quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Tinguá Esta em Jurerê

Nesta segunda-feira mesmo sem ainda ter substituido as baterias e resolvido o problema do piloto automático, levei o Tinguá para uma poita na sede oceânica do ICSC, em Jurerê. Saímos só as 15:35 do trapiche da sede central pois o barco estava sendo limpo e encerado e o "tráfego" no pau-de-carga era intenso. Me acompanhou meu sobrinho Tassinho. Mais uma vez nordestão pela cara e motorando. Só após a Ponta de Jurerê deu para desligar o motor e curtir uma velejada.

No dia seguinte (ontem), aliás um dia maravilhoso para cruzeirar, fomos cedo para a Praia do TInguá numa gostosa velejada. A bordo esposa, filhos, sobrinhos e irmão. Desta vez já em "alta temporada" com muitas lanchas e alguns veleiros. Depois da praia, muitos banhos, o calor era "canino", e do churrasquinho retornamos a Jurerê, noutra velejada gostosa.

Após algumas trocas na tripulação, sairam Claci, Rafael e Eduardinho e entrou meu cunhado Beto com as iscas e material para pescaria. Fomos nos divertir no lindo final de tarde, agora com vento leste de 8-9 nós, num pesqueiro atrás da Ilha do Francês. Até escurecer e retornar a poita em Jurerê matamos 15 peixinhos, entre cascotes, peixe aipim e cocorocas.

Teve até uma enguia, pega no anzol. (Foto Carlos Eduardo Beltrão)

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

De Volta ao Tinguá

Desde março de 2008 que não íamos a Praia do Tinguá, a origem do nome do nosso veleiro. Ontem retornamos e dormimos lá com a praia só para nós. Chegamos de uma viagem à Gramado na sexta-feira e sábado só preparamos o barco, inclusive por que tínhamos uma festa à noite. A festa foi boa e animada e protelamos a saída para o domingo à tarde. Novo adiamento, o nordestão estava "comendo solto". Na segunda resolvemos alguns compromissos pela manhã e finalmente saímos depois do almoço. Não sem antes termos um pequeno problema ao sair do trapiche: ao engatar a ré o barco movimentou-se para a frente, ao inverter o comando a mesma coisa. Logo descobri o problema, pois o cabo da ré se soltou do comando devido a má colocação da cupilha. Na semana anterior o pessoal do Armazém Naval havia mexido no comando para solucionar o travamento eventual do mesmo, notadamente no engate da ré.

A ida até a Praia do Tinguá foi motorando com nordestão na cara. Na altura de Ratones Pequeno, mesmo cavalgando as ondas curtas provocadas pelo vento de 18-20 nós fomos abordados por um inflável da Marinha do Brasil, que solicitou a documentação do barco e do comandante. Ufa! Havia pago o seguro contra terceiros, vencido no dia 19/12, naquela manhã graças ao email com o boleto que recebi da Murolo Seguros.

O Tinguá no Tinguá.

A estada na Praia do Tinguá foi super tranquila e gostosa, mas hoje (terça-feira) já retornamos a sede centro do ICSC, para os preparativos do Natal em família, que será comemorado em nossa casa, e a família é grande. Na volta, logo após a saída do Tinguá já com a genoa armada fomos mais uma vez abordados pelo inflável da Capitania dos Portos para mostrarmos a documentação. Realmente, a Marinha está muito ativa na sua Operação Verão o que é muito positivo, principalmente com o aumento de lanchas e jet-skis em nossas águas, muitas vezes conduzidos de forma temerosa e por pessoas inabilitadas. Outro ponto positivo foi a colocação das bóias de demarcação dos 200m na Praia do Tinguá. Isto somado a fiscalização constante deve acabar com o tráfego maluco dos jet-skis entre os barcos ancorados e os banhistas.

Neste inverno saímos pouco com o Tinguá pois tivemos um inverno longo com muita chuva e ventos malucos e isto comprometeu as baterias. Já havia notado que elas estavam perdendo carga muito rápido e agora neste passeio isto ficou comprovado. Foi impossível manter a geladeira ligada durante a noite. Bem, elas também já tem 3 anos. Estamos providenciando a substituição.

O outro problema é o piloto automático. Continuamos com problema no nosso Raymarine ST2000+. Depois de voltar do conserto na RayTech êle funcionou por cerca de uma hora e o mesmo díodo que havia soltado da placa de circuito impresso soltou novamente. foi feita uma "gambiarra" para aproveitar a mesma peça que não funcionou. Desta vez comprei um díodo equivalente e soldei na oficina de informática de um amigo. O motor que movimenta o eixo voltou a funcionar. O problema é que não consigo calibrá-lo e reconfigurá-lo. Faço a calibração conforme o manual, mas em utilização ele desvia uns 90º para cada lado, ficando impraticável utilizá-lo. Já configurei com o set default e fiz algumas outras tentativas e nada. A cada vez que executo o procedimento de calibração ele apresenta um desvio na casa dos 30º.

domingo, 6 de dezembro de 2009

Regata Volta à Ilha

A Volta à Ilha de Santa Catarina é a mais charmosa, tradicional e esperada regata de Santa Catarina, fechando a Copa Veleiros da Ilha de Oceano, como sua 9ª etapa.No entanto, Jorge e Eu acabamos decidindo não participar desta 41ª edição com o Tinguá, neste dia 05/12. Então embarquei no Guga Buy, do Cmdte. José Zanella. Estávamos em nove tripulantes, entre eles Eduardo Zanella (é claro) e Gugu Dutzmann, do Tuareg.

Movimentação no ICSC no sábado cedo.

Largamos as 10:06h, com mais 46 barcos, em direção a Barra Sul da Ilha de Santa Catarina, com vento contra de SE de fôrça 3 que se manteve até próximo a Ilha dos Cardos. Aí o vento parou, deu algumas rondadas com intensidade fraca e em seguida entrou o NE. Já estávamos bem posicionados na regata e rapidamente subimos o balão. O vento foi aumentando e numa rajada maior nosso balão explodiu. Subimos a genoa 1 e contornamos a Barra Sul, re-ultrapassando o Best Fellow e o Super Pimpo. Ao chegarmos ao Pântano do Sul o NE já era de fôrça 5 e sem a proteção das montanhas a genoa 1 começou a abrir rasgos verticais próxima a esteira, nos obrigando a fazer a troca para a genoa disponível, uma 3, antes que explodisse também.

O restaurado classe Hamburgo 33 "Anita I" foi quem deu a largada.

O novo Guga Buy é um Farr40 do final dos anos 80, muito bem projetado e construido, navega muito bem e está bem conservado, mas que há anos vinha sendo usado somente para cruzeiros, na região da Baía Grande. A excessão da mestra e da genoa de enrolar, seu enxoval de velas está enfraquecido e é leve para nosso regime de ventos.

Com a genoa 3 nosso desempenho caiu principalmente após passarmos pela Ilha do Mata Fome, quando o vento recuou para fôrça 4. O pior foi fazer as 18 últimas milhas com "asa de pombo" com a genoinha 3, por não termos mais balão. Na subida da costa leste da ilha, no contra vento, tivemos alguns outros pequenos problemas como o rompimento do carrinho da esteira da mestra e mais tarde do próprio cabo (de aço) da esteira. Também o carrinho de BB do trilho da buja escapou duas vezes nas cambadas, até que uma prosaica limada no seu pino resolveu o problema. Completamos a regata próximo a uma hora do dia 6, em 14:43:17h, em sétimo lugar na competitiva RGS A.

Veleiro Main34 "Carino" quabrou o mastro nas proximidades do Pântano do Sul (Foto Kriz Sanz).

Apesar dos percalços, é sempre muito bom fazer uma Volta à Ilha, ainda mais em boa companhia. E tem sempre muita história para contar como os mastros quebrados do Carino e do Homo Erectus ou a epópéia do pequeno Banzai, um Alpha de apenas 20,2 pés, que com dois tripulantes levou exatas 25:17:26h para completar a regata.

domingo, 22 de novembro de 2009

Final da Temporada da Avelisc

Ontem Claci, minha esposa, e Eu disputamos a Regata Ele & Ela da Avelisc, na Lagoa da Conceição. Regata festiva de encerramento da temporada ela foi erroneamente incluida entre as etapas da Copa Casan, misturando "alhos com bugalhos". Num dia feio, com tempo fechado, que reduziu os participantes a menos de 15 barcos, foi disputada num percurso com largada próximo a ponte da Lagoa, perna paralela a Av. das Rendeiras até marca contornada por BB para a outra marca colocada no inicio do canal para a Costa da Lagoa, na localidade de Canto dos Araçás, chegando em frente ao Restaurante Cabral, local da comemoração e premiação, na Costa da Lagoa.

Esperando a largada, como sempre atrasada.

A previsão era de vento E médios, mas o NE tomou conta logo, rondando e variando muito de intensidade, principalmente para N, com algumas quase paradas. Larguei muito mal e consegui me recuperar só até o segundo lugar, pois quando vinha tirando a diferença, no contra vento do caminho da Costa, o vento parou e ao retornar naturalmente chegou primeiro para quem estava na frente...Só me restou tentar uma "maluquice" que necessitava da ajuda de Eolo para dar certo...como Êle nos ignorou fomos segundo mesmo.

Neste ano, com o Mutley (Bruma19) e o Luiz Carlos "Polaco" Poyer na proa, vencemos o Ranking Estadual (8 etapas) e fomos vice no Estadual (3 etapas) e na Copa Casan (4 etapas), prejudicados pela nossa ausência na etapa de agosto, que valia para os três torneios, que teve sua data prevista alterada. Para a temporada do ano que vem esperamos um pouco mais de rigidez da Avelisc na observância do calendário, de certas regras de regata e, "pelo amor de deus", nada de colocar adesivo do patrocinador nas velas!

(Foto de Kriz Sanz do www.esportesdomar.com.br onde há mais fotos, clip e comentários).

domingo, 8 de novembro de 2009

Regata Mormaii

Acordei todo dolorido depois das 5,5 horas timoneando o Tinguá no nordestão de ontem (07/11), durante a 8ª Regata Mormaii, que valeu pela também 8ª etapa da Copa Veleiros da Ilha de Vela Oceânica. O track mostrou que fizemos 32,5 mn para cumprir as 26 mn do percurso, com muito contra vento.

Esperando a largada.

A regata largou nas proximidades da Avenida Beira Mar Norte, foi até uma bóia em frente a Praia Brava, depois de deixar por BB as bóias em frente a sede oceânica de Jurerê e ao Rio do Brás em Canasvieiras, retornando para chegar em Jurerê. Na largada, às 10h da manhã, o vento NE estava fraco mas foi crescendo e na altura das Ilhas Ratones já chegava aos 20 nós, de onde não baixou mais.

O Tinguá fez uma boa regata até as proximidades da Ponta das Canas, mesmo tendo de desviar em cima de uma rede na Praia de Canasvieiras. Depois a tripulação cansou, desconcentrou e dois sofreram com o mar desencontrado nas proximidades dos costões. Ficamos em 8º na RGS A, a mais disputada este ano, quando podíamos ter sido 6º, talvez 5º. São pelo menos 6 barcos normalmente mais rápidos que nós e ainda pagamos no tempo corrigido para todos os barcos da classe, a excessão do Feitiço (Fast395 regata) e 5 Los Niños (Delta36 regata).

O balanço foi bom, uma regata puxada mas gostosa. Difícil foi montar a tripulação. Só na sexta-feira à noite, com a ajuda do amigo Érico, fechamos os seis. Mas no sábado um não compareceu e fomos Jorge, Érico, Guto (Carlos Augusto Kidlein), Gica (Giovane B. Garcia) e Eu.

(Foto de Kriz Sanz do www.esportesdomar.com.br onde há mais fotos, clip e súmula).

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Carta Aberta da Boteco 1

Qual de nós cruzeiristas, que gostamos de colocar nossos barcos a disputarem uma regatinha aqui e acolá, já não se sentiu discriminado em algum dos grandes eventos da vela nacional, como a Semana de Vela de Ilhabela e os vários Circuitos de regatas, como o recente do Rio de Janeiro? A propósito deste quase desprezo pelo pessoal das classes RGS, APS, Bico de Proa e Multicasco a Equipe Boteco1, do Rio, fez uma interessante carta aberta, que pode ser lida aqui.

Os organizadores, e a mídia é levada a isto também, só tem olhos para a classe ORCi 500, no máximo para as classes ORCinternacional e ORCclube. Não há dúvida que ali estão as máquinas de regata e os velejadores profissionais, mas não é preciso esquecer olimpicamente dos demais. Como seria a Semana de Vela de Ilhabela se só participassem a meia duzia de barcos da ORCi 500? E a Santos-Rio?


http://www.boteco1.com/index.php?option=com_content&task=view&id=2802&Itemid=32

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

De Volta a Toca da Lontra

Com o nordestão soprando direto, dia e noite, o que nos fez retornar ontém da Ponta do Papagaio, hoje fomos velejar de Mutley (nosso Bruma19), na Lagoa da Conceição. Fomos todos (Claci, Gabriel, Rafel e Eu) cedo para aproveitar a manhã quando o NE estaria soprando menos.

Queria testar a nova genoa 2 em Prolam, feita pela Carlos Saas e que, por falha dos Correios, não chegou a tempo para as últimas regatas, do dia 19/10. Acabei esquecendo a vela em casa. Então fomos de mestra rizada e genoa 3, pois o NE já era de mais de 10 nós e só ia aumentar.

No final da gostosa velejada, antes de retornar para a Marina Verde Mar, fomos comer lula recheada com uma cervejinha na Toca da Lontra, barzinho manézinho na beira da lagoa, aonde não íamos a muito tempo. A Toca fica no final da Servidão do Retiro da Lagoa, um dos melhores cantinhos da Lagoa da Conceição e a lula é uma delícia.

domingo, 1 de novembro de 2009

Passeio Frustante

Com a previsão de sol e calor para o feriadão preparei o Tinguá e descemos êle para a água na sexta-feira. Como o vento seria NE em todo o período estava com planos de ir para a Praia do Tinguá, mas os amigos Antônio Moura, do Blue (Fast310), e Eduardo Zanella, do Guga Buy (Far40), convidaram para ir para a Ponta do Papagaio, situada na Praia da Pinheira, a primeira no continente ao sul da Ilha de Santa Catarina. Um local que a muito estava querendo ir com o Tinguá.

Saímos do trapiche do ICSC por volta das 09:30h, com NE de 6-8 nós, para as 17 mn da minha rota. Ao chegarmos próximo a Ilha dos Cardos na barra sul da Ilha o NE cresceu muito e abaixei a mestra também para acalmar a tripulação, pois o mar também cresceu com ondas curtas de mais de metro na alheta de BB, o que tornou a velejada de popa com muita adrenalina. É normal nesta região a conformação dos morros da ilha e do continente acelerarem o NE.

Ancoramos junto a Ponta do Papagaio, o Tinguá e o Blue, já que o Guga Buy resolveu ficar na Praia dos Náufragados e dali retornar no sábado mesmo (veja aqui nossa posição dada pelo Spot). O morro da Ponta do Papagai
o e a Ilha do mesmo nome não protegiam totalmente do NE. Não havia mar mas o vento encanava e rugia, muito mais forte do que as previsões de CPTEC e WindGuru. Apesar da maravilhosa noite de lua cheia ela foi tensa, pois os veleiros dançavam com o vento cada vez mais forte, rondado uns 30º mais para N e agora nas nossas caras. De um lado a costa de pedras da ponta de outro barcos de pesca e criadouro de ostras. Mas nossa âncora Bruce de 10 kg se portou muito bem.

Ao amanhecer, o vento continuava forte apesar de as previsões indicarem uma boa diminuida entre 7 e 11 horas. Junto com o Cmdte. Moura resolvemos partir assim mesmo, pois à tarde a coisa seria muito pior. Foram as 17 mn de NE na cara. Até a altura da localidade de Ribeirão da Ilha foi hard com mar de 1,5m e nordestão
"na cara". Depois o vento deu uma acalmada (12-14 nós) e o mar baixou permitindo uma navegada mais confortável até o Veleiros da Ilha.

(Foto de Antônio Moura).

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Novo Livro da Kriz

Hoje em cocktail na Livraria Catarinense do Beiramar Shopping, Kriz Sanz velejadora e fotógrafa, mantenedora junto com o marido Artur do site de fotos de vela www.esportesdomar.com.br, lançou seu segundo livro. "O que é que eu tô fazendo AQUI?".

Não é um livro de fotos de regatas, como o primeiro "Tribo das Águas", mas crônicas humoradas de algumas "roubadas" em que a Kriz se meteu, mas em geral envolvendo veleiros e regatas, e claro, seus inúmeros cães e gatos. Já li quase todo, tá muito bom.

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Mutley é Campeão Novamente

No sábado (17/10) disputamos, Polaco e Eu, com o Mutley as 2ª e 3ª etapas do Estadual e a 8ª etapa do Ranking Estadual de Mini Oceano Avelisc/Fevesc. Depois de muita chuva à noite, houve uma trégua durante as regatas (apenas alguma garoa aqui e acolá) voltando a chuva durante a confraternização e premiação. Temperatura na casa dos 18ºC com pouco vento de N-NE rondado.

A primeira regata, válida como 2ª etapa do Estadual de Mini Oceano, foi um triângulo olímpico mais uma só perna de contra vento, pois a CR encurtou a regata em duas pernas, sem nenhum aviso. Com pouco vento chegamos em segundo lugar, atrás do Imagine.

A segunda regata, valendo como 8ª e última do Ranking Estadual de Mini Oceano e 3ª e também última
do estadual, foi um triângulo mais duas pernas de contra vento e uma de popa. Saímos na frente, fomos ultrapassados logo, no vento muito fraco, e recuperamos a ponta na perna de popa (penultima perna), para ampliarmos a vantagem necessária para vencer o Imagine (e a regata) no tempo corrigido, na perna final de contra vento, com a ajuda do aumento do vento.

Com a vitória na segunda regata conquistamos pela terceira vez o Ranking Estadual (duas seguidas) e o vice campeonato estadual. No estadual, que é disputado em apenas três etapas, foi o melhor resultado possível pois não fizemos a primeira etapa devido a alteração da data programada.

(Foto de Kriz Sanz do www.esportesdomar.com.br onde há mais fotos e clip).

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Boats Show ou Veleiros x Lanchas

A todo boat show nos grupos de velejadores vem a reclamação da falta de veleiros nestes eventos. Se os há são muito caros, já conhecidos e assim por diante.

A parte simples é que vivemos numa sociedade de consumo e quem promove estes eventos o faz para ter lucro. O custo para se expor também é uma questão de mercado. Há mais lanchas porque vende mais, vendendo mais tem escala e tem concorrência, o que obriga melhoria de processos e tecnologia na produção, e ferramentas "agressivas" de comercialização, resultando num custo comparativamente menor. Veleiros como vendem pouco não tem escala, tem pouca concorrência, pouco investimento em melhoria de processos e tecnologia, escassas condições para comercialização. Quem já visitou fabricantes de veleiros e de lanchas sabe muito bem do que estou falando. É o profissional versus o amador.

Estes dias estava numa roda com o projetista Márcio Schaefer (dono da Schaefer Yachts), aqui no Veleiros da Ilha, e alguém perguntou porque êle não projetava mais veleiros. (Para quem não sabe o Márcio veleja desde pequeno, é formado na Argentina, onde estagiou com os principais projetistas de lá e começou projetando veleiros, como o consagrado Schaefer31). A resposta dele foi de que não há mercado de veleiros no Brasil. Não para onde êle chegou depois que começou a projetar e fabricar lanchas.

Hoje temos apenas três estaleiros com alguma produção e variedade de modelos (Delta Yachts, Flash e Skipper). Só na Grande Florianópolis existem mais de dez estaleiros que fabricam embarcações a motor (e mais nenhum a vela), sendo que pelo menos seis deles tem podução maior que qualquer um dos construtores brasileiros de veleiros.

O complexo é quebrar este paradigma. Saber porque veleiros vendem pouco. A meu ver um grande fator é o cultural. Não temos a cultura da vela. Moramos num país tropical e não gostamos do vento na cara. Para muitos, que conseguiram o sucesso financeiro, a lancha é um grande simbolo de status, onde o importante não é curtir, mas ser visto. Bem, eu prefiro ser este bicho exótico: velejador.

(Foto de Andreas Willecke, do veleiro Mood Indigo).

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Abobrinhas...

O clima continua difícil para nós velejadores. Muita chuva, uma frente fria atrás da outra provocando muita instabilidade no tempo, com ventos fortes sem mais nem menos, ressacas seguidas e temperaturas desagradáveis. Deste modo o Tinguá tem velejado pouco. Deixamos de participar da Regata Balneário Camboriú, no sábado 19. A última saída foi em 20 de setembro, num dos poucos domingos de bom tempo dos últimos meses. Aproveitamos para levar as esposas e mais o casal de amigos (Rô e Polaco) para uma gostosa velejada na Baía Norte, com parada para um churrasquinho a bordo, ancorado em frente a Santo Antônio de Lisboa. Na volta apreciamos inúmeros golfinhos cercando um cardume. Foi a primeira vez que vi golfinhos tão dentro da Baía Norte, próximo à Avenida Beira Mar. Infelizmente só havia uma câmera a bordo, sem bateria...

Não tinha comentado ainda, mas o Guga Buy cresceu. O barco (um Van der Stadt 29') do Cmdte. José André Zanella e seu filho Eduardo, conhecidos de todos os cruzeiristas, no qual fiz várias gostosas travessias e aprendi muito, foi vendido no inverno passado. No inicio de setembro chegou ao Veleiros da Ilha o novo Guga Buy, um "possante" Far 40'. Ano que vem é rumo ao Caribe...

Recentemente o Estaleiro Skipper colocou no ar seu novo site, com seus novos projetos como o Skipper21 Nano, já uma realidade, e o Skipper38, um lindo projeto de Nestor Volker, que ainda não tem nenhuma unidade pronta. Outra novidade, é que a Skipper comprou a forma do catarinense Neo25 e o incorporou a sua linha de veleiros. Além disso a Skipper está produzindo barcos pelo sistema de infusão, uma tecnologia que permite cascos mais leves, resistentes e homôgeneos, além de ser ambientalmente mais correta. Bons ventos a Skipper. É disto que precisamos, mais estaleiros com maior opção de modelos.

Neste sábado o Mutley voltou as águas da Lagoa da Conceição para disputar a 3ª Etapa da IV Copa CASAN de Mini-Oceano. Primeiro deixa eu explicar: há muitos anos a Avelisc (Associação de Vela e Preservação da Lagoa da Conceição) vem organizando e realizando um campeonato de mini-oceano (veleiros cabinados até 25 pés) em oito etapas, que faz parte do calendário da FEVESC, que o chama de Ranking Catarinense de Mini-Oceano. Paralelamente a mesma FEVESC realiza, também na Lagoa da Conceição, o Estadual de Mini-Oceano, em três etapas, sendo a primeira e terceiras coincidentes com as sexta e oitava etapas do ranking. Desde de 2006 a Avelisc logrou conseguir o patrocínio da CASAN (Companhia Catarinense de Águas e Saneamento) para o campeonato. Neste ano por diversos motivos, este patrocínio só se concretizou em julho passado para quatro etapas, que seriam as 6ª, 7ª, 8ª e a Ele & Ela, uma tradicional regata festiva de encerramento da temporada. Acontece que a FEVESC não quer mais a CASAN em seu campeonato. Então foi preciso fazer uma regata não prevista para ser a 3ª etapa. Lembram daquela regata que transferiram de data em agosto e não pude fazer por estar com viagem programada na nova data? Pois bem valeu para três campeonatos, e com a ausência o Mutley ficou praticamente sem chances em dois deles...

Pois bem, a regata no sábado foi disputada com ventos fracos, parantes e rondantes do quadrante sul e após estar vencendo-a da largada até a última volta, com certa facilidade, deu um branco total no comandante...foram tantas as "cagadas" que não vou nem comentar. O fato é que acabamos em terceiro lugar, pela primeira vez perdendo uma posição pelo tempo corrigido.

(Foi tão vergonhoso que o www.esportesdomar.com.br não publicou nenhuma foto do Mutley nesta regata).

terça-feira, 15 de setembro de 2009

E o Mutley Não Ganhou...

A 7ª Etapa do Ranking de Mini Oceano da FEVESC/Avelisc foi transferida de sábado passado para o domingo (13/09) por conta da falta de vento e muita chuva. Sabia decisão, pois no domingo tivemos um dia maravilhoso, com um vento gostoso de S-SE ao redor dos 10 nós. A raia montada na frente da Av. das Rendeiras (sempre na Lagoa da Conceição) consistia de um barla-sota mais dois triângulos e mais um barla-sota e meio.

Polaco e Eu, no Mutley, não ganhamos na Bruma 19 como nas últimas três regatas. Largamos bem e nos mantivemos sempre a frente do Imagine, do nosso amigo Antônio Moura (o ex-dono do Mutley), numa distância "perigosamente suficiente " para compensar o tempo que pagamos para êle, pois nossa opção pela genoa 2 não nos permitia maior folga apesar da regata correta que faziamos. Mas, na metade da última perna, quando o vento já havia aumentado uns bons 4 - 5 nós com rajadas bem signifivativas, erramos uma cambada e "entregamos o ouro para o bandido"....para grande alegria dele e suas tripulantes (vide foto ao lado). Tem nada não, em outubro rola a última etapa quando quem chegar na frente será o campeão.

(Foto de Kriz Sanz do www.esportesdomar.com.br onde há mais fotos e clip)

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Tingua Desmastreado

Pois bem, estamos aproveitando o inverno para fazer algumas manutenções e melhorias no Tinguá. Depois de passar epóxi nas partes vivas, conforme comentado no post Rumo a Ilhabela, Sem o Tinguá, retiramos o mastro para refazer a enora e assim acabar com as constantes goteiras junto a mesma no teto da cabine e diminuir a entrada de água no pé do mesmo.

Refizemos a enora utilizando, ao invés da borracha original, seções de compensado recortadas e impermeabilizadas uma a uma com silicone e no final com Sikaflex. Para evitar a entrada por dentro do perfil do mastro foi instalada uma chapa de compensado recortada segundo a secção do mastro, a qual é empurrada até uma posição acima da cabine, onde através de um furo no mastro foi vedada com espuma de poliuretano. O mesmo furo serve para escoar a água que penetra no interior do mastro pelos fendas das adriças. O que segundo o Elói Frantzen, um dos construtores dos Schaefer31 e Tor12.5 e responsável pelo serviço, funciona muito bem.

Vedação por dentro do mastro

Mesmo as buchas de Delrin das roldanas das adriças no mastro ainda estarem em bom estado, aproveitamos a ocasião e substituimos todas por buchas de bronze.

As roldanas com as novas buchas de bronze

Aproveitamos a retirada do mastro para instalar a antena de TV no tope do mesmo, o que o eletricista Magrão não havia conseguido, anteriormente, em dois dias de trabalho. O problema é que o conduíte instalado no mastro de 1/2" polegada é insuficiente para a fiação que desce do tope. Só conseguimos passar porque substituimos os fios da luz de tope por um cabo com 5 fios finos. Isto foi possível porque uma das melhorias que fizemos foi instalar uma luminária com lâmpadas led (com luzes de navegação, tope e ...estrobo, que prometo não usar!), o modelo Amazônia Mirim da Optolamp.

Antena de TV e luminária led instaladas

Outra correção realizada foi na fixação da mesa do salão. Trocamos as buchas de nylon nos pés da mesma, que tinham folga, e ela agora não parece mais aquelas mesas de bar que precisam de um calcinho para não balançarem. Também corrigimos as buchas mal dimensionadas na fixação da retranca ao mastro, que deixava-a inclinada. Corrigimos ainda a fixação da extensão do sofá do salão, pois a original não funcionava bem.

A última correção foi a da gaiúta de proa, aquela que o estaleiro corrigiu nos outros Skipper30 aqui do Veleiros e nós recusamos pois não haviamos sentido o problema (veja o post Mais Defeitos).

No mais foram algumas manutenções como um guarda mancebo torto, um vazamento de água numa conexão hidráulica...coisinhas normais.

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Tinguá Também Tem Twitter

Acho o twitter meio "bobinho", mais uma destas "invenções" que a nossa sociedade de consumo nos faz sentir necessidade, mesmo sem sabermos porque. Sabe aquela sensação de "peixe fora d'água"...se você não está ou não tem você é um alienado...

Em todo caso, como amamos o mar não podemos ficar fora d'água...criei uma conta no twitter para o Tinguá (@veleirotingua) e outra para mim (@lflbeltrao). Vai que o negócio não seja só uma nova maneira de perder tempo...E vamos tentar dar umas tuítadas.

Aproveito para informar que adotei em definitivo meu endereço de email do google: lflbeltrao@gmail.com.

Futura tripulação do Tinguá em passeio a Croa do Goré, no Rio Vaza Barris.

Estivemos em Aracaju, neste feriadão, para o aniversário de 3 anos de meu neto mais velho, Pedro. Enquanto o Tinguá ficou fazendo algumas manutenções e melhorias, das quais falo num próximo post.

domingo, 23 de agosto de 2009

Regata Baía Norte

Ontem (22/08) o Tinguá disputou a Regata Baía Norte, a quinta etapa da Copa Veleiros da Ilha de Oceano, com percurso de 17 mn, largando em frente a Av.Beira Mar Norte, realizando um barla sota e em seguida rumando para contornar a Ilha Ratones Grande por boreste e chegando em frente a base do GBS, nas proximidades da ponte Hercílio Luz.

Difícil foi formar a tripulação. Dos tripulantes mais assíduos o proeiro ("o mais bonito da semana de vela de Ilhabela") Raphael Garcia passou num concurso do Ministério do Planejamento e foi morar em Brasília, Guto estava com compromisso e o Polaco com problemas de saúde que acabaram não permitindo sua participação. Restavam Jorge, Érico e Eu. O timão desta vez deixei para o Elói Franzen (Peneira) que aceitou o convite para dar uma velejada no Tinguá e dar sua opinião sobre a regulagem do mastro, que até hoje não conseguimos acertar ainda. Foram muitos contatos até que, na sexta-feira, o Cmdte. Edemar Nunes Pires, do Vendaval V, nos conseguiu um seu tripulante, o Rudinei, do qual, aliás, gostamos muito.

O vento rondou na largada e complicou quem estava de balão (Foto kriz Sanz)

Na largada o vento que era de 4-5 nós de SW rondou para NW complicando os que largaram de balão como nós. Até o meio da perna de popa do barla sota manteve-se N com 5-6 nós o que para o Tinguá é ruim, com nossa genoa 106% e velas pesadas. Com o aumento do vento para 9-10 nós após completarmos o barla sota pudemos andar melhor e ultrapassar muitos barcos. A volta de Ratones foi de popa, cruzamos a linha com 4:48:56h e ficamos em 6º lugar na RGS A. Valeu voltar a velejar depois de um mês, pela boa companhia da tripulação e pelo dia bonito.

(Veja mais fotos e clip em www.esportes domar.com.br)

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Invernando

Os últimos dias tem sido de poucas atividades e novidades. O inverno tem sido frio e então vamos aproveitando para invernar, queimando muita lenha na lareira.

No último dia 25/07 até programamos a participação do Tinguá na Regata F
ortalezas, quarta etapa da Copa Veleiros da Ilha de Oceano. Com o Tinguá já preparado e na água, na sexta à noite diante das previsões de pouco vento e calmarias e como embarcava com a família para Bariloche às 20:00 horas do sábado, liguei para o Jorge dizendo ficar difícil a minha participação. Êle de pronto disse "se é sem vento também não vou". Como não podemos contar pontos para o campeonato para que fazer uma regata que prometia ser um sofrimento e não uma diversão? Sábia decisão! Vários barcos só completaram a regata depois da meia-noite, levando mais de 12 horas para fazer as cerca de 20 mn...

No dia 8 de agosto era para termos a 6ª etapa do Campeonato de Mini Oceano da Avelisc, na Lagoa da Conceição. Mas a regata teve sua data alterada para o dia 15/08 o que muito me chateou, pois neste final de semana estava de viagem marcada. Data escolhida por não coincidir com nenhuma regata. O prejuízo maior foi que a prova valia também como 1ª etapa do Campeonato Estadual de Mini Oceano, disputado em apenas três etapas, sem descartes...

domingo, 19 de julho de 2009

Mutley Vence Mais Uma

Vencemos ontem, com o Mutley, a 5ª Etapa do Ranking de Mini Oceano da Avelisc, na classe Bruma19, na Lagoa da Conceição. Foi um dia com sol e algumas nuvens com 16ºC e ventos consistentes do quadrante sul de intensidade média. A raia em frente a Avenida das Rendeiras consistia de uma volta de barla-sota mais dois triângulos e mais as pernas de contra vento e través do terceiro triângulo.

Optamos por utilizar a genoa 2 o que se mostrou correto. Largamos bem mas tivemos um desempenho ruim, tanto nas manobras como na tática, na primeira perna de contra vento, montando a primeira bóia em terceiro. A partir daí velejamos bem, principalmente nas outras três pernas de contra vento, e fomos abrindo dos adversários. Cabe ressaltar a evolução do Polaco (Luiz Carlos Poyer), grande amigo e proeiro titular neste ano. O cara já está até mandando o timoneiro orçar...

(Foto de Kriz Sanz do www.esportesdomar.com.br)

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Mais Uma Semana de Vela de Ilhabela

Já estou de volta a Florianópolis depois de participar da 36ª Semana Internacional de Vela de Ilhabela (a Rolex Ilhabela Sailing Week, para os anglófilos), na tripulação do Oulalá, um Delta36 do Comdte. Guilherme Bernard, aqui do ICSC-VI. Esta foi minha quinta semana de vela seguida. Sou apaixonado por Ilhabela, que na semana de vela fica melhor ainda.
Concorremos, ou melhor, perticipamos da categoria Bico de Proa A, para veleiros sem medição maiores que 36 pés. Durante as regatas velejamos sério, mas o clima a bordo era de diversão entre amigos. A tripulação além do Guilherme e eu contava com José Zanella, Alberto Costa Neves e Carlos Stramosk (o Caneco). Não aliviamos nada no peso do barco que correu com muito diesel e tanques cheios de água, dogger, bímini e tudo o mais necessário ao conforto da tripulação. Também não houveram gritos ou chingamentos por algum eventual erro em alguma manobra. Agora, o menu a bordo, a cargo de chef Zanella foi primoroso. Teve carneiro uruguaio com cuscuz marroquino, passando por camarões VG na brasa e com espaguete, até a costela desossada na churrasqueira, do último dia. Isto para não falar nos vinhos e cervejas.

Chef José Zanella no Delta36-bistrô Oulalá.

Nosso resultado (14º entre os 28 concorrentes) foi prejudicado por não termos conseguido completar a 5ª regata (que acabou sendo a última) no tempo limite, devido a parada do vento e a forte correnteza contrária. Como já havíamos desistido na Regata de Alcatrazes (esquecemos de levar a janta...) ficamos sem descartar os 29 pontos desta regata. Mas o desempenho da flotilha de 19 barcos do Veleiros da Ilha foi fantástica, superando 2008, com 30 podiuns e 10 titulos de campeão.

(Foto de Kriz Sanz, em www.esportesdomar.com.br).

segunda-feira, 22 de junho de 2009

Rumo a Ilhabela, Sem o Tinguá

Já são quase um mês sem postar. É que são poucas as novidades de vela. O tempo tem estado frio, mais para curtir a casa com fogo na lareira, pinhão, jogo da seleção e claro um bom tinto.

Mais uma vez não deu para ir ao encontro da ABVC, no Bracuhy. Minha filha e neto mais velhos, Fernanda e Pedro, que moram em Aracaju, vieram para cá neste período. Teve ainda o batizado do Enzo, o neto mais novo.

De vela só a disputa da 4ª etapa do Campeonato de Mini Oceano da Avelisc, com o meu Bruma19, o Mutley. Com o Polaco de proeiro vencemos mais esta, neste sábado, na raia da Lagoa da Conceição, num dia ensolarado com ventos de NE de fôrça 4, com rajadas de até 18-19 nós.

Este ano decidimos não levar o Tinguá para Ilhabela. O que aquele pessoal da BRA-RGS fez com a gente no ano passado ainda não foi bem digerido. Mas estou indo na sexta 02/07, de carro, para participar da 36ª Semana de Vela na tripulação do Oulalá (Delta 36), do amigo Guilherme Bernard, na Bico de Proa. Depois conto como foi.

Aproveitamos então para passar epóxi nas partes vivas do Tinguá. Depois do primer Galverette foi pintada uma demão de epóxi cinza, seguida de três demãos de branco, mais a lixação.

(Veja fotos, vídeo e súmula da regata em www.esportesdomar.com.br.)

sábado, 30 de maio de 2009

Tinguá Volta as Regatas

Neste sábado voltamos a disputar uma regata com o Tinguá após um longo recesso. Foi a Regata Tripulação, terceira etapa da Copa Flotilha de Veleiros de Oceano, disputada no outono aqui em Florianópolis em três etapas: as regatas Ele & Ela, Solitário e Tripulação. Neste ano todas as três regatas foram disputadas na Baía Sul, sendo que na Tripulação após largar próximo as pontes e contornar uma bóia em frente ao Veleiros, os barcos fazem um barla-sota de 3 pernas em frente a São José para então retornar para a chegada em frente ao clube, num total de cerca de 15 mn.

Estavam na tripulação além do Jorge e Eu, os amigos Érico (Couto Jr.), Polaco (Luiz Carlos Poyer), Guto (Carlos Augusto Kindlein) e Gica (Geovane B.Garcia), este pela primeira vez no Tinguá. O dia já amanheceu o avesso dos lindos dias de outono que estávamos tendo e contrariando as previsões de CPTEC, WindGuru e outros que previam 15 nós de vento N para a hora da largada, não havia nada. Depois de um RECON largamos com uma aragem de NNE. E largamos muito bem junto a CR com um bom seguimento e direito de passagem. Infelizmente, os barcos Mandinga e SuperPimpo não nos deram água, apesar de nossa preferência e insistentes pedidos. Tivemos que matar o barco para não abalroa-los e nossa boa largada foi para "as cucuias"... o vento acabou de novo e fomos quase os últimos dos 23 barcos a montar a primeira bóia em frente ao clube, aí já com uns 5-6 nós de vento e balão em cima. Aquele badalado fairplay do iatismo não funciona nas regatas. De nossa parte optamos por não protestar, velejamos por prazer e somos muito bem educados, obrigado...

O vento continuou desaparecendo várias vezes durante a regata, onde nunca passou dos 9 nós, mas a pior calmaria foi perto da chegada que matou de vez nossa regata, completada em 5h49m. Para piorar vez por outra caia uma chuvinha gelada. Parece que no final de semana as previsões ficam a cargo dos estagiários...

Na Copa Flotilha há somente duas classes, ORCclube e RGS, sem subclasses, de modo que os barcos pequenos fizeram a festa. Fomos os sétimos na RGS.

(Foto de Kriz Sanz do www.esportesdomar.com.br onde tem mais fotos e clip da regata).

sábado, 23 de maio de 2009

Mutley Volta a Velha Forma

Após dois segundos lugares nas regatas Floripa Tem e na primeira etapa do Campeonato de Mini Oceano 2009, da Avelisc, hoje o Mutley voltou a vencer na terceira etapa, disputada na Lagoa da Conceição. Não disputamos a segunda etapa por estarmos participando do Cruzeiro Costa Sul. A vitória foi mais valorizada ainda pois foi disputada com tempo corrigido. Todos os Bruma19 foram medidos na BRA-RGS, sendo que o Mutley "paga" para os outros, tem o índice de correção (chamado TMFAA) mais alto de todos.



Meu proeiro oficial deste ano esta na França, então convidei o Jorge (Calliari) que mesmo não conhecendo o Mutley se saiu muito bem. A regata foi disputada num dia maravilhoso com ventos do quadrante norte de fôrça 4, que baixou para 3 no decorrer da prova, numa raia em forma de "T" invertido em frente a Av. das Rendeiras.

(Foto de Kriz Sanz do www.esportesdomar.com.br onde há mais fotos, clip e sumula).

sexta-feira, 15 de maio de 2009

O Outono Chegou!

O outono é a melhor estação do ano aqui no sul. São dias lindos, céu limpo, temperatura agradável, pouca chuva, sem os Nordestões e trovoadas do verão, com algumas frentes frias, mas ainda fracas. Os amanhecer e entardecer são exuberantes. As noites frescas e estreladas. Esta foi uma das principais razões para o Cruzeiro Costa Sul ocorrer nesta época. Mas, como todos sabemos o clima não é mais tão comportado assim, de modo que durante o CCS tivemos mais chuva que o normal e que driblar algumas frentes frias poderosas. Terminado o CCS parece que o verdadeiro outono chegou. Temos tido dias maravilhosos com temperatura agradável, sem chuva. Se bem que a frente fria que chegou ontem esta provocando uma queda acentuada na temperatura e mais mar do que o previsto.

Hoje conheci o novo Delta32, o primeiro da segunda geração que esta sendo levado pelo Paulo Ribeiro para Paraty. Como muitos sabem a Delta havia parado de produzir o 32 há cerca de dois anos. Agora, eles estão sendo produzidos aqui em Florianópolis pelo construtor naval Aquiles Tor (construiu os Main, Scheffer31 e Tor12.5) para a Delta Yachts. O modelo recebeu muitas melhorias, principalmente no leiaute interno, e está com uma laminação e acabamento primorosos. Destaque para o bonito contra-molde, camarote de popa e bwc mais espaçosos. Gosto muito da atenção da Delta para pequenos detalhes como lixeira, tampa de acesso ao motor e a isolação acústica do mesmo, armário do banheiro com prateleira (no nosso não veio nem puxador...), porta papel higiênico, travas magnéticas nas portas internas...

sexta-feira, 8 de maio de 2009

Premiação Fevesc

Ontem a noite na Casa de Eventos Penhasco, aqui em Florianópolis, aconteceu a premiação dos campeonatos de vela da FEVESC - Federação de Vela do Estado de Santa Catarina, relativos a 2008. Fomos lá receber os trofeus de Campeão do Ranking Estadual de Mini Oceano e Campeão Estadual de Mini Oceano, na categoria Bruma19, obtidos com o Mutley. Meu muito obrigado ao Guto (Carlos Augusto Kindlein) e Polaco (Luiz Carlos Poyer) meus companheiros nas muitas vitórias, que se revezaram como proeiros, e também a Ana Paula, esposa do Guto, que participou da linda vitória na 3ª etapa.


terça-feira, 5 de maio de 2009

O Costa Sul Terminou!

Os participantes do CCS2009 saíram de Bal. Camboriú na quinta-feira (30/04) para o Caixa d'Aço, em Porto Belo. Por conta de uma pequena frente fria que levantou o mar, só vieram para Floripa no sábado, ancorando ou melhor "apoitando" na sub sede do ICSC-Veleiros da Ilha em Jurerê. No domingo à tarde, a flotilha se dirigiu para a sede centro.

Os comandantes do CCS com o Presidente da ABVC.

Ontem (04/05) o II Cruzeiro Costa Sul foi encerrado em jantar oferecido pelo ICSC, no seu Restaurante Cockpit, com a presença do Presidente Cláudio Santini da ABVC e da Comodoria do Veleiros da Ilha. Houve a homenagem ao ICSC, na pesssoa do Comodoro Inácio Wandresen, pela acolhida dada aos participantes. Também foi a hora de agradecer e homenagear todos que contribuíram para o grande sucesso do evento como o casal Êgle e Ivan (Taai Fung II), separa, Janjão (Sweet), separa, Ricardo (Tangata Manu), separa, Eduardo Zanella (Guga Buy) e o Comodoro José André Zanella que recebeu uma merecida homenagem especial, na forma de uma placa de prata oferecida pelos ex-comandados. Os Zanellas, pai e filho, foram um caso a parte com dedicação total ao bom andamento do cruzeiro e bem estar das tripulações.

Jantar de encerramento no ICSC.

Um ponto a destacar foi a receptividade que tivemos em todas as paradas, desde a Marina Bracuhy e em todos os iates clubes que nos acolheram (Ilhabela e Pindá, Santos, Paranaguá, Joinville, Capri, Veleiros da Ilha), bem como da cidade de São Francisco do Sul e da ANI, em Itajaí. Gostei muito de ter participado do CCS. Foi prazeroso. O grupo foi muito unido e a camaradagem grande. Fiz novos e grandes amigos e aprendi mais sobre este esporte-hobby-arte que é velejar. O Tinguá se comportou muito bem e meu amigo Jorge Silveira, foi um companheiro perfeito.

(Veja mais fotos em www.picasaweb.google.com/lflbeltrao/costasul2009).

quinta-feira, 30 de abril de 2009

O Tinguá esta em Casa

Na terça-feira (28/04) fomos ao Mercado Velho, de Itajaí, tomar chopp com sardinha frita. Fez sucesso entre nós dois interessantes brinquedos de madeira do tipo enigma, vendidos numa loja de artesanato do mercado. Uma caixinha do tipo Você é capaz de abrir? e uma cruz para se descobrir como desmontá-la. Comprei os dois para meus filhos.

Aperitivo no Mercado Velho, de Itajaí.

Por volta das três horas da tarde deixamos Itajaí para fazer o curto trecho até Balneário Camboriú. As dezessete horas já estávamos dentro do Rio Camboriú. A flotilha ficou na Marina Pier 17, ao lado e pertencente ao mesmo grupo da Marina Tedesco.

Pretendíamos, Jorge e Eu, sairmos para Florianópolis na madrugada do dia 30. Enquanto a programação do CCS2009 era ir neste dia para Porto Belo e chegar em Floripa no dia primeiro de maio. Mas ao olhar as previsões na manhã de ontem (29/04) vi que entraria um sul de uns 20 nós pela manhã, que pegaríamos na cara. Mudamos os planos e zarpamos para Floripa naquela manhã mesmo às 11:10h, enquanto o pessoal do cruzeiro ia passear no teleférico.

Foi uma excelente travessia. Vento favorável de NE força 4, que após Bombas reduziu para força 3, corrente a favor, dia ensolarado. O único senão foi o piloto automático que "abriu o bico" na altura da Ponta de Porto Belo. Abri o "cara" mas desta vez não consegui resolver. Chegamos a sede centro do ICSC-Veleiros da Ilha às 17:50h. O Tinguá esta novamente em casa após 5 meses.

Tinguá chegando em casa após 5 meses.


terça-feira, 28 de abril de 2009

Homenagem a ANI

A barra de Itajaí já estava tranquila, na segunda-feira.


Levamos 11:30h para fazermos as 53,4 mn do Capri até o fundeio no Saco da Fazenda, em Itajaí, numa média de 4,6 mn/h. Foi tudo contra. Vento de SSW de força 4, mar picado de SE que foi alongando e baixando próximo ao destino e muita corrente contrária. Mesmo assim mantivemos a mestra ativa numa orça forçada, que só folgou depois da Ponta Negra, nas proximidades da Barra de Itajaí.

A flotilha do CCS fundeada no Saco da Fazenda.

A parada em Itajaí foi um desejo do Comodoro José Zanella para mostrar o trabalho social desenvolvido pela ANI - Associação Náutica de Itajaí, criada pelos velejadores Vilmar e Higina Braz, com crianças e adolescentes carentes da rede pública de ensino. Vilmar e Gina deram a volta ao mundo a bordo do Samoa29 Jornal, na década de 90.

O trapiche e o container sede da ANI, no Saco da Fazenda.

À noite o CCS2009 e a ABVC homenagearam a ANI com a entrega de placa alusiva e uma caldeirada típica de jantar.

Vilmar e Gina apresentam a ANI.

Hoje acordei um pouco mais tarde que o habitual e me deparei com uma aurora maravilhosa. Ela já ia adiantada mas ainda consegui fazer algumas fotos. O fotógrafo não é bom mas vale a pena dar uma espiada nelas aqui.

A aurora no Saco da Fazenda, em Itajaí.

segunda-feira, 27 de abril de 2009

CCS2009 no Capri Iate Clube

Saimos do JIC, em Joinville, com vento SW de 10-12 nós, chegando a 16 nas rajadas, o que nos proporcionou uma gostosa velejada até o porto de São Chico. Como havia um navio desatracando e outro adentrando o porto baixamos a mestra e ligamos o motor por (excessso) de segurança. Continuamos até o Capri Iate Clube com motor e genoa. A passagem pelo canal de acesso ao CIC foi tranquila para toda a flotilha, que foi acomodada nos piers com fingers no lado oposto ao clube no canal. Mais uma vez com os marinheiros do clube ajudando, já que a maré enchente e o sudoeste dificultavam a manobra, principalmente para a atracação de popa.

Velejando rumo ao Capri, na Baía da Babitonga.

Se a sexta já havia sido chuvosa o sábado (05/04) então amanheceu com mais chuva. Mesmo assim alguns barcos do CCS atenderam o convite do pessoal do clube para participarem de uma regata entre veleiros do Capri e JIC. As mulheres aceitaram o desafio da ala masculina e montaram uma tripulação para disputarem no Mony. Quem venceu a classe especial criada para os participantes do CCS foi o Alondra, do Ícaro. Mas a grande sensação foram as mulheres que, com ventos fracos e rondados, orientadas pela tática Tati, do Bruxo, bateram feio a tripulação de "ban-ban-bans" do Sophia (Eduardo, Zanellinha, Ricardinho, Fernando, Lui
z "Bruxo", Íbis, Jonas e Binho). Palmas para elas (Helena, Cristina, Diana, Êgle, Tati, Vitória e Heleninha) que durante o jantar oferecido pela comodoria do CIC receberam um buquê de rosas. A zoada em cima da tripulação do Sophia animou a festa.

O Mony e sua trpulação feminina saindo para a regata.

O domingo amanheceu ensolarado e bonito ainda com vento sul, na casa dos 6-8 nós. Nossa saída para Itajaí ficou para às três da manhã de segunda (27/04). O Santa Rita, que ficara em Paranaguá com problemas de motor, chegou logo no inicio da tarde e o Bruxo foi embora logo após, sendo que o Mood Indigo já havia partido no sábado de madrugada, por terem compromissos inadiáveis.

Flotilha do CCS no Capri Iate Clube.

No Capri não consegui de jeito nem um acessar a rede sem fio. Acho que estou na lista negra ...E o sinal de celular da Tim era muito fraco, de modo que não pude acessar a internet. Então usei o tempo ocioso para adiantar minha leitura do livro Laowai, da Sônia Bridi .

sexta-feira, 24 de abril de 2009

Prosit! Joinville

Foram menos de duas horas para as 8 mn desde de São Chico até Joinville, pela Baía da Babitonga e Rio Cachoeira. Chegamos ao Joinville Iate Clube (JIC) às 11:00 horas e fomos recebidos pelos funcionários auxiliando na atração no moderno pier flutuante, numa amostra da excelente receptividade que tivemos. Aliás, uma tônica aqui no sul. Todos os 19 veleiros puderam ser acomodados no pier com luz e água, wireless. Está faltando o Santa Rita que ficou em Paranaguá para resolver problemas de motor e ainda não reencontrou a flotilha. Os veleiros Makai e Blu nem partiram e o Nice, de Joinville, se juntou a o cruzeiro em Paranaguá num dia e saiu no outro por alegados motivos de saúde. Também presente no pier o Gunther Weber, velejador da terra amigo de muitos dos participantes, oferecendo seus préstimos.

Na chuva rumo a Joinville pela Babitonga.

O JIC é um clube bonito e muito organizado. A turma almoçou no excelente restaurante Babitonga's do clube. E a noite novo jantar, com buffet, variado oferecido pela comodoria, com a presença da mesma e vários associados. Só quem não está bom é o tempo. Uma nova frente fria alcançou Santa Catarina, o mar cresceu muito lá fora e o jeito é ficar aqui dentro da Baía da Babitonga, pelo andar da carruagem até o domingo. Deste modo, alteração da programação e resolvemos ficar mais um dia em Joinville abusando da hospitalidade.

Os veleiros do CCS no pier do JIC.

Ontem nosso Comodoro providenciou o aluguel de um ônibus e lá foi o CCS2009 num tour gastronômico. Primeiro almoço típico com marreco recheado com repolho roxo, eisbein, sopa preta no Gute Küche, no Distrito de Pirabeiraba. Na volta, depois de uma passada no supermercado para abastecer as dispensas de bordo, parada nas Empadas Jerke, para degustar as excelentes e famosos empadinhas folheadas com chopp Opa Bier. Tudo bem joinvillense. Enquanto uma turma foi no shopping outra foi ao mercado municipal, onde se descobiu no box chamado Mercearia Sofia, a cachaça Sofia, quem vem a ser o nome do Delta32 (Sophia) do Eduardo L.Nogueira Costa. Motivo mais do que justo para experimentá-la.

A Mercearia Sofia e o Eduardo do Sophia.

Não acabou aí não. Após um pit-stop de pouco mais de hora em seus barcos o pessoal voltou ao ônibus e ao centro da cidade para jantar na Choperia Soop. Prosit! Joinville. Logo mais ao meio dia estaremos voltando a São Chico, desta vez para o Capri Iate Clube.

(Veja mais fotos em www.picasaweb.google.com/lflbeltrao/costasul2009).