sábado, 23 de junho de 2012

37 Años Después

Abriu ontem no salão principal do Veleiros da Ilha exposição do mundialmente conhecido artista uruguaio Carlos Páez Vilaró. A exposição é uma consideração especial do artista com o Veleiros da Ilha que o acolheu em outubro de 1975 quando velejava pela costa do Brasil. Na ocasião o artista pintou um mural numa das paredes do salão principal, diante do qual teceu agradecimentos e falou da sua satisfação em retornar após 37 anos.

Carlos Páez Vilaró diante do mural que pintou em 1975

 Nascido em Montevidéu em 1923, Vilaró é escultor, pintor, ceramista, arquiteto, cineasta e escritor. Uma de suas obras mais conhecidas é a Casa Pueblo, em Punta Ballena proximidades de Punta Del Este

domingo, 17 de junho de 2012

Cruzeiro Costa Verde - Parte 2

A bonita Praia de Quatiquara, na Ilha de Itacuruçá
 
Quarta feira (13/06) ainda na Praia de Quatiquara aproveitamos o dia de sol na praia até por volta do meio dia, quando nosso Comodoro Eduardo Schwery convocou-nos para mudarmos de ancoragem. Seguimos para a Praia do Leste, na ilha em frente a Ilha dos Martins, num percurso de menos de 3 mn. Esta ancoragem estava um pouco mais protegida do E de uns 10 nós que soprava.

A Praia de Leste na Ilha dos Martins

Para o inicio da noite foi marcada uma Festa do Macarrão numa casa que a organização do CCV12 conseguiu emprestrada, à beira d'água na Praia do Funil, situada do outro lado da ilha, alcançada com uma pequena caminhada entre as construções.  A macarronada foi sensacional. Tudo pilotado pelas almirantas que capricharam. Teve massa de camarão, alicheubatuba, calabresa, gorgonzola uma melhor do que a outra. E de sobremesa bananas carameladas. É mole! Para finalizar som a cargo do Comodoro Eduardo, do vice Toninho, do Zé Toriba e do César do Sweet.


As almirantas na "fábrica" de macarrão

Dia seguinte, sempre às 10 horas toca para outra ancoragem. Desta vez uma perna mais longa (cerca de 21 mn) de volta a Ilha Grande, no Abraão. Saímos com NE de 11 nós pela popa e velejamos uns 3/4 do percurso, chegamos a montar "asa de pombo" num trecho. No canal entre a Baía de Sepetiba e a Ilha Grande o vento morreu para voltar pela proa. Ancoramos no Abraãozinho por volta das 14:40h. Chef Giovani assou uma picanha no forno, com batatas e cebola para nosso almoço. À noite a maioria da flotilha foi para a Vila do Abraão comer pizza. Deixamos os botinhos na prainha em frente a ancoragem e seguimos a pé até a Vila, onde jantamos na Pizzaria Marbella.

 Comendo pizza na Vila do Abraão, Ilha Grande


Sexta (15/06) novamente às 10:00h partimos para a última escala do CCV2012 na Praia da Tapera, na enseada do Sitio Forte, ainda na Ilha Grande. Navegada tranquila com mar liso e praticamente sem vento. Depois de amarrados a uma poita, Giovani e Eu descemos à praia para iniciarmos os preparativos de mais um churrasco (viramos os churrasqueiros oficiais...), nas dependências do Restaurante da Telma e Naldo. Foram mais de 6 horas de confraternização numa tarde muito agradável.

Ancoragem na Praia da Tapera, Sitio Forte

 A turma animada e companheira do Costa Verde 2012


Giovani, com o meu auxílio, pilotou a churrasqueira (Foto Ivany Calmon)
 
Sábado a perna final da Tapera a Marina Bracuhy, com horário de saída livre. Saímos com o Tinguá às 8h da manhã. Mais um dia maravilhoso, com mar liso e muito pouco vento. Chegando na marina atraquei o Tinguá na sua vaga no cais E, pelo menos pelos próximos 3 meses. E aí dá-lhe trabalhar para deixá-lo por um tempo: lavação e limpeza, capas, roupa para lavanderia, etc., etc. 

 O Tinguá na Praia da Tapera

À noite no Bowteco aconteceu o jantar arabe de encerramento do cruzeiro. Só tenho a dizer que gostei muito e agradecer a companhia desta turma muito alegre e companheira e ao meu parceiro Giovani Dal Grande.

Jantar árabe de encerramento, no Bowteco, na Marina Bracuhy

Mais imagens aqui.

quarta-feira, 13 de junho de 2012

Cruzeiro Costa Verde 2012 - Parte 1

Domingo (10/06) amanheceu bonito com sol após quatro dias de muita chuva. Aproveitei para colocar as coisas para secar e desde de cedo iniciei os preparativos para a largada no Cruzeiro Costa Verde 2012, organizado pela ABVC. O Giovani Dal Grande levou o Kyriri-ete para seu novo porto no Canal do Bracuhy, onde o peguei para largarmos, às 10:30h. São 17 veleiros que cumprirão um roteiro de uma semana pela Ilha Grande e Baía de Sepetiba.

Alargada na Marina Porto Bracuhy

A primeira perna que deveria ser para a Praia de Palmas, na Ilha Grande, devido a ressaca que provoca swell naquela enseada foi alterada para o Saco do Céu. Onde chegamos por volta das duas da tarde, após um forte contra vento e mar mexido. Pernoite tranquilo sem nenhum balanço.

A flotilha no Saco do Céu

Segunda às 10:00h a flotilha partiu para a Praia da Estopa, situada ao norte da Ilha de Jaguanum, já na Baía de Sepetiba. No inicio com mar de ondas baixas mas mexidas pela proa e vento rondando no quadrante norte, isto é na nossa proa, permitiu abrir a genoa por pouco tempo. Por volta de meio dia, já dentro da Baía de Sepetiba, o vento rondou para SW (popa) e cresceu  muito rápido. Começamos a rizar nossa vela grande, mas o sudoeste só crescia, então baixamos toda a vela e abrimos só um pedaço da genoa. O mar cresceu bastante em ondas muito curtas. O vento aliviou um pouco e veio a chuva. Chegando no destino mudou para NW com força 5 (Escala de Beaufort). A ancoragem estava um pouco complicada com os vários veleiros na baía pequena, o vento e as ondulações. Tivemos um pequeno "enrosco" com o veleiro Cubéria, mas ao final nós e todos outros conseguimos ancorar com segurança. Âncora segura olhei no anemômetro a velocidade máxima do vento registrada: 38,2 nós. Giovani preparou uma maminha no forno, um tinto chileno e uma sesta, tudo de acordo com o dia que continuava chuvoso, mas com o vento bem mais calmo. A noite foi sem vento e com águas tranquilas.

Sudoeste chegou a 38,2 nós

 
Dia seguinte amanheceu bonito na Praia da Estopa

A terça feira (12/06) amanheceu maravilhosa. Colocamos o bote na água e fomos passear na pequena praia. Às 10:30h partimos rumo a vila de Itacuruçá, onde fizemos uma parada técnica. Alguns abasteceram de diesel e água e a organização comprou os ingredientes para um churrasco coletivo. Ancoramos o Tinguá na baía em frente a ilha, do outro lado do canal, e fui de bote até a vila, levar o lixo e comprar umas guloseimas para a festa junina, programada na continuação do churrasco. Seguimos pelo canal para a nossa nova ancoragem na Praia de Quitiquara, do outro lado da Ilha de Itacuruçá.

Ancorados na Paraia de Quatiquara
Com o apoio do quiosque da Marilza, iniciamos o churrasco por volta de três da tarde. Aliás, com a Marilza descobri que o nome correto do lugar é Quatiquara e não Quitiquara como vem sendo usado no cruzeiro. Nós, os  catarinas, é que ficamos encarregados da churrasqueira. Na continuação degustamos as guloseimas levadas pelas tripulações. Momentos que mastercard nenhum consegue pagar: lugar paradisíaco, dia e noite agradáveis, churrasco, cerveja, rapadura, paçoca, canjica, quentão,fogueira na praia, confraternização entre velejadores amigos.

Confraternização na praia
Mais imagens aqui.

segunda-feira, 11 de junho de 2012

Encontro Nacional dos Velejadores de Cruzeiro

Nosso primeiro objetivo na vinda para a região de Angra dos Reis era participar do Encontro Nacional dos Velejadores de Cruzeiro, organizado pela ABVC na Marina Porto Bracuhy, no feriado de Corpus Christi. O encontro é uma oportunidade única de encontrar muitos outros velejadores, trocar experiências, adquirir conhecimentos e confraternizar. Nesta sua décima edição o encontro ofereceu palestras técnicas e de relato de viagens, workshops, feirinha e curso para as crianças, com direito a carteira de velejador pela Marinha. Único ponto negativo foi a chuva que foi intensa e persistente durante todos os dias do evento.





 Palestra de Marinheiro Raimundo


Para mim foi também a oportunidade de rever alguns dos amigos que fizeram a travessia para o Caribe conosco em 2010, como Fábio Constantino, Míriam e os filhos Caio e Rafael do veleiro Flyer, Sérgio Amaro Gomes e os filhos Jonas e Carol do Travessura, mais Dorival e Catarina, do Luthier. A família Constantino comprou um Jeanneau de 45 pés nas Ilhas Canárias e se prepara para continuar a viajar pelos mares do mundo.



Choveu muito durante todos os dias
 
Durante o encontro recebi a bordo o amigo Beto Larsen, que veio sem o seu Parangolé. Do nosso grupo, o Cmte. Saul Capella, do Nina II, mudou os planos e resolveu retornar com o veleiro para Florianópolis, no domingo após o encontro. O Gosto D'Água foi para Paraty, onde ficará até o retorno de seu comandante na Marina Farol de Paraty. Giovani, do Kyriri-ete, deixou o barco no Canal do Bracuhy para participar do Cruzeiro Costa Verde comigo no Tinguá. Assim, desfez-se nosso pequeno cruzeiro.

Mais imagens aqui.

terça-feira, 5 de junho de 2012

Cruzeiro Floripa-Angra - Chegamos em Bracuhy

No domingo (03/06) após comer um excelente strogonoff preparado pelo Vilmar, tripulante do Kyriri-ete, acertamos a marina e mudamos para a Marina Farol de Paraty, pois decidimos permanecer mais um dia em Paraty.

Amanhecer na Baía da Boa Vista com a cidade de Paraty ao fundo

Depois de acomodar os barcos e tomar um banho (instalações eserviço bem melhores que a Refúgio das Caravelas) pegamos um táxi para a cidade. Lá jantamos no Galeria do Engenho, na Rua da Lapa, e depois saímos em direção a Praça da Matriz, para assistirmos as atrações da última noite do Festival de Jazz. O clima na cidade está excelente com músicos (e bons) tocando em cada esquina, as mesas nas ruas dos bares e restaurantes cheias, lua cheia no céu.

 Mesas na rua, lua cheia no céu de Paraty
 
 Yael Naim dando show no Festival de Jazz de Paraty

As atrações no Festival eram realmente muito boas. Impressionante a cantora franco-israelense Yael Naim. Em seguida Leroy Jones e seus companheiros, legítimos representantes de New Orleans, também impressionaram. Por fim Zélia Duncan. Fiz um pequeno clip para dar uma idéia do clima na cidade e do festival.

 No rumo do Bracuhy

Na segunda saímos rumo a Marina Porto Bracuhy às 09:30h. Eu e o Giovani, no Kyriri-ete, em solitário pois seus tripulantes voltaram para casa de Paraty. Dia lindo, mar lisinho e um NEE fraco e variante, que de vez em quando nos propiciava uns 50-60 de angulo de velejada. Saul foi cozinhando uma feijoada, a bordo do Nina II, que comemos "amadrinhados" na Ilha de Paquetá.

 "Amadrinhados" na Ilha de Paquetá (Foto Giovani Dal Grande)

Por volta de 15:00h chegamos a marina no Bracuhy. Agora é só aguardar o inicio do X Encontro Nacional dos Velejadores de Cruzeiro da ABVC.

Mais imagens aqui e o clip de Paraty aqui.

domingo, 3 de junho de 2012

Cruzeiro Floripa-Angra - Chegamos em Paraty

Depois de um dia chuvoso de descanso em Ilhabela com direito a almoço no Cheiro Verde, sorvete no Rocha, café no Ponto das Letras e pizza no Pier, saímos de Ilhabela às 08:50h de sexta-feira (01/06) com destino a Ilha Anchieta, distante 23 mn.


Esperávamos um mar mais mexido ao sair do Canal de São Sebastião. Tinha até feito a rota passando por trás da Ilha do Mar Virado, mas seguimos direto para a Anchieta. Na região da Enseada do Mar Virado, notadamente na passagem pela ilha do mesmo nome o mar estava mais mexido mesmo, fazendo juz ao nome. Chegamos na enseada da Anchieta poucos minutos antes das 13:00h. Almoçamos com um bom Cabernet e cama, que o dia estava propício.

 A lha Anchieta, litoral norte de São Paulo
 
Tínhamos a opção de prosseguir ainda naquela parte para pernoitar na Ilha de Prumirim, a 11 mn dali, mas com a sesta e a calma reinante ficamos para pernoitar. O dia manteve-se nublado com chuvas fracas esparsas. Só que à noite caiu água. Choveu muito principalmente no inicio da madrugada quando entrou vento SSW lá fora, o que provocou uma marola enjoada na baía.

O valente Nina II chegando na Anchieta


O combinado era zarparmos as oito horas para a Ilha da Cotia, distante cerca de 41 mn. Depois daquele dilúvio o dia amanheceu limpo e ensolarado e as 07:30h o pessoal começou a suspender as ancoras. Moura e Eu no Tinguá saímos "atrasados", exatamente às 08:03h.


Saindo da Ilha Anchieta por volta das 07:30h

Pegamos um mar mexido com algumas ondas que passavam de 2m e pouco vento, sempre contra, que variou muito: ora 20 graus por BB, ora 15 por BE, ora bem a 0... Na passagem pelas Pontas Negra e da Juatinga o mar estava até um pouco menos mexido...ou será que éramos nós que já estávamos acostumados e esperávamos mais? No caminho a maioria da flotilha, aguçada pelo Júnior (Gosto D`Água), optou por seguir direto para Paraty. Passada a Juatinga o "liquidificador" desligou e a travessia tornou-se um gostoso passeio com a tarde bonita, mar liso e vento indo e vindo até 6 nós, a maior parte do tempo pela alheta de bombordo. Pegamos a poita na Marina Refúgio das Caravelas às 16:45h.


Dobrando a Ponta da Juatinga

Quando tentava falar com o Nina II pelo rádio fui chamado pelo amigo Jean Castro, Cmte. do veleiro Energia, que estava junto com o Maurício Napoleão, nosso presidente da ABVC, na Marina Farol de Paraty. Combinamos de jantar juntos e eles que estavam de carro levaram todos nós ao Centro Histórico da cidade, onde jantamos no Restaurante do Hiltinho. Aliás Paraty esta muito movimentada por conta do Festival de Jazz que ocorre nestes dias.



Meu companheiro de travessia Antônio Moura, ao que parece com muita saudades da companheira Eliandra, voltou ontem após o jantar para Floripa. Obrigado pela força, amigo.

 O inicio do dia agora há pouco em Paraty

Daqui seguimos para o Bracuhy ainda hoje ou amanhã cedo.

Mais imagens aqui.