segunda-feira, 31 de dezembro de 2007

Curtindo o Tinguá

Com quase um ano de idade o Tinguá incorporou sua vocação cruzeirista. Aliás, ele foi construído com essa prioridade. Na quinta-feira (27/12) "subi" sozinho com ele para a sub-sede Jurerê, para variar com vento e marés contra (NE). Vamos ficar por lá, numa poita, por uns 10 dias.
Na sexta a tarde velejamos, em ritmo relaxado, pelas baías de Jurerê e Armação. Estávamos Jorge, seu filho Leonardo, meu irmão Dudu (Carlos Eduardo) e Eu. No final da tarde armou uma trovoada, mas conseguimos driblá-la.

No sábado de manhã saí com a esposa e os dois filhos pequenos (Gabriel e Rafael) para passar o final de semana. A idéia era ir para a Praia da Tainha, na ponta de Mariscal, mas o mar um pouco mexido e o NE já crescendo bastante, nos fizeram ir para a Praia do Tinguá novamente. Churrasquinho a bordo, praia, frescobol com a esposa, brincadeiras com bola com os meninos, pescaria no botinho...Ao meio-dia tivemos a visita da minha filha Patrícia com o genro Leonardo, na lancha do sogro, com mais umas amigas italianas.

No final da tarde foram chegando vários veleiros conhecidos (Vento Solar, Vendaval, Zeus, Noa Noa II, Talismã, Bandoleiro, Chefia...) de modo que onze pernoitaram no Tinguá. Mais alguns na baía da vila de Armação da Piedade e na Fazenda da Armação.

Retornamos no início da tarde de domingo, antes da trovoada da tarde, numa gostosa velejada de través, só de genoa, com NE de 11-14 nós e 6 nós de média.

domingo, 23 de dezembro de 2007

Fim-de-Semana no Tinguá

Na sexta (21) choveu, mas no sábado de manhã zarpamos do Veleiros da Ilha para finalmente passarmos o primeiro fim-de-semana completo, com minha esposa e os meninos, a bordo, e na praia do Tinguá, origem do seu nome. O dia estava maravilhoso com vento NE crescendo dos 6-7 nós iniciais para os 17-19 no final do trajeto. Fomos de genoa e motor, fazendo em torno de 6 nós. O Tinguá em sua "versão cruzeiro" com dogger, toldo, enrolador, carregado de diesel, água, mantimentos, churrasqueira, mesa de cockpit, botinho e motor, e tudo o mais necessário para cruzeirar.
Lá chegando, almoçamos um espaguetti feito pela "chef" Kati, descansamos esperando o sol baixar e, depois das quatro, pegamos o botinho e fomos curtir a maravilhosa prainha do Tinguá. Apesar do sábado de temporada (havia umas vinte lanchas e quatro veleiros) estava bem tranquilo. A noite foi outra maravilha com águas tranquilas, temperatura amena e uma espetacular lua cheia.

No domingo mais um dia lindo de sol, fomos cedo para a praia, retornando ao barco depois das onze horas. Recebemos então a visita da lancha Nega III (Phantom 290) do amigo Ademar Nienkotter, sogro da minha filha Patrícia, com meu genro e alguns amigos a bordo. Depois do peixinho frito e camarão à milanesa e algumas biritas, eles foram embora e o comandante foi tirar uma sesta. No final de tarde, retornamos ao Veleiros da Ilha numa velejada de popa, pois o vento continuava NE, com uns 11-12 nós.

terça-feira, 11 de dezembro de 2007

Tripulantes do Tinguá

Neste ano de 2007 o Tinguá disputou todas as oito etapas da Copa Veleiros de Oceano (as três primeiras na RGS A e as demais na ORC Club), a regata Ele e Ela da Copa Flotilha de Oceano e a 34ª Semana de Vela de Ilhabela (na classe ORC Club 670). Foi um excelente aprendizado para nós, Jorge e Eu, comandantes, acredito que também para a maioria dos tripulantes. Neste post apresentamos os amigos que tripularam o Tinguá conosco.



Érico Athayde Couto Júnior, cuida das escotas da genoa e balão, auxilia na trimagem das velas e na navegação. Desde de 2006 veleja comigo no Mutley (Bruma19) nas regatas de mini-oceano. Só não participou da Regata Itajaí.
Sebastião Pratts Júnior, proeiro, também trimmer e responsável pelas escotas da genoa. É o nosso marinheiro, sempre disposto. Não participou das regatas Família Back e Itajaí, também não foi à Ilhabela.
Marco Antônio Duarte Rodrigues (Marcão) (39), segundo homem da proa. Participou de todas as regatas a partir da Semana de Vela de Ilhabela.
Luiz Carlos Poyer (Polaco) (50), amigo e conterrâneo meu e do Jorge, ingressou na tripulação após o retorno de Ilhabela. Sem experiência com vela, começou só com escora e a cada regata vai assumindo outras atividades. Raphael Barp Garcia (27), proeiro na Regata Lineares e na Semana de Vela de Ilhabela. Bruno Negri (18), timoneou nas três primeiras regatas do ano e em Ilhabela. Claci Carvalho Salles (45), minha esposa, tripulou na Regata Ele & Ela da Copa Flotilha, onde tivemos excelente desempenho. Tivemos ainda, com uma única participação, os amigos Henrique de Vasconcellos Back (17) que fez proa e timão na Regata Família Back, o francês Laurent Schmidt na Regata Bal. Camboriú, Alexandre de Carlos Back grande velejador que timoneou na Regata Itajaí e Cristiano Wuerzius na Regata Volta a Ilha. Sem esquecer da nossa querida tripulante mirim na Semana de Ilhabela Luiza Vanzetto (15).
À todos nossos agradecimentos e nossa satisfação em poder ter desfrutado de suas companhias. Ano que vem tem mais.
(Fotos de Claci Salles (grupo), Cristiano Wuerzius e Jorge Calliari).

segunda-feira, 10 de dezembro de 2007

Volta a Ilha Volver !

A XXXIX Regata Volta a Ilha era a primeira do Tinguá e de quatro de seus seis tripulantes, mas não durou muito. Partimos muito bem às 10:05 do dia 08/12, tendo na tripulação Eu, Érico Couto Jr., Marco Antônio Duarte Rodrigues, Luiz Carlos Poyer, Sebastião Pratts Jr. e Cristiano Wuerzius, em substituição ao co-proprietário Jorge Calliari. Cristiano, vinte e poucos anos, com experiência em monotipos, foi uma indicação do Raphael Garcia, nosso proeiro em Ilhabela.



Escolhi uma rota de risco, aproveitando o calado de 1,55 m do Tinguá, detalhadamente estudada na noite anterior e plotada nas cartas digitais do programa CCD Gold, em nosso GPS. Íamos descer a Baía Sul da Ilha de Santa Catarina pela margem esquerda, região de muitos baixios, ainda mais com a maré "torrada" na largada da regata, o que deveria nos dar uma boa vantagem ao chegarmos a Barra Sul.


Como disse, largamos bem de balão, com vento N-NW na faixa dos 8-10 nós. Nesta edição fomos os únicos a optar por este trajeto. Ao chegarmos próximo a ponta da Caiacanguçu, já percoridas 9,5 mn e vencidos alguns baixios, o vento já rondado para NE começou a crescer bastante e acelerar nas encostas dos morros da região. Passamos lambendo a ponta, pegando o canalete ali existente com uma profundidade de 5-7 m. Em seguida nos deparamos com uma chata, do pessoal que está passando um cabo submarino de energia elétrica, fundeada bem no canalete. Aquela altura estava muito difícil de controlar o barco, que ameaçava atravessar o tempo todo. Optei deixar a chata por boreste a uma distância maior, por segurança. Érico que vinha acompanhando nosso progresso no GPS, precisou deixá-lo para ajudar o Júnior nas escotas do balão. Uma quase atravessada, a mais de 8 nós, para BB e...encalhamos! No canalete as margens são como degraus, a diminuição da profundidade é abrupta. Tentamos, tentamos mas só conseguimos nos safar utilizando o motor e aí foi-se a regata para nós. Meia volta volver...


Só nos restou retornar decepcionados ao clube, estávamos em terceiro lugar,só atrás dos "grandões" Catuana Kim e Mano's Champ. Mas ainda tinha mais. Estávamos motorando para sair dos baixios e acabou o diesel. Abastecemos com o camburão, mas entrou ar no sistema. Enquanto eu tentava tirar o ar e fazer o motor funcionar, os tripulantes no cockpit tocavam o barco só com a mestra. Como dá para ver no log na figura acima, encalhamos novamente, e agora sem motor. Era azar demais...então lembrei-me que o Cristiano chegou no barco com uma penca de bananas. Nunca acreditei nestas superstições, mas por via das dúvidas não embarco banana. Imediatamente, joquei as bananas ao mar e, em seguida, conseguimos desencalhar o Tinguá. Voltamos numa gostosa velejada de contra-vento, com um "nordestão" que chegava aos 30 nós.
A culpa foi das bananas....
(Fotos de Kriz Sanz do http://www.esportesdomar.com.br/)

quinta-feira, 6 de dezembro de 2007

Está Chegando a Hora

Faltam só dois dias para a XXXIX Regata Volta a Ilha, oitava e última etapa da Copa Veleiros da Ilha de Oceano, a mais tradicional e desafiadora regata de Santa Catarina, realizada pelo ICSC e FCVO. De nossa parte não fizemos muito. Apenas o básico, como em todas as regatas, que é a retirada da genoa de enrolar e do "tambor" do enrolador, do dog-house, posicionamento da âncora junto ao pé do mastro (conforme certificado ORC Club), retirada de materiais diversos de cruzeirar, diminuição da água nos tanques, abastecimento do barco de alimentos e água potável.

A única dificuldade está em encontrar um tripulante para substituir o Jorge que estará viajando. Como aumenta muito o número de veleiros participantes a disponibilidade de tripulantes é escasssa.

quarta-feira, 21 de novembro de 2007

Problema Resolvido ?

Num post anterior (07/09/07) relatei um problema de vazamento de água no interior do Tinguá. Achávamos que tínhamos resolvido o problema, com a calafetação das duas tampas de inspeção do tanque de água de proa. Na real só agora, no feriado de 15 de novembro é que testamos a calafetação do tanque de proa. Apareceu água nas cavernas novamente e numa boa quantidade. Não tinha como ser vazamento pelas tampas de inspeção tal quantidade de água. Os Skipper30 possuem dois tanques de água doce. Um em aço inox de 80 litros sob o sofá de bombordo e um segundo de 150 litros sob a cama de proa, em fibra de vidro.

No seco enchemos os tanques até a boca e verificamos que não havia nenhum vazamento junto as tampas de inspeção. Dei um soco em cima do tanque e jorrou água. Pronto, finalmente estava descoberto a origem do problema: como se vê na foto, simplesmente o estaleiro não "fibrou" a junção da parte de cima com o restante do tanque!

Povidenciamos o conserto e um reforço geral de todo o tanque, bem como a união do quebra-onda com a parte superior do tanque, visando dar-lhe maior rigidez, já que o mesmo é muito frágil.

Bem, é mais um "defeito de fabricação" resolvido. Já dá para encher um caderno com todos êles...

segunda-feira, 19 de novembro de 2007

NautiCapri 2007

Já está virando "sina". Todo feriadão nos preparamos e o clima não coopera. Neste não foi diferente. Pior, hoje (segunda-feira) amanheceu um dia espetacular, com mar baixo e vento na faixa dos 6-8 nós. Restou trazer o barco da sub-séde de Jurerê para o Centro. Fiz isto à tarde, na companhia de meu sobrinho Tassinho. Mesmo com o vento contra, Sul de 10-12 nós, fizemos uma velejada gostosa até o Mangrulho (cerca de 3 mn do clube). O vento já estava nos 15-16 nós mas conseguíamos uma proa quase na Ponte Hercílio Luz, coisa de uns 15º fora. Aí o vento rondou uns 30º para Oeste e aumentou para a casa dos 20 nós, nos obrigando a muitas cambadas até cruzar as pontes.

Voltando ao feriado. Na quinta (15/11) amanheceu com um forte vento Sul. Velejar com a família nem pensar. Então pegamos o carro e fomos até São Chico conferir a NautiCapri, no Capri Iate Clube. Fiz contato com a Weg Tintas atrás da prometida "envenenada" branca, encontramos o casal Eneida e Marçal Ceccon (minha esposa adquiriu o livro sobre cozinha à bordo da Eneida), contatos com o Gunther Weber e o Jaime da ILS, mostrei o RO400 e a Phantom500HT para minha esposa e os meninos...Pena que desta vez não sobrou tempo para uma nova visita ao Museu Nacional do Mar.

Na sexta ainda deu para dar uma velejada em Jurererê-Canasvieiras-Ponta das Canas com o Jorge. Mas, sábado e domingo foi de muita chuva.

Antes do feriado chegou mais um Skipper30 no ICSC, o novo Cobra D'Água do John.

domingo, 11 de novembro de 2007

Regata Mormaii

Ontem (10/11) disputamos a Regata Mormaii válida pela 7ª Etapa da Copa Veleiros da Ilha de Oceano. Com largada às 11:00h entre o Mangrulho e as Ilhas de Ratones e seguindo até a Ilha do Mata Fome, na ponta sul da Praia dos Ingleses, retornando a sub-sede de Jurerê do ICSC, num total de 27,7 mn.


Pela primeira vez repetimos a tripulação, a mesma da Regata Balneário Camboriú, isto é Jorge, Eu, Érico, Marcão, Polaco e Júnior. Largamos bem, sem nenhum problema, com vento Norte fraco, abaixo dos 6 nós. Enquanto teve algum vento estávamos muito bem posicionados na regata. Só que com menos de uma hora de prova o vento acabou e aí foi "loteria" durante quase quatro horas "boiando" em frente à praia da Daniela, ainda na Baía Norte. Presenciei algo inédito para mim, enquanto o Catuana Kim, maior e mais rápido barco da flotilha, conseguia chegar a ponta de Jurerê antes do vento acabar e seguir com vento Norte, nós, os outros barcos da ORC e da RGS A, assistíamos sem vento algum os veleiros mais lentos vindo em nossa direção com vento Sul e balões em cima. Preparamos os balões e nada de o vento chegar. O pessoal nos alcançou e o vento acabou para eles também. Até que (nos pareceu uma eternidade ainda mais com o forte sol), o vento chegou, do Sul, e foi como uma nova largada. Chegamos na bóia em frente à sub-sede de Jurerê, que deveria ser contornada por bombordo, logo após às 16:00 h e desistimos de prosseguir, apesar de o vento começar a aumentar e firmar. Foram mais de cinco horas para percorrer um terço do percurso e a motivação da tripulação estava em zero.

Deixamos o barco em Jurerê com o intuito de aproveitar o feriadão de 15 de novembro na região.

Na quinta-feira, antes da regata, entrei em contacto com o Alfredo Larrondo, do Club de Cartas Digitales, da Argentina, para adquirir o software de navegação CCD Gold pois a nossa licença de teste havia expirado em outubro. Num processo super rápido, adquirimos as regiões 2 e 3 (abrangem do Chuí à Macaé) e na sexta já estávamos com a última versão instalada, pronta para utilizá-la na regata.

sexta-feira, 2 de novembro de 2007

Chuva, chuva, chuva...

Feriadão, o Tinguá pronto e...chuva, chuva, e mais chuva. Chove desde a madrugada e a meteo rologia está prevendo tempo instável para amanhã ainda. Abre no domingo, mas à tarde chega uma frente fria com ventos fortes. Parece que velejar não vai ser o programa do feriadão...
A boa notícia dos últimos dias foi a excelente participação do Eduardo Zanella, na Regata Santos-Rio na classe Solitário. Eduardo venceu a categoria para barcos até 34 pés, sendo o único a completar a prova, com o valente Guga Buy, a bordo do qual, com o Eduardo e seu pai, participei de memoráveis navegadas (vide os primeiros posts).

Tempo de chuva aproveitei para ler um pouco das andanças dos amigos Júnior, a bordo de seu Gosto D'Água no Projeto Navegar é Preciso (http://www.gostodagua.com.br/) , e Marcelo "Gusmão" Reitz, a bordo do Moleque no Projeto Rota Norte (http://www.marcelogusmao.com.br/).

domingo, 21 de outubro de 2007

Encerrada Temporada de Mini-Oceano

Ontem (20/10) foram encerrados os campeonatos de mini-oceano com duas regatas na Lagoa da Conceição. A primeira valendo pela 2ª etapa do Campeonato Estadual e a segunda regata valendo como 3ª etapa do Estadual e 8ª e última etapa da II Copa CASAN/AVELISC de Mini-Oceano. Na classe Bruma19, nós do Mutley precisávamos chegar à frente do Pinduca, do Christian Frentzen, para vencermos os dois campeonatos. Mesmo em recuperação de uma forte gripe, que me derrubou por dois dias e impediu que treinássemos com o novo proeiro, fomos para a raia. Aliás, proeiro que soubesse manobrar vela balão foi nosso grande problema neste ano. Tivemos nossas chances de vitória, na 6ª e 7ª etapas, reduzidas pela falta de um na primeira e por utilizar um improvisado na outra. Para resolver o problema trouxemos o proeiro oficial do Tinguá, Júnior Pratts, que no entanto não conhecia o barco.

As regatas foram disputadas com vento, na maior parte do tempo, de NE que foi crescendo durante o dia de cerca de 11 nós até próximo aos 20 nós. Apesar do mau início, nos recuperamos e vencemos a primeira regata com boa folga para o Pinduca. Infelizmente, na segunda quebramos um dos suportes do leme do Mutley e tivemos que abandonar, facilitando a vitória do Pinduca, que assim conquistou os dois campeonatos. Neste ano tivemos que nos contentar com os dois vice.
(Foto de Kriz Sanz do site http://www.esportesdomar.com.br)

sexta-feira, 19 de outubro de 2007

Retorno de Itajaí

Se a regata foi de contra-vento, o retorno no dia seguinte também seria. A previsão, que se confirmou, era da entrada de uma frente fria na manhã de domingo com fortes ventos do quadrante sul. Assim, programamos deixar o Tinguá numa das poitas, gentilmente cedidas pela ANI, no Saco da Fazenda. Aliás, velejando na região de Itajaí o Saco da Fazenda é uma excelente opção de ancoradouro seguro, com calado mínimo de pouco mais de 2m e todo o apoio do pessoal da ANI. Se alguém precisar dos waypoints é só me contactar.

Na sexta-feira 12, feriado do Dia das Crianças, Jorge e Eu fomos para Itajaí para buscar o Tinguá. Com previsão de vento nordeste, na faixa dos 10-12 nós, soltamos da bóia somente às 14:20h, depois de preparar o Tinguá instalando enrolador e genoa de enrolar, dog-house, toldo, etc.


Após uma calmaria logo na saída da barra de Itajaí, fizemos uma navegada tranquila com ventos favoráveis na faixa dos 6-10 nós. Somente na chegada, a menos de 5 mn de casa, já passadas as Ilhas de Ratones na Baía Norte, o NE cesceu muito, passando dos 20 nós. Chegamos às 22:00 h na séde do ICSC. Na hora certa, pois o vento continuou crescendo, chegando a rajadas próxima aos 40 nós, lá pelas 23:00h.
(Foto de Kriz Sanz do site http://www.esportesdomar.com.br)

domingo, 7 de outubro de 2007

Regata Itajaí

Ontem (06/10) disputamos a 6ª etapa da Copa Veleiros da Ilha de Oceano, a Regata Itajaí, com saída de Jurerê e chegada entre a Ponta de Cabeçudas e a Barra do Rio Itajaí, com 33,4 mn.
Estou começando a acreditar que o maior problema de um comandante de veleiro de oceano é formar uma tripulação. Mais uma vez não conseguimos repetir a mesma formação. Desta vez nosso atual proeiro Júnior Pratts não pode participar. Após muitas tentativas de substituição, na noite anterior Alexandre Back, um de nossos melhores velejadores e comandante do Mano's III, que já havia nos solicitado uma oportunidade de timonear o Tinguá, já que pretende trocar de barco e o Skipper30 é uma opção potencial, confirmou sua participação. E foi providencial, pois Érico com problemas de saúde acabou desfalcando a tripulação na última hora. Assim fomos em cinco (Jorge, Eu, Marcão, Polaco que retornou e Back) e com funções trocadas, o que causou muitos desentrosamentos nas primeiras manobras.

A previsão era de contra-vento, isto é, ventos do quadrante norte, como foi a semana toda, só que com intensidade mais amena, na faixa dos 12-15 nós. Deste modo ficamos no grupo que optou por velejar mais próximo à terra, para fugir da considerável corrente contrária. Mas, previsão é previsão, e o vento mesmo se mantendo no quadrante norte, com rondadas à oeste e leste, teve intensidade menor e, pior, uma calmaria na altura das praias ao sul de Camboriú, que "acabou" com a nossa regata, que até alí era para 2º ou 3º lugar. Acabamos em sexto na ORC Clube. O final da regata foi "terrível" com ventos fracos e nova calmaria já bem próximo da linha de chegada. Acabou até atrapalhando a premiação que seria na Marejada, tradicional festa portuguesa da cidade de Itajaí, que teve de ser adiada devido a demora na chegada dos últimos barcos.

Cabe ressaltar aquí o trabalho do Vilmar Braz e sua esposa, com "sua" ANI (Associação Náutica de Itajaí), entusiastas que conseguem viabilizar esta regata pela quarta vez. O pessoal da ANI deu todo apoio na atracação no Saco da Fazenda, onde tem sua séde, e na guarda dos veleiros que lá permaneceram esperando melhores condições de tempo para retornarem, como foi o caso do Tinguá.
(Foto de Kriz Sanz do site http://www.esportesdomar.com.br)

sexta-feira, 21 de setembro de 2007

Retorno de Camboriú


Aproveitando que o vento era do quadrante sul, mas fraco, Jorge e Eu saímos do Pier 17, no Rio Camboriú, às 8:45 h de domingo, rumo à Floripa.

Entrar e sair na barra do Rio Camboriú, a Barra Sul em Balneário Camboriú, está muito tranquilo. Foi concluida a construção do molhe de proteção, detonadas algumas pedras e sinalizado o canal. O calado mínimo, na maré baixa, é de 2 m. Plotei novos pontos no nosso GPS, agora "in loco".

Fizemos uma navegada de retorno muito tranquila até o canal norte da Ilha de Santa Catarina. Vento S-SE de fôrça 2-3 a maior parte do tempo. Por cerca de uma hora, na altura de Bombas-Bombinhas soprou mais forte, com fôrça quatro. Só, logo após adentrar o canal norte foi que encaramos um "sulzão" de cara com força 6 e mar com bastante marolas. Mas, o Tinguá enfrentou muito bem com o grande em cima e a proa num ângulo de 30º com o vento. Chegamos ao Veleiros da Ilha às 17:00h.

segunda-feira, 17 de setembro de 2007

Regata Balneário Camboriú



Neste sábado 15, disputamos a Regata Balneário Camboriú, válida pela 4ª etapa da Copa Veleiros da Ilha de Oceano. Com saída em frente a praia de Jurerê e chegada próxima à Ilha das Cabras em Bal. Camboriú, numa distância de 30,5 mn.

Com vento SW fraco largamos fazendo um "soutian" no balão, por conta da falta de entrosamento da tripulação. Que aliás, desta vez era composta por mim no timão, Jorge na secretaria, Júnior Pratts na proa, Érico Couto nas escotas da genoa e na de sotavento do balão, Marco Antônio ajudando a proa e, subsituindo o Poyer, nosso convidado Laurent, francês radicado no Rio e proprietário de um Delta 32. Depois "engrenamos" e andamos muito bem, sempre arribando um pouco, até acabar o vento completamente, quando estávamos entre os primeiros da regata. O vento retornou com fôrça 4 de NE rodando para E até as proximidades da Ilha do Amendoim. Daí em diante foi aragem, entre 3 e 5 nós, já de SE. Tivemos alguns erros táticos no trecho com mais vento e fomos ultrapassados por muitos barcos. Recuperamos parte no trecho final, lamentando que o vento não tivesse uns 4-5 nós a mais. Cruzamos a linha com 06:38:48h, em 4º na classe ORC Club e, pela primeira vez, na frente de todos os barcos da RGS.

Nesta regata aprendemos que o barco desempenha muito melhor andando um pouco arribado no contra-vento e encontramos melhor distribuição do peso da tripulação.

(Foto de Kriz Sanz de www.esportesdomar.com.br onde há muitas outras fotos da regata)

sexta-feira, 7 de setembro de 2007

Erro na Medição ORC e Problema Resolvido

Dias atrás fomos alertados pelo Maurano, do estaleiro Skipper, que a nossa medição ORC Club estava com o PIPA igual a zero, isto é, como se o Tinguá não tivesse motor e rabeta com hélice. Um erro imperdoável da ABVO, que denota falta de cuidado na emissão dos certificados de medição, que eles imputaram ao sistema...

Pagamos o preço da iniciação e do pouco conhecimento das regras da ORC Club. Tentamos nos prever contra isso, contratando um profissional com conhecimento para analisar nosso certificado. Aconteceu que a medição que era para ter saído até 20 de junho só nos foi enviada na noite de 30 de junho. (Atraso que nos prejudicou inclusive na disputa da Copa Veleiros da Ilha de Oceano, pois tivemos que disputar a 3ª etapa em 22 e 23/06 ainda na classe RGS. Sendo que as duas primeiras etapas seriam os nossos dois descartes previstos no regulamento.) O profissional em questão partiu, na manhã do dia 1º de julho, numa travessia cumprindo outros compromissos, de modo que não conseguimos ter a tal análise antes da participação em Ilhabela. Na volta de Ilhabela relaxamos, e quando o Maurano nos avisou recém havíamos entregado o certificado à ele para a tal análise.

Uma boa notícia foi a solução do acumulo de água embaixo das pias da cozinha, após cada velejada. Descobrimos tratar-se de água que vazou do tanque da proa, que tem duas tampas de inspeção, que não foram vedadas, e foi para as cavernas, da onde saía aos poucos quando o barco adernava. Com uma bomba e utilizando o furo por onde passa a mangueira da bomba de porão, esgotamos toda a água e o problema se resolveu. Falta agora testar o tanque de proa com a calafetação executada.

domingo, 26 de agosto de 2007

Olha o Tinguá na Náutica

Na última edição da Revista Náutica (nº 228), na reportagem sobre a Semana de Vela de Ilhabela saiu a foto ao lado do Tinguá, durante a disputa de uma das regatas barla-sota, na classe ORC Club 670.

Eu e o Tinguá também fomos citados no texto da reportagem: ""Essa ilha merece o nome que tem", atestava Luiz Beltrão, comandante do Tinguá, da classe ORC 670, que foi velejando de Florianópolis até Ilhabela só para participar do evento, ao lado de outros 11 barcos....".

O Tinguá também aparece na foto aérea de duas páginas, na abertura da reportagem sobre a semana de vela, na edição de agosto da revista do Yacht Club de Ilhabela.


Ilhabela e sua semana de vela são fantásticas. Ano que vem pretendemos estar lá novamente.

(Mais fotos da participação do Tinguá em Ilhabela em http://www.picasaweb.google.com/lflbeltrao/34svilhabela)

segunda-feira, 6 de agosto de 2007

Regata Baía Norte


No sábado (04/08) o Tinguá disputou a Regata Baía Norte, 4ª etapa da Copa Veleiros da Ilha de Oceano, na raia da Baía Norte, em Florianópolis, com cerca de 18 mn. O dia estava fechado com neblina e o vento fraco de quadrante norte, mudou para Sul de fôrça 5-6, não sem antes passar por uma calmaria.
Iniciamos uma "nova fase", agora mais "light" em termos de regatas. As experiências da participação numa classe competitiva como a ORC 670 em Ilhabela, com as medições, tanto RGS como ORC Club, a construção do barco voltada para cruzeiro, nos fizeram repensar nossa participação em regatas. Vamos continuar a participar, sim, mas sem "stress", como curtição e com uma tripulação de amigos. E Jorge e Eu é que vamos timonear o Tinguá.


Nesta regata nosso marinheiro Júnior Pratts voltou a fazer a proa e nosso grande amigo Luiz Carlos Poyer, o Polaco, sem experiência com vela, estreou na tripulação. Naturalmente, estes fatos influiram no nosso desempenho que começou ruim, inclusive largando atrasados, e melhorou na parte final, depois de o vento mudar para o quadrante Sul e crescer de intensidade. O resultado foi um 6º lugar na nossa primeira regata na ORC Club aqui em Florianópolis.
(Foto de Kriz Sanz de http://www.esportesdomar.com.br/)

quarta-feira, 18 de julho de 2007

Travessia de Volta pra Casa


Terminada a 34ª Semana de Vela de Ilhabela a preocupação passou a ser a volta para casa. No retorno da última regata abastecemos o Tinguá de diesel e água, reinstalamos o dog house e toldo, enfim retornamos todo o material retirado para as regatas. Saí da pousada, uma passada no supermercado e fui dormir no barco, pronto para partir.

Havia acertado na manhã a companhia do Norberto Zaniboni, tripulante do Big Toy, para fazer a travessia de retorno comigo. A grande preocupação era com as condições meteorológicas. O domingo amanheceu com um forte sudoeste e permanecemos o dia inteiro monitorando o tempo. No final do dia, no intervalo do jogo Brasil x Argentina pela decisão da Copa América, decidimos partir imediatamente, pois o vento havia diminuido e rondado para sudeste. Era preciso aproveitar esta janela, já que na quarta entrava uma frente fria em Floripa.

Zarpamos às 20:20h juntamente com Karkará, Big Toy, Mano's Champs, Kíron e Bruxo. Na saída do Canal de São Sebastião pegamos ventos de 15-17 nós (com rajadas de até 19) e velejamos por 2 horas, sem motorar. Foram as únicas, dali em diante o motor não foi mais desligado. Salvo raras ocasiões, o vento foi fraco do quadrante sul, de modo que a genoa foi desenrolada poucas vezes. A primeira noite e dia foram duros, pois além do tempo frio choveu sempre.

Já na altura de Porto Belo levamos um "susto". Havíamos tentado várias vezes durante à tarde contato com a Itajaí Rádio, sem sucesso. Por volta das 19:30 h escutamos o veleiro JP, que seguia rumo à Bal.Camboriú, receber uma previsão da operadora da Rádio Costeira Navegantes de "ventos de nordeste, noroeste e sudoeste de força 6 e 7 e mar crescendo com ondas de 3 à 4 m". Eu e Norberto tomamos as providências necessárias: mudança de rumo para o Caixa D'Aço distante 25 mn naquele momento, motor nos 3500 giros, 2º rizo na grande, cintos, lanternas, barriga cheia...Há cerca de 5 mn do Caixa D'Aço consegui contato via celular com a RENEC (fone 4004-2103) e constatei que a previsão passada pela Navegantes Rádio era na verdade a da área Bravo e que na área Charlie, onde navegávamos, permanecia a previsão como visto no domingo em Ilhabela. Retornamos imediatamente o rumo para Florianópolis e atracamos no ICSC às 4:30h da quarta-feira dia 18/07, após 56:10 h, poucos horas antes da entrada da frente fria.

Destaco o excelente companheiro de travessia que foi o Norberto, que eu não conhecia até então, irmão do Evoy, meu colega no curso de capitão amador, os dois proprietários do Firulete, um Fast 345.

A ida e volta à Ilhabela foi o teste que faltava ao Tinguá. E o comportamento do barco foi perfeito. O Skipper30 é realmente um excelente projeto do mestre Nestor Volker. Já dos construtores não podemos dizer o mesmo. Continuamos tendo pequenos problemas construtivos, decorrentes da falta de controle de qualidade do estaleiro. E nenhum apoio deles na solução. O mais persistente deles é uma água que acumula, embaixo das pias da cozinha, quando navegamos adernados. Ao final de cada regata, em Ilhabela, retirávamos cerca de 2/3 de balde de água.

Outro ponto positivo foram as cartas digitais CCD Gold com excelente nível de detalhes, como, por exemplo, na Regata de Percurso Médio onde localizamos a bóia nº 1 de entrada do canal sul, que era uma marca de percurso. O CCD Gold é uma excelente opção que nos permite termos nossas cartas náuticas completas e atualizadas, digitalizadas vetorialmente nos GPSmap da Garmin, o que é sem dúvida uma excelente opção em termos ecônomicos também. Destaque-se ainda, que o pessoal do CCD mantém as atualizações e melhora o produto a medida que obtém imagens de satélite com maior resolução. Maiores informações em http://www.ccdgps.com.ar/.
(Fotos da participação do Tinguá na Rolex Internacional Sailing Week em http://www.picasaweb.google.com/lflbeltrao/34svilhabela)

Regatas Barla Sota Finais






Antes da regata, Raphael subiu ao mastro para verificar possíveis avarias do ventão da regata do dia anterior.

Na quinta-feira (12/07) boiamos por cerca de 3 horas e nada de vento. Então fomos mandados embora pela Comissão de regatas. Pela primeira vez chegamos em plena luz do dia no pier.

Na sexta-feira (13/07) após uma espera pelo vento, corremos a primeira regata com vento fraco e fizemos nosso melhor resultado de todo o evento, um 10º lugar. A CR, mesmo que para todos parecesse impraticável, no afã de cumprir as oito regatas do programa, largou mais uma etapa. O vento foi merrecando até acabar e a noite chegou logo, resultando no anulamento da regata.


No sábado (14/07) disputamos à ultima regata barla-sota, sempre na raia fora do canal norte, após a Ponta das Canas. com a tripulação desconcentrada, mais o problema de cólicas menstruais de nossa querida tripulante mirim, que teve que ser resgatada pelo bote de apoio médico, resultou num 15º lugar. Ao final fomos 14º colocados entre os 19 ORC Club 670 e 22º colocados entre os 29 da ORC Club Geral.


Mesmo com várias atenuantes a nosso favor, 14º lugar nunca será um bom resultado. Mas, com certeza a experiência foi muito válida e nos fará redirecionar nossa participação em regatas.

(Fotos da Revista Náutica e Jorge Calliari, mais fotos de nossa participação na 34ª SIVI em http://www.picasaweb.google.com/lflbeltrao/34svilhabela)

quinta-feira, 12 de julho de 2007

Regata de Percurso Médio


Na quarta-feira (11/07) foi realizada a regata de percurso médio, com todas as classes novamente reunidas, saíndo em frente ao Yatch Clube de Ilhabela rumo ao sul contornando a bóia nº 1 na entrada do canal, subindo todo o Canal de São Sebastião e contornando outra bóia após a Ponta das Canas, retornando para a linha de chegada em frente ao YCI, num percurso de mais de 20 mn.

Foi uma regata dura, toda disputada com ventos sudoeste acima dos 20 nós. Largamos mal, demos quatro cambadas desnecesárias para montar a bóia sul e uma atravessada de balão, em que o mesmo foi jogado na água. Mesmo assim conquistamos nossa melhor colocação até aquí, um 12º lugar.
(Foto Revista Náutica, mais fotos em http://www.picasaweb.google.com/lflbeltrao/34svilhabela)

Regatas Barla Sota









Na segunda-feira 09/07, participamos da segunda regata e primeira das 6 barla-sota da Semana de Vela de Ilhabela, realizada na raia norte, após a Ponta das Canas, em 6 pernas de 1,8 mn cada. Foi a estréia de nossa tripulante mirim, a Luiza, que se saiu muito bem. Com a tripulação apática e desconcentrada fomos apenas 16º colocados.


Na terça (10/07) foram realizadas duas regatas barla-sota de 4 pernas, também na raia norte. Com novo ânimo e bastante concentração, velejamos bem finalmente, mas fomos apenas 14º e 13º lugares respectivamente. Fizemos as duas regatas dentro das possibilidades do barco, que é um Skipper30 voltado para cruzeiro, com quilha curta, retranca mais alta e curta, sem traveller, etc. Nosso enchoval de velas, também é modestissimo diante dos concorrentes, limitado a uma genoa 110% de Pentex, uma grande de dacron regata e um balão pesado (.75).

(Foto regata da Revista Náutica e da direita em cima de Jorge Calliari, mais fotos em http://www.picasaweb.google.com/lflbeltrao/34svilhabela)

segunda-feira, 9 de julho de 2007

Regata Alcatrazes







Neste domingo 08/07 dei inicio à minha terceira Semana de Vela de Ilhabela consecutiva, pela primeira vez como comandante, com a regata Alcatrazes por Boreste, a regata longa da competição, com mais de 50 mn. E o Tinguá estava lá...

Largamos mal, de balão, por conta de um abalroamento nos minutos antes da largada. Por sorte, de pouca monta resultando no rompimento de um e avaria do outro cabo de linha de vida de BE. No casco nem um arranhão. Vacilamos na tática, velejando muito pelo meio, tanto no canal como depois dele. Lá fora, com vento mais forte, tivemos uma enrolada complicada de balão, inclusive com o amantilho dando duas voltas no balão próximo ao tope. Quando já preparámos a subida do Raphael, pois não conseguíamos descer nem desenrolar o mesmo, as manobras deram resultado. Mais a frente perdemos muito tempo encalmados, tanto nas proximidades da ilha para contorná-la como depois de contorná-la. Ultrapassada Alcatrazes o vento voltou, na faixa dos 15 nós, e conseguimos velejar rápido no contra-vento. Ventos na faixa dos 15 nós são os preferidos do Tinguá. Tivemos mais um erro na aproximação da linha de chegada, pois estávamos nos orientando pela baliza de sinalização nº 4 do canal, ao invés da nº 2 que era marca da linha de chegada. No final ficamos em 13º lugar em nossa classe a ORC Club 670.

(Foto da esquerda da Revista Náutica e do por-do-sol de Jorge Calliari, mais fotos em http://www.picasaweb.google.com/lflbeltrao/34svilhabela)

Esperando as Regatas












Depois de uma noite esperando a conclusão das poitas do pier flutuante norte, na quinta-feira pela manhã atracamos no mesmo, ainda sem ligação física com a terra, sem energia e sem água. Ficamos numa ilha. Nas vizinhanças barcos amigos do Veleiros da Ilha, como o Noa Noa II, Bruxo, Kiron, Taura, Big Toy. Ao lado o Karkará de Bal. Camboriú, comandado pelo nosso amigo Eduardo Zanela. Na sexta-feira, deixei o Tinguá aos cuidados do Raphael e Bruno e fui, na companhia da tripulação do Bruxo, fazer o passeio de Toyota até a Praia de Castelhanos. Muito bom! Uma digamos estrada só possível com 4x4 (e dos bons) pelo interior da Mata Atlântica preservada e do outro lado praias maravilhosas. Na volta, ainda conhecemos a Cachoeira da Toca, uma das mais famosas da Ilhabela.



No início da noite chegou o restante da tripulação: Jorge, Marcão e Érico, com a esposa Alessandra. E nós três deixamos o Tinguá e mudamos para a pousada.O sábado foi de preparação do Tinguá. Começou com a pesagem do restante da tripulação. Por falar em pesagem, rolou uma preocupação inicial pois Raphael estava acima da peso informado e não sabíamos do peso dos outros tripulantes que estavam a caminho, os mais "fortes". Rapha fez um regime que toda mulher gostaria, perdeu mais de 2 kg em um dia. No final sobraram 5 kg. Toda a tripulação participou da faina. Trocando idéias chegamos a conclusão que se tivéssemos mais uma pessoa na descida do balão seria ótimo. A solução seria a inscrição de um tripulante mirim e os "meninos" da tripulação se encarregaram de encontrar um. A Luiza Vanzeto foi devidamente inscrita e pesada, e fará parte da tripulação a partir da primeira regata barla-sota.

quarta-feira, 4 de julho de 2007

Travessia à Ilhabela








No último dia 2/07 , largamos as amarras do trapiche do Veleiros da Ilha às 09:10h, rumo à Ilhabela, para participar da RISW 2007. Depois de 53 horas e 10 minutos amarramos o Tinguá numa poita do Yacht Clube de Ilhabela, às 12:20h de 04/07.


Na companhia de Raphael Garcia e Bruno Negri tivemos uma boa travessia com pouco mar e ventos fracos e médios, que infelizmente, desde o Arvoredo, foram sempre "na cara". Apesar do frio da primeira noite, elas foram espetaculares com a lua cheia nascendo no horizonte do oceano, pouco tempo depois do por-do-sol espetacular no horizonte oposto. Os golfinhos nos visitaram por duas vezes.

Nesta travessia utilizei, pela primeira vez, num GPSmap 76CSx(da Garmin) as cartas digitais CCD Gold. O software me foi gentilmente cedido, para avaliação, pelo Rodolfo Larrondo do Club de Cartas Digitales, da Argentina. Cheguei ao Larrondo por indicação do nosso amigo e colega da ABVC Cláudio Renaud. O CCD Gold utiliza-se das cartas náuticas da Marinha brasileira (mantidas atualizadissimas) vetorizadas e de imagens de satélite, com excelente nível de detalhes. Roda no MapSource, no PC, através do qual, após desbloqueado, é transferido para o GPS. Importei todos meus waypoints e rotas para o CCD Gold, fiz a rota no PC e transferi de volta para o GPS. Comparamos nas cartas em papel, onde de tempos em tempos marcávamos nossa posição, comprovando a qualidade do CCD Gold.

O comportamento do Tinguá e da tripulação foram muito bons.
(Foto saída de Jorge Calliari, mais fotos em http://www.picasaweb.google.com/lflbeltrao/34svilhabela).

domingo, 24 de junho de 2007

Regatas Lineares



Ontem e hoje (23 e 24/05/07) foram disputadas as Regatas Lineares, 3ª etapa da Copa Veleiros de Oceano, composta de 2 regatas barla-sota que servem de treinamento para as tripulações de vão disputar a Rolex Ilhabela Sailing Week, em julho.


Para nós do Tinguá foi realmente treinamento. Na regata de sábado, reunimos pela primeira vez a tripulação que vai a Ilhabela com o Tinguá. Houve a substituição do Junior Pratts, que não pode viajar, pelo Marcão (Marco Antônio Duarte Rodrigues) e o acréscimo do Raphael Garcia, que se integrou ao grupo como o novo proeiro e sexto tripulante. Permaneceram Jorge Calliari, Érico Couto Jr., Bruno Negri e Eu.


O certificado ORC Club não saiu (ainda) e enquanto o barco era descido à água o Cristian (do Armazém Naval) terminava de instalar os mordedores para os barbers do balão. Um rápido treino devido a nova distribuição de funções a bordo, com subida, jibe e descida do balão e chegamos atrasados para a largada, largando 3-4 minutos depois. Chegamos em quarto entre os cinco da RGS A e ficamos em quinto no tempo corrigido.


Na segunda regata no domingo, com vento Sul forte, largamos bem e chegamos a primeira bóia em quarto geral, quando uma manobra inesperada deixou a tripulação atrapalhada. Daí em diante, apesar da falta de entrosamento, fizemos uma boa regata e chegamos em segundo na RGS A, finalizando em quarto no tempo corrigido.


Os novos tripulantes, Marcão surpreendeu como auxiliar de proeiro e Raphael agradou mostrando competência e motivação.

(Foto de Kriz Sanz do www.esportesdomar.com.br, onde pode-se ver mais fotos da regata.)

terça-feira, 5 de junho de 2007

Rumo à Ilhabela


Decidimos participar da Semana de Vela de Ilhabela, agora RISW-Rolex Ilhabela Sailing Week, e os últimos e os próximos dias serão de intensas atividades nos preparativos: formar tripulação, adequar o barco para a travessia, as regatas e as regras, inscrição, medição ORC Club, genoa de Pentex, GPSmap, cartas naúticas, camisetas, etc.,etc....

Algumas coisas já estão acontecendo como a instalação do dog-house e bímini sobre o cockpit, bem como já estamos inscritos sob nº 149. Também a medição ORC Club foi iniciada com a nossa inscrição na ABVO e obtenção do numeral (BRA 2311) e as medições físicas do Tinguá, realizadas pelo medidor oficial Jean Shinzato.

Resolvemos utilizar seis tripulantes e ainda nos falta definir o sexto.
(Foto de Kriz Sanz do site www.esportesdomar.com.br)

domingo, 20 de maio de 2007

Recuperação, ABVC, Ilhabela, Mutley



Devagar vou voltando ao normal. Na quinta falei com meu médico e consegui passar para a dieta pastosa, antes dos quinze dias. Para comemorar, fui ao cinema ver o filme dos Schürmann (O Mundo em Duas Voltas), muito bom. Na sexta, mesmo com o dia feio (a semana inteira foi assim, com frio e predominância de chuva e ventos do sul) fui até o clube dar uma olhada no Tinguá, só por fora sem subir à bordo. O dogger já está instalado e o bímini será finalizado pelo Lenírio (Oceano Velas) assim que eu retornar as atividades. Amanhã vou retirar os pontos da cirurgia.

Meu amigo Comdte. Pratts, que já deixou seu Isadora no Bracuhy, me ligou convidando para irmos ao Encontro da ABVC. A vontade que já era muito grande ficou ainda maior. Mas tá difícil, tem a recuperação da cirurgia, com a família não seria possível pois a esposa tem compromissos profissionais e ainda tem a preparação do Tinguá para ir a Ilhabela. Isto se Jorge e Eu nos decidirmos por ir. Vamos tomar a decisão esta semana, desde que tenhamos uma tripulação adequada.

Ontém rolou a 3ª etapa da II Copa CASAN de Mini-Oceano, organizada pela Avelisc na Lagoa da Conceição. Impossibilitado de participar, assisti do barco dos convidados a primeira vitória do Mutley no ano, comandado pelo Érico ( promovido de proeiro a timoneiro), na companhia do Franck. Preciso voltar logo, se não vou acabar "dirigente-desembarcado"....

Vejam mais desta etapa e de todos os eventos da vela que rolam aquí em Floripa no site www.esportesdomar.com.br , um trabalho lindo dos velejadores Kriz e Artur.

(Veja vídeo do Mutley na 3ª etapa da II Copa CASAN/Avelisc em http://www.youtube.com/watch?v=M3j9hq-m3ks ).

segunda-feira, 14 de maio de 2007

No Estaleiro





As duas últimas semanas de Abril foram de preparação intensiva para prestar o exame de Capitão Amador, na Marinha. No dia seguinte ao exame, que acredito ter superado com relativa folga, viajei com a família para Aracajú, onde fui visitar minha filha mais velha e meu netinho de 7 meses.

Voltei no dia 6/5 e já no dia 8 cedo me submeti a uma operação de videolarascopia para corrigir uma hérnia de hiato. De modo que estou "no estaleiro", em repouso e com dieta líquida por 15 dias, mais 15 dias de pastosa, 45 dias sem "fazer fôrça"...tempo para colocar a leitura em dia, assistir filmes, dormir mais (o tempo mais frio, tem sido um convite).
Mas estou com uma saudade danada de velejar, o que não acontece há mais de 20 dias. A linda vista do Saco Grande, aqui em casa, nestes dias lindos de outono, ajuda a aliviar ou será que aumenta o desejo...

sábado, 21 de abril de 2007

Regata Ele & Ela




A FCVO - Flotilha Catarinense de Veleiros de Oceano tradicionalmente, em conjunto com o ICSC-Veleiros da Ilha, organiza a Copa Flotilha, entre abril e maio de cada ano, composta de 3 regatas festivas: a Regata Êle & Ela, a Regata Solitário e a Regata Tripulação.

Hoje disputou-se a primeira delas a Regata Ele & Ela. Minha proeira condicionou sua participação a alguns compromissos e as condições meteorológicas. De modo que só hoje cedo ficou decidida nossa participação e acabei não tirando nenhum peso extra do barco (água, combustível, churrasqueira, mesa de cockpit, etc.,etc.). Antes da largada treinamos algumas cambadas, com ela no leme, o que ela nunca havia feito, nem no Bicho do Mar.

O dia estava maravilhoso e o vento abaixo dos 10 nós, ideal para elas. Erramos o tempo da largada e tivemos que correr quase toda a linha e a primeira cambada foi terrível, mas depois fizemos tudo certo e fomos os sétimos, entre os 29 inscritos, a cruzar a linha de chegada, em frente a Ponta da Ilhota, em Sambaquí, na Baía Norte da Ilha de Santa Catarina. A esposa foi uma revelação, como proeira, até indo à proa embarcar a genoa...Tá certo, que na parte final ao contornar Ratones Grande, com o nordeste já em torno dos 20 nós de través e o Tinguá muito adernado pela falta de escora suficiente, ela já estava quase querendo pular na água...

Depois tivemos uma agradável comemoração na residência do Comandante Guto (do Feitiço), ali mesmo na Ponta da Ilhota, retornando no final de tarde, à vela, ao Veleiros.

Com o barco já no seco constatamos mais uma vez a existência de água no fundo do casco, abaixo das pias da cozinha. Isto tem ocorrido sempre que velejamos, e só quando velejamos e o barco aderna, pois atracado não ocorre. Vamos ter que fazer uma busca cuidadosa para descobrirmos mais este problema.

(Veja mais em www.icsc.com.br/flotilha2007 e http://www.esportesdomar.com.br/, de onde retirei a foto de cima).

domingo, 1 de abril de 2007

Regata Família Back


Sábado disputamos a Regata Família Back, num percurso de 14 mn na Baía Sul da Ilha de Santa Catarina, válida pela segunda etapa da Copa Veleiros da Ilha de Oceano. A regata largou próximo as pontes, com uma bóia por boreste em frente à sede do ICSC e duas por bombordo, na altura do bairro Coqueiros e nas proximidades da Ponta do Cedro, com a chegada na Ilha dos Cardos, já quase na Barra Sul.

Na tripulação apenas uma mudança. Henrique Back, a quarta geração da Família Back na vela, substituiu Júnior Pratts, que velejou em outro barco. Ainda disputando na classe RGS A, largamos no meio do bolo, de balão, e nos recuperamos bem no trecho inicial até montar a bóia em frente à Coqueiros. O vento que era do quadrante norte moderado foi diminuindo até entrar já com fôrça 6 (25 nós, com até 30 nas rajadas) de sul, mudando de pôpa para contra-vento, no terço final da regata. Após a segunda bóia optamos por um percurso que nos fez perder muitas posições para a flotilha e ficar mal posicionados quando da virada do vento. O bom desempenho do barco no contra-vento, com ventos fortes e marolas razoáveis, nos permitiu recuperar várias posições e cruzar a linha em 11º entre os 26 participantes. Mais uma vez, nosso alto TMFAA só nos permitiu o sexto lugar na classe.

Estas duas primeiras regatas foram para conhecer um pouco do barco e formar a tripulação. Concluimos que: apesar de nosso perfil ser de RGS o barco nos obriga a medir na ORC Clube; precisamos de uma genoa para ser usada em regatas sem o enrolador; a tripulação necessita de melhor entrosamento e definição das atividades de cada um; e, um traveller ao invés do nosso sistema "pé-de-galinha" no grande ajudaria muito.

(Fotos do site www.esportesdomar.com.br , onde podem ser vistas muitas outras.)