos mais próximos de Bímini/Cats Cay.


 Ancoragem em South Miami Beach

A Belle Isle  

Prainha na Flager Island 

Lua cheia em Miami Beach 

Sunset em Miami Downtown


sexta-feira, 11 de dezembro de 2015

Captando Água da Chuva

Como bem sabemos energia e água são os dois recursos limitados em um veleiro. Para melhorar o fornecimento de água é possível captar água da chuva. Há várias maneiras de se captar água da chuva em um veleiro. Uma das minhas "invenções" neste mês aqui em Pompano Beach foi finalizar um sistema para tal. A idéia veio de um Lagoon380 de uma família francesa que navegou pelo Caribe

Nos Lagoon380 a água que escorre do teto do saloon é captada nas canaletas laterais das tampas dos dois paióis situados logo a frente dele e do mastro, onde ficam os dois tanques de água. Ali há um ralo que leva esta água por uma mangueira para fora do barco. Instalei um registro de 3 vias neste ralo de modo que em uma posição continuasse a descartar a água e na outra desvia ela para um filtro, destes comuns de 5 micron, e deste para o tanque de água. Em situação normal, quando se lava o barco, etc. a chave fica na posição "OUT", isto é descartando-a como normalmente. Quando esta chovendo e se quer captar água muda-se a posição para "FILTER". Simples, barato e eficiente. A maior dificuldade foi achar o registro de 3 vias e ter de trocar o ralo por causa da bitola do registro. Fiz só no paiol de bombordo com o tanque deste, pois o outro tanque recebe do watermaker.

 
O sistema

O registro de 3 vias 

A instalação no paiol de BB, note-se as canaletas e o ralo



quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

Esperando a Família

Estou num pier alugado numa residência em um canal em Pompano Beach, no Sul da Florida, esperando pela liberação do trabalho e escola da esposa e os filhos Gabriel e Rafael, que chegam neste final de semana. Enquanto isto vou diminuindo a lista de coisas a fazer no barco e inventando melhorias. Preparando-o para a travessia para as Bahamas. A lista do que fazer nunca esteve tão pequena, mas em barcos ela nunca se encerra...


Ótimo local onde estamos

Nos finais de semana aproveito uma promoção e alugo um carro de sexta a segunda. Assim faço o que precisa do carro e passeio pela região. Durante a semana me viro com a bicicletinha dobrável. A região em que estou é excelente e tem ciclo faixas por tudo, além de que aqui eles repeitam os ciclistas. Também tenho tido contato com alguns brasileiros, principalmente o Luiz e a Mauriane do catamaran Cascalho que estão em uma marina em Ft. Lauderdale, finalizando os preparativos para a próxima temporada no Caribe. Até fui num jantar com o tradicional peru no Dia de Ações de Graça (thanksgiving) na casa de brasileiros em Boca Raton, amigos do John Vieira (do veleiro Bulimundu).


Lauderdale By The Sea, a região de Pompano Beach onde estou é muito agradável: