quarta-feira, 29 de junho de 2011

CCV2011 - Quitiquara

A saída da Praia da Estopa sofreu um pequeno atraso pois o cachorro do veleiro Manucaiá (Aladin30) havia desaparecido na ilha, na suposição dos donos atrás de uma cadela no cio. Somos 25 veleiros neste II Cruzeiro Costa Verde, cerca de 60 tripulantes, 2 crianças e 6 cachorros, segundo a última contagem. As 10:30h suspendemos âncora, mesmo sem o retorno do garanhão. A rota até a Praia de Quitiquara, no lado leste da Ilha de Itacuruçá previa 7,7 mn, num caminho mais longo pois contorna quase toda a Ilha de Itacuruçá, passando pelo canal entre a ilha e o continente. Vento praticamente zerado, mas nossa vela grande toda em cima. Não gosto de ver veleiro andando sem velas, só no motor. Parece um pássaro sem asas...Abrindo um parenteses, lembrei que ao largar as amarras do pier na Marina Bracuhy subimos a vela grande e um gaiato qualquer nos gozou do pier dizendo para assoprarmos ou abanarmos as camisetas. Foi só sair da Marina e tivemos bons ventos até a Ilha Grande.

 A flotilha deixando a Praia da estopa

Fizemos uma parada na Praia das Flexeiras, na ilha em frente a cidade de Itacuruçá, para fazer as compras para o churrasco na Praia de Quitiquara. Vários veleiros aproveitaram para compras diversas e encostaram no cais do posto de combustível para abastecer de combustável e água. Como não precisávamos de nada permanecemos no Tinguá, usando uma poita "emprestada" de algum pescador.

Seguimos viagem até Quitiquara agora com uns 7-8 nós de vento pela frente. O Gameio ia rebocando seu bote cheio de cerveja já no gelo. Ancoramos exatamente às 15:00h. E logo mergulhamos. O sol estava quente e a água só se sentia fria na entrada. Antes de sairmos da água tomamos nosso "banho ecológico", como meus filhos Gabriel e Rafael chamam. O tal banho consiste em se ensaboar com shampoo infantil neutro, mergulhar para tirar o shampoo e sair da água e secar rapidamente, não dando tempo para a água evaporar. Deste modo o sal não fica no corpo. Até poderíamos tomar uma duchinha de água doce ao sairmos do mar, temos água suficiente para tanto, mas não é preciso.

Flotilha ancorada em Quitiquara

Depois descemos o botinho e fomos para terra, ou melhor areia, para o churrasco e confraternização com os demais velejadores. Havia uma barraca de praia onde a proprietária preparava deliciosos pastéis e caldo de peixe. Vendeu muito bem, nós tomamos dois caldinhos cada um, até porque com o cair da tarde o frio chegou. Rogério do Gameio pilotou a churrasqueira e vários barcos prepararam acompanhamentos como saladas e farofas. Nós que somos quase zero na cozinha só levamos uma cachacinha mineira. Mais tarde teve até fogueira na praia para esquentar.

 
Conhece canoa de cerveja? No CCV2011 tem bote de cerveja

Veja aqui a localização de Quitiquara.

terça-feira, 28 de junho de 2011

CCV2011 - Praia da Estopa

Saimos do Saco do Céu depois das 10:00h num dia nublado com chuvas fracas esparsas, com a vela grande no primeiro rizo. A medida que íamos deixando a Enseada das Estrelas o vento do quadrante sul ia se mostrando. A princípio mais fraco (8-10 nós) numa orça apertada para nosso rumo 90. A medida que avançamos nas 17 mn até a próxima ancoragem na Praia da Estopa, na Ilha de Jaguanum, já no interior da Baía de Sepetiba, o vento foi rondando para leste e aumentando. Quando já atravessávamos o canal entre a Ilha Grande e o continente estávamos com ele no través com 16-18 nós (máxima chegou a 22,4 nós) e com mar de quase um metro bem picado na aleta de boreste. Foi a maior velejada até agora, desde que saímos de Floripa, chegando a picos de 8,4 nós de velocidade. Ao nos aproximarmos do destino o vento amainou para 12-14 nós e passou para uns 150 a BE.

A Praia da Estopa em dia chuvoso (27/06/11)

Ancoramos na pequena baía da Praia da Estopa por volta de uma hora da tarde, com uma chuvinha fina, com 4m de profundidade. A praia abriga uma pequena comunidade de pescadores e uma meia dúzia de casas de veraneio. Tem luz elétrica e um sinal de celular titubeante, edm especial o da TIM, minha operadora. No final da tarde o pessoal conseguiu autorização para utilizar a varanda da maior casa de veraneio (a de janelas amarelas) onde boa parte dos participantes se reuniram para uma happy-hour com música ao vivo a cargo de Suzy, Vitor, Zé Toriba e Eduardo.

O happy-hour em terra

Hoje amhanheceu outro dia, limpo, lindo e ensolarado (compare as fotos) e vamos zarpar logo mais com destino a Praia de Quitiguara, na Ilha de Itacuruçá. Mas a noite foi um pouco balançada, principalmente por umas quatro vezes quando passou alguma embarcação veloz fora e provocando muitas marolas.

A Praia da Estopa em dia ensolarado (28/06/11)

Veja aqui a localização da Praia da Estopa.
Mais fotos em www.picasaweb.google.com/lflbeltrao/costaverde2011.

segunda-feira, 27 de junho de 2011

CCV2011 - Saco do Céu

Largamos no II Cruzeiro Costa Verde (CCV), promovido pela ABVC, às 11:00h do domingo (26/06), da Marina Bracuhy, na região de Angra dos Reis, num total de 25 veleiros. O CCV é um mini cruzeiro de 7 dias que passa por alguns pontos da costa leste da Ilha Grande e explora a Baía de Sepetiba. Neste ano as paradas serão no Saco do Céu, Abraão e Sitio Forte, na Ilha Grande, e nas Ilhas de Jaguanum (Praia da Estopa), Itacuruçá (Praia de Quitiguara) e Martins, na Baía de Sepetiba.

CCV2011 largando no canal da Marina Bracuhy

Na tripulação estamos Eu e o Beto Larsen, do veleiro Parangolé, que acabou substituindo o Nei Bittencourt que preferiu ficar "lambendo" o novo brinquedo.

Os veleiros do CCV2011 com Bracuhy ao fundo

A primeira perna foi do Bracuhy até o Saco do Céu, na Ilha Grande, distante 18 mn. Muitos dizem que na Baía da Ilha Grande não venta, mas foi o maior trecho velejado até aqui pelo Tinguá. Ventos na casa dos 11-13 nós, desde a Baía da Ribeira (numa orça apertada) até próximo a Enseada das Estrelas (num través, depois orça folgada). Chegamos no protegido Saco do Céu, sem vento, por volta das 14:00h ficando numa ads poitas do Restaurante Coqueiro Verde. O dia que era lindissimo fechou para o final da tarde e entrou um vento pré-frontal a frente fria com rajadões que batiam nos 30 nós. Alguns veleiros foram obrigados a re-ancorarem, procurando a região junto a costa sul do saco. Este vento que desce os morros em rajadas, mesmo em lugares muito protegidos, já havia pego duas vezes no Sitio Forte, nunca no Saco do Céu. A noite toda tivemos pancadas de chuva e períodos com os nossos wililwaws (o vento catabático da Antartida) soprando.

O Saco do Céu com vento

No inicio da noite a maioria dos participantes se reuniu para jantar no Coqueiro Verde.

Veja aqui a localização do Saco do Céu.

sábado, 25 de junho de 2011

Encontro ABVC 2011

Esta subida do Tinguá ao sudeste foi planejada para que pudéssemos participar de três importantes eventos da vela brasileira. A Semana de Vela de Ilhabela, o II Cruzeiro Costa Verde e o IX Encontro Nacional da ABVC.



O Encontro da ABVC acontece todos os anos na Marina Bracuhy no feriadão de Corpus Christi. A ABVC é a Associação Brasileira de Velejadores de Cruzeiro. O encontro é uma grande confraternização de velejadores cruzeiristas onde ocorrem palestras, workshops, exposição de fornecedores, discussões e muita conversa, troca de experiências e festas (são três jantares festivos). 


Foi a primeira vez que consegui estar presente num Encontro, e melhor que a bordo do Tinguá, que ficou muito bem atracado no Cais Lars Grael caixa 6. Daqui a pouco teremos o jantar de encerramento. Amanhã iniciamos a participação no outro evento, o Mini Cruzeiro Costa Verde.
  
  Aula de segurança em embarcações para o público infantil

quinta-feira, 23 de junho de 2011

Encontro ABVC 2011 - Paraty-Bracuhy

Largamos as amarras do pier da Refúgio das Caravelas às 09:20h da manhã para percorrermos as cerca de 24 mn até a Porto Marina Bracuhy, sede do Encontro da ABVC e onde o Tinguá vai ficar, pelo menos até agosto. Agora éramos três veleiros pois o Nei seguia no Dona Rô (Velamar32), seu novo brinquedo. Mais alegre que pinto no lixo.

O Dona Rô e o Parangolé na saída de Paraty

Ao contrário dos dias anteriores este já amanheceu nublado, com cara de chuva. Nos acompanhou por quase todo o percurso um ventinho de 6 até 9 nós, numa orça apertada, que com a grande ajudava. O mar flat. Paramos na Ilha de Paquetá para almoçarmos a carne com legumes e molho curry do chef  Polaco. Peguei emprestada a poita do bar flutuante Bicho do Mar e o Parangolé e o Dona Rô amadrinharam no Tinguá.

Amadrinhados em Paquetá, depois de almoçar

Chegamos no Bracuhy as 16h e fomos recebidos pelos velejadores-residentes, como o Ceccon, que nos recepcionam e dão apoio na atracação, nos encontros da ABVC. Estamos aqui muito bem instalados  no Cais Lars Grael, na "boca do gol" como se diz. Reencontrando os inúmeros amigos que fizemos em outra velejadas.


O Tinguá, ao lado do Isadora, no Cais Lars Grael, na Marina Bracuhy

O único senão é que estamos sem o carregador inteligente de baterias que está com um curto-circuito desde Paraty, o que nos obriga a ligar o motor diariamente para carregar as baterias.

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Encontro ABVC2011 - Ilhabela-Paraty

Soltamos da poita do ICS em Ilhabela as 03:20h da manhã para fazermos as 74 mn até a marina em Paraty. Sempre com a mestra em cima conseguimos uma boa velejada até a saida do Canal de São Sebastião com vento N de 15 nós. Mas foi só. Depois raramente ele passou dos 4-5 nós. Então foi com o "vento de porão" mesmo, sempre "fiel" em toda nossa travessia. Mar baixo, ondas espersas, dia ensolarado, típico de outono. Após dobrarmos a Juatinga almoçamos um delicioso penne preparado pelo Polaco, que com a sopinha do domingo à noite em Ilhabela vem mostrando seus dotes culinários, para deleite do Nei e Meu que somos quase zero neste quesito.

 
A Ponta da Juatinga em dia de mar calmo

Chegamos na Marina Farol de Paraty exatamente as 15:20h, depois de 12 horas de travessia. Lá o Nei passou um monte de tralha para seu novo barco, o Dona Rô (e aí, Dona Rô e Alberto como vão vocês? já encontraram um barco novo?). Em seguida rumanos para a Marina Refúgio das Caravelas onde ficamos, sempre com o Parangolé. Encontramos muitos amigos como o Zé Toriba e esposa, Alfred do Tuareg, Cris e o Janjão que nos presenteou com deliciosos pãezinhos, ainda quentes, no café da manhã.

As marinas de Paraty, na Praia da Boa Vista

Na terça (21/06) enquanto o Nei tomava posse do seu novo brinquedo fomos, mais o Giovani tripulante do Paramgolé, numa caminhada até o centro de Paraty fazermos turismo. Os dois não conheciam e Eu da última vez que estive aqui foi em 2001. Por falar em Paraty é com "y" mesmo, depois de muita discussão oficializaram a grafia "Paraty". Almoçamos num lugar muito legal o Paraty 33 na rua da Lapa. A noite voltamos todos, menos o Beto, para tomar chopp e lanchar no Coupé, em frente a praça da Igreja Nossa Sra. dos Remédios. Foi muito agradável rever Paraty.

  Uma das charmosas ruas do Centro Histórico de Paraty

 O Bar e Restaurante Paraty 33

Daqui há pouco estamos zarpando para o Bracuhy.

terça-feira, 21 de junho de 2011

Encontro ABVC2011 - Floripa-Ilhabela

Mesmo com o NE na casa dos 16-18 nós saímos às 10:05h de sexta-feira (17/06) do Veleiros da Ilha rumo a Ilhabela, nossa primeira etapa da travessia para o Bracuhy, em Angra dos Reis, onde se realizará o IX Encontro Nacional da ABVC. As previsões nos diziam que o NE iria morrer até o início da noite e haveria um período de pouco vento até o domingo. Após, o NE no sul e o ENE mais acima voltariam com bastante intensidade. No sábado entraria uma frente sul em Floripa mas muito fraca, antes da volta do NE. Junto conosco partiu o Parangolé (Van der Stadt 29).


O mar do primeiro dia e o Parangolé sempre nos seguindo
 
Não podemos nos queixar da travessia. É verdade que tivemos o NE na cara (chegou a picos de 21 nós) até o final do primeiro dia, mar baixo mas picado até pela meia noite, ventos fracos e inconstantes durante todo o resto do percurso, que permitiram alguma velejada ou uma ajudinha, pois a mestra estava sempre em cima, mas o motor não foi desligado nunca. Por outro lado pegamos lua cheia, tempo bom com temperatura mais quente do que a dos dias anteriores e mar baixo. Até foi a travessia Floripa - Ilhabela mais rápida do Tinguá, completamos as 300 mn em exatas 49:10h.

O primeiro amanhecer no mar (O Polaco não deve esquecer...)

Chegamos em Ilhabela direto no posto de combustiveis do Pier dos Pescadores para completar o tanque com Diesel Verana e depois pegamos uma poita na sub-sede do Iate Clube de Santos onde, como sempre, fomos muito bem recebidos pelo gerente Guto e seus auxiliares.

 O Tinguá na poita do ICS em Ilhabela

 Uma foto turística no pier da Vila, em Ilhabela

Depois de um bom e relaxante banho fomos para o programa básico de uma parada em Ilhabela: almoço no Cheiro Verde, sorvete no Rocha (sabor Macaco Louco) e um café na Ponto das Letras. Descansamos cedo para sairmos por volta das três da manhã para Paraty.



sexta-feira, 17 de junho de 2011

Estamos Saindo Hoje

Estamos saindo logo mais por volta de 09:00 horas na nossa travessia até a Marina Bracuhy, em Angra dos Reis. Vamos no Tinguá além de mim o Nei Bittencourt (recente comoprador do Velamar 32 Dona Rô) e o Luiz Carlos Poyer (o Polaco). Seguiremos direto para Ilhabela para aproveitar a pequena janela que temos com mar bom e ventos não favoráveis mas, ao menos,  mais fracos. segue junto conosco o Parangolé (antigo Guga Buy) do Beto Larsen, acompanhado do Giovani Dal'Grande.

Estes últimos dias foram de intensas atividades para deixar tudo pronto. Ainda ontem a tarde quando encostei o Tinguá na bomba de combustível do ICSC-VI tive problemas com o comando do motor. Bem, trocamos os cabos do comando pois os antigos não estavam 100%.

Acompanhe-nos pelo spot com mensagens no twitter do Tinguá (@veleirotingua).

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Em Salvador, mas sem barco

Neste final de semana estivemos em Salvador para as comemorações do casamento e aniversário do meu cunhado, que mora lá. Vi uma interessante exposição de fotos de saveiros, de autoria do fotógrafo Nilton Souza. Fotos muito bonitas.


Não consegui comer um acarajé, pois qando fui fazê-lo no Acarajé da Chica, na Pituba, não tinha ninguém, isto num final de sábado. Mas tomei sorvete e comi esquimó na Sorveteria da Ribeira.

Ernesto, meu cunhado "baiúcho", é festeiro e adora receber, então foi festa sexta, sábado e domingo. Mas deu para passar na Bahia Marina e na saída vi o outdoor abaixo, que a Bahia Marina fez para o Dia do Meio Ambiente. Muito criativo.

 

sábado, 11 de junho de 2011

Preparando o Tinguá para Subir a Costa

Esta semana foi de dedicação ao Tinguá para deixá-lo em dia para passar uma temporada na Baía da Ilha Grande. Mesmo sem nenhum conserto significativo a fazer, a preparação dele consumiu boas horas. Os mais importantes foram a manutenção do motor e a pintura do fundo com anti-incrustante. No motor troquei o óleo lubrificante e o da rabeta, mais os filtros de óleo, de combustível e o Rakor. Além do líquido de refrigeração. Passamos pela primeira vez "envenenada" no Tinguá. Optamos por um produto mais econômico (InterClene da Internacional) pois a intenção é retirá-la ao retornar de Angra, já que aqui o Tinguá é guardado no seco.

 

Inúmeras outras atividades foram feitas como engraxar o hélice, substituir a fechadura do paiol do gás, carregar o segundo bujão de gás, carga inteligente nas baterias, substituição das lâmpadas de luminárias internas por fitas de leds, etc., etc. Creio que estamos prontos para a travessia. 

Vamos participar do IX Encontro Nacional da ABVC de 23 a 25/06 e do II Mini Cruzeiro da Costa Verde de 26/06 a 02/07. Ainda vou fazer a Semana de Vela de Ilhabela como tripulante do Revanche (Fast345) do Cmte. Celso Farias.